Ensaio para Estudos Organizacionais
Por: Rafa Casagrande • 1/7/2022 • Dissertação • 689 Palavras (3 Páginas) • 90 Visualizações
O risco dos caminhos curtos
Autor: Rafael Brito Casagrande
Matrícula: 220215707
Disciplina: Estudos Organizacionais II (ADMF55)
Turma: 1
Na gestão de diversos âmbitos, sejam eles profissionais ou pessoais, a vida oferece um caminho mais curto e, obviamente, mais fácil para ser percorrido. Diversas decisões gerenciais são pautadas na dinâmica de encurtar caminhos e tentar ignorar etapas. Todavia, esse tipo de conduta defronte as adversidades e desafios é extremamente perigoso e propício a uma ideologia educacional mais rasa para a construção do caráter pessoal e profissional.
O caminho curto mais fácil e recorrente a ser seguido pelo homem é a cópia de modelos já existentes, por muitas vezes acobertado pela justificativa de "inspiração" a cópia está enraizada na educação do homem e pode vir a ser extremamente prejudicial na gestão dos ideais humanos. De acordo com uma reportagem publicada pelo UOL, em São Paulo no dia 27/08/2012, "No Brasil, quase metade das empresas fecha em 3 anos, diz IBGE". Essa reportagem relatou em seu corpo, os 6 maiores erros de quem vai à falência, de acordo com o SEBRAE, dentro da listagem, está pontuada a cópia de modelos existentes. É deixado muito claro a lucratividade rápida que a reprodução integral de um modelo de negócio pode trazer, todavia a reportagem também faz uma importante observação em relação ao médio e longo prazo onde afirma a real tendência de falha da ideologia "copia e cola". A reportagem apresenta também um papel educacional, onde não só alerta o leitor para erros comumente cometidos, mas também recomenda e direciona o seu público a caminhos mais coerentes, como realmente utilizar cases de sucesso para inspiração, atrelado à adaptação personalizada e a criação de diferenciais, em que, trata-se como necessário para bem-suceder no mundo dos negócios, inovando em relação ao bem ou produto ofertado pela concorrência.
Outra maneira de encurtar caminhos é a política da "mais usada". Essa política é corriqueira em algumas empresas que prestam consultoria, onde é por muitas vezes aplicada uma metodologia mais recorrente, justamente por ser a mais utilizada sem que aconteça antes uma adequação por parte do consultor no que tange a personalização das suas análises e direcionamentos. Em concordância com a matéria do UOL e com a lógica central do risco de encurtar caminhos, no longo prazo, essa prática de fazer escolhas baseada na recorrência de métodos de análises empresariais é prejudicial ao negócio e coloca em cheque o nível de integridade de empresas de consultoria que o fazem, em clara discrepância com o que é lecionado em matérias de graduação acadêmica, como Estudos Organizacionais II, justamente pela tomada de decisão de percorrer o caminho mais curto e pela falta de comprometimento com a empresa alheia, pode estar destruindo um sonho de um microempreendedor, com essa política excludente das minorias, um nítido equívoco gestacional.
Ademais, o texto produzido por Marcos Luís Procópio, Doutor em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), professor adjunto do departamento de administração da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), "Administração e Valores: em busca de novos caminhos para a compreensão do comportamento administrativo", possui concordância direta com a situação ética em que certos gestores colocaram a Administração. O autor questiona a integridade moral da área, uma vez que, diversos administradores possuem posturas questionáveis defronte suas obrigatoriedades éticas e profissionais, como por exemplo, a cópia de modelos já existentes e a política da "mais usada". Ao longo de sua obra, Procópio faz uma análise a respeito da tomada de decisão humana, onde o autor baseia sua análise nos valores que o agente possui e está claro que, grande parte dos gestores possuem valores corrompidos e por esse motivo, acabam encurtando seus caminhos e chocando com os ideais éticos educacionais e de gestão.
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