Evolução da Areá de gestão de pessoas no Brasil
Por: TamaresSilva • 9/10/2015 • Artigo • 2.640 Palavras (11 Páginas) • 362 Visualizações
Evolução da área de Gestão de Pessoas no Brasil
Juliana Pereira.
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo demonstrar a importância e a evolução da área de gestão de pessoas nas organizações. Se faz um breve relato histórico de tal área, desde seu surgimento, conta como os profissionais da área evoluíram e sua importância dentro da empresa, até os dias atuais, onde o profissional de recursos humanos tem que ser qualificado, organizado e eficiente. Também é relatado a evolução da área de gestão de pessoas no Brasil, desde seu surgimento até os dias atuais, quais foram os profissionais responsáveis por essa área dentro da organização, e como qual fase ela está passando na atualidade. Proporcionar competitividade, pessoas bem treinadas e motivadas à organização, aumentar a auto atualização e a satisfação, desenvolver e manter qualidade de vida das pessoas no trabalho, administrar e impulsionar mudanças e manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável, são algumas das atribuições dos profissionais responsáveis pelos departamentos que hoje são considerados os principais ativos das organizações.
Palavras-chave: Evolução, Gestão de Pessoas, Recursos Humanos.
1 INTRODUÇÃO
O mundo está em constante desenvolvimento e de forma intensa. Em toda a história da humanidade as mudanças aconteceram, mas nunca provocaram um impacto tão profundo como nos dias atuais. Isso está acontecendo devido a diversos fatores: mudanças econômicas, tecnológicas, sociais, culturais, legais, políticas, demográficas. Em razão destas transformações as organizações sofrem com as incertezas geradas. Dentre todas estas mudanças, uma das áreas que mais se transforma é a de Gestão de Pessoas e o breve relato a seguir revela a velocidade dessas mudanças.
De acordo com Dutra (2006, p.17), gestão de pessoas é “um conjunto de políticas e práticas que permitem a conciliação de expectativas entre a organização e as pessoas para que ambas possam realizá-las ao longo do tempo”.
Segundo os estudos de Lacombe (2006) a gestão de pessoas iniciou-se durante a revolução industrial, onde começou a surgir os sindicatos de acordo com cada classe dos trabalhadores, lutavam por melhoras das condições de trabalho.
Sabe-se que nessa época os funcionários eram praticamente escravizados, trabalhavam noite e dia, não tinham direito a nada, a não ser a trabalhar.
Ainda seguindo o pensamento de Lacombe (2006), onde Taylor e Ford (EUA) e Fayol (FRANÇA) em seus estudos surgiu a Administração cientifica, onde o foco era aumentar a produtividade diminuindo o pessoal, com isso observou-se a necessidade de treinamento dos funcionários, assim surgindo a necessidade de um departamento de pessoal nas organizações.
Pode-se dizer que a gestão de pessoas é uma das áreas de grande importância dentro da organização, pois é ela que faz a ponte entre o patrão e funcionário, tem o dever de conciliar as partes envolvidas, deixando-as satisfeitas. Além disso usar práticas de motivação com os funcionários, cuidar do bem estar dos funcionários.
Para realização desse artigo será utilizada o método de pesquisa bibliográfica, para analises. Será abordado o surgimento da gestão de pessoas, sua evolução, sua chegada no Brasil e uma breve explanação da situação atual.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 HISTÓRICO DA AREA DE GESTÃO DE PESSOAS
O mundo está em constante desenvolvimento, nunca antes visto. Vários foram os fatores que contribuíram para esta mudança, tais como: econômica, tecnológica, social, política, demográfica, entre outros fatores. Dentro deste contexto, uma das áreas organizacionais que mais sofreu com estas mudanças, foi a área de recursos humanos.
As mudanças são tantas que até o nome têm mudado ao longo dos tempos, o termo recursos humanos tem sido substituído por termos como gestão de talentos, gestão do capital intelectual, gestão de parceiros ou colaboradores e até por gestão de pessoas. A história da gestão de pessoas é relativamente recente, tudo começou com a revolução industrial e veio refletir com grande impacto nos dias atuais, num ambiente competitivo e dinâmico que caracteriza a era da informação.
Segundo Chiavenato (2002) a revolução industrial se estendeu até os anos 1950, envolvendo assim os primeiros anos do século XX, onde a principal característica desta época foi a intensificação da industrialização nos países desenvolvidos, neste período as empresas passaram a adotar a estrutura organizacional burocrática e centralizada.
A revolução industrial teve início na Inglaterra, e ela caracteriza-se pelo grande evolução das maquinas sendo inseridas dentro das industrias, transformando o trabalho dos operários, o que era realizado manualmente tornou-se mecanizado. Porém, neste período da revolução industrial os operários eram totalmente escravizados, trabalhavam sem condições mínimas necessárias, a intenção era apenas a chegar ao auge da produção, ou seja, conseguir chegar a produção máxima, independente de como estivesse a saúde física ou psicológica dos funcionários, eles também eram tratados como maquinas nessa época.
De acordo com Tavares (2015) o novo sistemas industrial transforma as relações sociais e cria duas novas classes sociais, fundamentais para a operação do sistema. Os empresários eram os capitalistas e os operários eram os proletariados ou os trabalhadores assalariados que possuíam apenas sua força de trabalho que vendiam ao empresário em troca de um salário.
No início da revolução os empresários impõem duras condições de trabalho aos operários sem aumentar os salários assim aumentavam a sua produção e garantiam a margem de lucro.
Sendo assim, surgem os primeiros conflitos entre operários com os empresários e as péssimas condições de trabalho. A partir das manifestações começou a surgir os sindicatos, para garantir os direitos do trabalhador, vale lembrar que foi um longo processo, que foram conquistando aos poucos.
De acordo com Costa (2010) durante o período de 1900 até meados da década de 30, começaram a evoluir as primeiras teorias gerais da administração. O fator humano era pouco valorizado nesse período, assim como as práticas de recursos humanos. Os trabalhadores eram encarados como instrumento no processo produtivo, eram vistos como peças de máquinas.
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