Estudos de Elton Mayo

Introdução

O texto trata-se dos estudos de Elton Mayo que foi um psicólogo e pesquisador que com base nas suas experiências veio com isso a revelar a importância do sistema social (humano) nas organizações, nomeadamente na sua influência sobre a potenciação dos sistemas técnicos, naquilo que ficou conhecido para a história da gestão como sendo o movimento das relações humanas, da qual seria a motivação a vontade de um indivíduo exercer um nível de esforço elevado para alcançar um determinado objetivo, ela constitui o elemento chave para compromisso dos funcionários para com a organização. E que com o tempo, baseado nas experiências teve-se uma visão menos mecanizada dos funcionários nas organizações.

A teoria das relações humanas, tem suas origens nos Estados Unidos principalmente, a partir da década de 30 com a necessidade de tornar a administração mais humana e democrática em função da crise econômica ocorrida em 1929. A partir daí a preocupação principal passou a ser a busca da eficiência nas organizações, para que isso acontecesse a comunicação assumiu um papel importante, não apenas a comunicação própria do sistema administrativo da empresa, mas também a conversa diária com os subordinados, troca de ideias, o respeito por sua opinião, e transparência da informação, para que o funcionário perceba que tem o apoio necessário da empresa.

A teoria dessas relações humanísticas foi um movimento de oposição a teoria clássica (estabelecida pelos padrões técnicos) da qual o operário era tratado de maneira mecanizada. Acreditava-se que, o que o estimulava era somente o valor monetário, porém ao passar dos anos através dos estudos do médico e sociólogo Elton Mayo em uma fábrica da Western Electric Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorne, verificou-se que a teoria das relações humanas é um estudo baseado nos sentimentos, interesses, motivações e atitudes das pessoas, da qual foi identificada a importância das necessidades sociais humanas no local de trabalho. O método de Hawthorne aplicava pequenas experiências aos funcionários possibilitando o estudo comportamental individual e coletivo do ambiente de trabalho que passa a ser encarado como um sistema social, assim seus métodos tiveram 4 fases que são:

Primeira fase, os trabalhadores da fábrica são divididos em dois grupos com a mesma função, porém com iluminação de cada ambiente diferenciada, com um grupo a iluminação era constante e no outro estava com iluminação variável, então com isto perceberam que o fator psicológico influenciava na produção, pois quando a iluminação aumentava produziam mais e quando a iluminação diminuía eles produziam menos.

Segunda fase, houve a mudança do local de trabalho de um grupo, estabeleceram-se pequenos intervalos de descanso e foi dado lanche nos mesmo intervalos e com isso houve novamente o aumento da produção pois ali trabalhavam-se satisfeitos com mais liberdade.

Terceira fase, preocupados com a diferença de atitudes entre as moças do grupo experimental e as dos grupos de controle, os pesquisadores se afastaram do objetivo inicial de verificar as condições físicas de trabalho e passaram a se fixar no estudo das relações humanas no trabalho.

Quarta fase, os pesquisadores se preocuparam com as relações entre funcionários e os entrevistaram para conhecer suas opiniões e pensamentos. Nesta fase descobriram uma espécie de organização informal dentro da organização pelos próprios funcionários entre si da qual a produção de todos deveria ser semelhante, ou seja, se um indivíduo produzisse uma quantidade X na sua produção individual os outros produziam também para que assim todos ficassem “nivelados”

Apesar das experiências realizadas e com resultados significativos a teoria das relações humanas recebeu várias críticas dentre elas:

1. Oposição a teoria clássica – pois tudo o que uma sugeria, era ignorada pela outra

1. A concepção ingênua e romântica do operário – imagem de um trabalhador feliz e produtivo no trabalho, contudo essa imagem nem sempre foi confirmada em pesquisas Posteriores.

1. Limitação no campo experimental – ou seja ficou restrito as fabricas deixando de ser aplicada as outras organizações como hospital, universidades etc.... e com isso reduziu a aplicação das suas teorias e conclusões.

1. Crítica feita pelos psicólogos - que as conclusões de Mayo são óbvias, ele tirou seus conceitos das ciências e aplicou as práticas administrativas.

1. Enfoque manipulativo das relações humanas – os industriais julgavam corretas as conclusões de Mayo, porem descordavam na sua aplicação pois, a preocupação com o bem-estar dos operários não é a função principal da empresa que é a de gerar lucros. Como citado por um deles: "Tudo isto é muito interessante, mas o que psicólogos e teóricos em geral parecem esquecer é que tenho que obter lucro e produzir

1. Bens. O bem-estar é muito justo no devido lugar, mas é, no final das contas, um problema secundário na indústria e não a sua função principal. ”.

1. Outras críticas – a teoria das escolas possui ideias uteis, mas que aplicam- se a situações diferentes, embora sejam exceções os casos em que suas abordagens não podem ser aplicadas.

Com base nas experiências concluiu que, o nível de produção é determinado pela integração social dos operários. O empregado não age como indivíduo isolado, mas como membro de um grupo. Os indivíduos atuam com mais eficácia quando suas necessidades são satisfeitas, onde o trabalho é a atividade tipicamente grupal onde as normas dos grupos, e as suas condições influenciam mais na produção do que somente por incentivos salariais. Mas por fim ao ter resultados positivos na época e posteriormente receber várias críticas, a teoria das relações humanas precisou ser reformulada passando por uma reestruturação que deu origem a outra teoria, à teoria comportamental.