Economia Brasileira
Por: femicoski • 31/7/2016 • Trabalho acadêmico • 1.176 Palavras (5 Páginas) • 223 Visualizações
Economia Brasileira
Afinal, o que é economia?
Segundo a definição de William Bill Bonner trata-se meramente de uma palavra que usamos para as conexões e acordos através dos quais as pessoas conseguem os bens que desejam e os que necessitam. Cada um utiliza-se dos seus próprios recursos como tempo, dinheiro, imaginação, etc. para atingir tal. Já o governo utiliza-se de suas leis e políticas econômicas para que a demanda e oferta concretize de maneira equilibrada.
A situação econômica brasileira de 1990 a 1994 era critica, o crescimento médio do PIB foi de 1,3% ao ano, enquanto a inflação anual marcou 1.210%. Entre 1986 e 1991 tivemos cinco planos econômicos o Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e Collor II todos sem sucesso.
A partir da recuperação da confiança da moeda e do controle da inflação podemos falar sobre economia estável, com a inflação batendo 80% ao mês impede qualquer civilidade nas relações econômica, essa que durou cerca de 30 anos.
A história do Brasil, da forma que observamos hoje, tem inicio em julho de 1994, a partir da adoção do Plano Real que passou por 03 fases. O Programa de Ação Imediata, a criação da URV e por fim sua real implantação cujo resultado imediato foi à estabilização da economia.
O PAI foi um conjunto de medidas econômicas elaborado em julho de 1993, que “preparou a casa” para o lançamento do Plano Real um ano depois. Nessa época, o presidente era Itamar Franco, sendo que Fernando Henrique Cardoso já era o Ministro da Fazenda.
O segundo passo foi à criação da URV – Unidade Real do Valor que convertia todos os salários de benefícios previdenciários de forma forçada e relativa promovendo neutralidade distributiva.
A primeira ação do Plano Real foi à compreensão sobre a necessidade de atacar a inflação, o quanto a elevação dos preços corrente dependia da evolução dos preços no passado, criando um ambiente de retroalimentação. O segundo corresponde ao reconhecimento da relação da inflação com a política fiscal. Resumindo a primeira fase do plano real consiste na realização do ajuste fiscal e da perseguição do equilíbrio do dinheiro publico.
Em paralelo ao controle de preços, houve um enorme crescimento econômico. Após anos de demanda reprimida, o resgate na confiança da moeda e a recomposição dos salários pavimentaram o crescimento do consumo. O crescimento da economia em 1994 foi de 5,9%. A indústria andou muito bem como a agropecuária também, com crescimento de 55% foi apelidada de “Ancora Verde do Real”.
No ano seguinte o cenário muda de figura novamente, para não permitir a volta da inflação o governo adotou a medida da ancora cambial, mantendo o dólar baixo a partir de taxas de juros altas, atraindo assim investidores internacionais, com o dólar em baixa, as importações ganharam mais espaço, chegando a ter um crescimento de mais de 20% ao ano, enquanto as exportações não tiveram crescimento de 10% ao ano.
Quatro anos depois mais precisamente em 1999 para conter a crise fiscal e cambial é criado o famoso tripé macroeconômico. Seus alicerces de gestão passam a ser o sistema de metas para inflação, o câmbio flutuante e austeridade Fiscal.
Em sua primeira fase teve seu principal papel dar aos Estados e Municípios disciplina fiscal, criando-se a Lei da Responsabilidade Fiscal que promoveu transparência aos gastos públicos.
Criada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, a LRF provocou uma mudança substancial na maneira como é conduzida a gestão financeira dos três níveis de governo. Tornou-se preciso saber planejar o que deverá ser executado, pois além da execução devem-se controlar os custos envolvidos, cumprindo o programado dentro do custo previsto (FURTADO, 2002).
O Plano Real enfrentou três grandes crises mundiais: a Crise do México (1995), a Crise Asiática (1997-1998) e a Crise da Rússia (1998). Em todas essas ocasiões o Brasil foi afetado diretamente, pois estava em reformas e necessitava de recursos, investimentos e financiamentos estrangeiros. Grandes somas de dinheiro deixaram o Brasil em cada um desses momentos devido ao medo que os grandes investidores tinham com os mercados emergentes. Ao menor indício de crise em qualquer um desses países, uma massa de investidores corria para buscar refúgio em moedas fortes, como o dólar americano ou a libra esterlina. Outros aproveitavam esses movimentos para especular fortemente contra as moedas dos emergentes, na intenção de obter grandes lucros em curto espaço de tempo, esvaziando as reservas em moeda estrangeira dessas nações. Isso contaminava negativamente as contas de diversos países, causando um efeito cascata globalizado. Além disso, as privatizações contribuíram para esgotar os recursos do governo em reservas cambiais e contribuíram para a desvalorização da moeda.
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