Estudo de Caso (Cirque Du Soleil)
Seminário: Estudo de Caso (Cirque Du Soleil). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rodrigodalila • 4/10/2013 • Seminário • 567 Palavras (3 Páginas) • 3.707 Visualizações
Estudo de Caso (Cirque Du Soleil)
Enquanto o negócio de circo se encontra em declínio, ameaçado pela competição das diversões eletrônicas e pelos elevados custos de logística, o Cirque Du Soleil dá uma aula de gestão. Com mais de 3000 funcionários, produções itinerantes em todo o mundo e um público superior a 50 milhões de pessoas, o Cirque Du Soleil em seus 22 anos de existência ultrapassa o faturamento de US$ 500 milhões.
Segundo a teoria de Chan Kim e Renée Maubogne, professores da escola de administração francesa Insead e autores do livro A Estratégia do Oceano Azul, através de uma estratégia inovadora, distantes das convencionais praticadas no seu setor, O Cirque de Soleil se destacou da concorrência e achou o seu oceano azul, espaço reservado às empresas que, através da diferenciação e movimentos estratégicos denominados inovação de valor, acham um mercado (oceano) inexplorado e escapam do oceano vermelho marcado pelas estratégias convencionais e um mercado aglomerado e concorrente.
A receita mágica do sucesso começou a dar certa quando seus fundadores reconheceram que criar um espetáculo era tão importante como gerar recursos para produzir outros e promovê-los. A empresa, ao contrário das demais companhias artísticas, propôs-se desde o início ter uma empresa na qual a arte pudesse conviver com os negócios. O fundamental é não perder o equilíbrio entre o comercial e o artístico: “Se os aspectos comerciais ganhassem muita importância, perderíamos a nossa essência; se o artístico crescesse além do comercial, perderíamos dinheiro. Definitivamente, trata-se de preservar o equilíbrio”, afirmou Guy Liberte, titular do departamento de criação.
Ainda que os espetáculos conservem alguns elementos típicos (tenda, palhaços e acrobatas), deixaram de lado outros (notadamente números com animais), dando ênfase à música, ao figurino e à cenografia.
O fato de não trabalhar com animais lhe permitiu reduzir os elevados custos com cuidados, escapar das críticas dos defensores de seus direitos e destinar os recursos que sobram para valorização do produto perante os clientes. A companhia eliminou atributos que antes eram considerados indispensáveis em apresentações circenses e que não agregavam o valor esperado.
Como resultado, atraiu um público que não era espectador de circo. Os espetáculos têm muito de ópera, balé e música clássica, e levam a platéia a outros mundos com preços similares aos de uma apresentação na Broadway.
Questões:
1- Quais pontos você ressaltaria em que houve uma inovação de valor?
Resp. Quando reconheceram que criar um espetáculo era tão importante como gerar recursos para produzir outros e promovê-los e quando se propuseram ter uma empresa na qual a arte pudesse conviver com os negócios.
2- O fato de a companhia retirar as atrações que despendiam mais gastos prejudicou os espetáculos? Por quê?
Resp. Não, porque compensaram através de um conceito criativo, unindo elementos de uma história central, aliada ao desenvolvimento do design do show e a seleção de uma música forte e emocionante do início ao fim do espetáculo, trazendo o espectador mais próximo da performance.
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