Estudo Dirigido Relações Socioculturais em Saúde
Por: ghsbar • 13/1/2021 • Trabalho acadêmico • 978 Palavras (4 Páginas) • 259 Visualizações
[pic 1]UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE ENFERMAGEM
CURSO: GESTÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE
DISCIPLINA: RELAÇÕES SOCIOCULTURAIS EM SAÚDE
Docente: Profa. Mirela Castro Santos Camargos
1) O que são determinantes sociais da saúde?
São fatores de diversas esferas da vida que podem influenciar na ocorrência de problemas de saúde e suas complicações na vida da população. De acordo com a comissão homônima da Organização Mundial da Saúde são condições em que as pessoas vivem e trabalham, já a Comissão Nacional dos Determinantes Sociais de Saúde diz que são fatores sociais, psicológicos, econômicos, culturais, étnico/raciais e comportamentais que alteram a saúde da população.
2) Cite os conceitos para determinantes sociais da saúde utilizados pela OMS, Krieger (2001) e Tarlvo (1996).
Nancy Krieger diz que os Determinantes Sociais da Saúde são fatores pelos quais as condições sociais afetam a saúde, porém podem ser alterados através de ações com base na informação. Já Tarlov, diz(de forma genérica) que os DSS são apenas características sociais da vida.
3) Discorra sobre os desafios presentes ao estudar os determinantes sociais da saúde, considerando o fato que “a relação de determinação não é uma simples relação direta de causa-efeito”.
É visto em diversos documentos que o Brasil é uma das maiores economias do mundo. Porém, ao olhar-se os gráficos que mostram o Índice de Desenvolvimento Humano(IDH) mundial, que nosso país se encontra muito mal colocado. Países também emergentes, como Uruguai e Chile estão muito melhor colocados que o Brasil. Dessa forma, vê-se que o valor arrecadado pelo país não está diretamente ligado ao seu desenvolvimento social, que tem direta ligação com a saúde da população. Mesmo tendo uma renda bruta muito maior que a do chile, é possível concluir que o investimento brasileiro em políticas de saúde e educação para que a população tenha acesso é muito inferior, pois de acordo com o Índice de Progresso Social o Brasil é muito pior no acesso a necessidades básicas.
Assim, podemos concluir que, realmente, mesmo que um país(por exemplo) tenha poder para conquistar algo, como acesso à saúde e educação, não quer dizer que este país irá conquistá-lo, principalmente um país vítima de corrupção e descaso dos governantes a tantos anos.
4) Comente o seguinte trecho:
Outro desafio importante em termos conceituais e metodológicos se refere à distinção entre os determinantes de saúde dos indivíduos e os grupos e populações, pois alguns fatores que são importantes para explicar as diferenças no estado de saúde dos indivíduos não explicam as diferenças entre os grupos de uma sociedade ou entre sociedades diversas.
É possível identificar diversos fatores de saúde individual que são frequentemente estudados, colesterol, hipertensão, diabetes, entre outros. Esses fatores medem a qualidade de vida de quem os possui, quanto tempo podem viver e até as dificuldades que podem passar ao longo da vida. Porém, quando estes fatores são devidamente controlados, eles não geram impacto tão grande na diferença de vida da população geral. Isso acontece pois fatores que alteram individualmente a vida das pessoas não são tão relevantes na vida da população estudada.
A distribuição de renda é um fator que afeta muito na qualidade de vida das populações. Como dito no texto, o Japão é o país em que as pessoas têm maior longevidade e isso é justificado apenas por este, ser um país mais igualitário. Esse tipo de situação é muito interessante, pois viu-se no texto que os funcionários de uma empresa tinham quase o mesmo risco de morrer por doença coronariana, e controlando seus fatores de doença individuais, esse risco permaneceria quase o mesmo.
É possível verificar portanto, que a saúde de uma população não está tão ligada a problemas individuais, porém, está muito mais ligada a problemas coletivos, como criminalidade, equidade social, diferenças econômicas e sociais, e até mesmo o nível de preconceito ao qual essa sociedade convive. Continua sendo muito importante o controle individual de doenças, porém, o que acontece com uma pessoa não tem importância significativa no estudo de uma sociedade inteira, que estuda milhares de pessoas, que é muito mais alterado pelo controle coletivo e dos determinantes sociais em saúde.
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