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FATORES QUE IMPLICAM NA RESISTÊNCIA A MUDANÇA ORGANIZACIONAL DE UMA EMPRESA DO COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS PARA VIDRAÇARIA DE TANGARÁ DA SERRA – MT

Por:   •  7/12/2015  •  Artigo  •  6.989 Palavras (28 Páginas)  •  451 Visualizações

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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA

ELAINE DOS REIS

FATORES QUE IMPLICAM NA RESISTÊNCIA A MUDANÇA ORGANIZACIONAL DE UMA EMPRESA DO COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS PARA VIDRAÇARIA DE TANGARÁ DA SERRA – MT

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado em forma de artigo como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, conforme Instrução Normativa 001/2009- CIC de TCC do Curso de Ciências Contábeis – Campus de Tangará da Serra MT.

Tangará da Serra MT, 2015.


RESUMO: A resistência á mudança pode ser definida como a atitude do empregado que busca desafiar, acabar ou interferir em mudanças que ocorrem em uma organização. A postura de resistência ocorre independente da posição dentro da organização, podendo se constituir por insegurança, falta de informação a respeito dos planos da empresa, insatisfação e decepção, entre outros fatores. Desta forma, este estudo tem como objetivo identificar os fatores que implicam na resistência à mudança organizacional em uma empresa do comércio e distribuição de materiais para vidraçaria de Tangará da Serra - MT. Para isso, além de contextualizar a empresa que passa por mudanças, foi aplicado um questionário buscando caracterizar os 11 funcionários respondentes e identificar os fatores incidentes na resistência à mudança organizacional. Quanto à abordagem da pesquisa, esta se caracteriza como qualitativa e quantitativa e quanto aos fins é um estudo exploratório. Caracteriza-se ainda como estudo de caso e pesquisa de campo, de modo que se serviu de estudos bibliográficos que tratam sobre Gestão de Pessoas, bem como sobre mudança organizacional. Através das respostas obtidas no questionário foi possível identificar que a falta de informações sobre o processo de mudança e o medo das consequências deste processo se configuram em fatores de resistência à mudança presentes na empresa estudada.

Palavras-chave: Resistencia; Mudança Organizacional; Fatores.

1 INTRODUÇÃO

As mudanças sociais, econômicas, políticas e tecnológicas são dinâmicas e ocorrem constantemente em qualquer situação que envolve os sujeitos humanos e, no caso das organizações não se dá de modo diferente. Tal condição exige que as organizações passem por modificações frequentemente, as quais não são interpretadas unicamente como tendências isoladas, mas transformação na maneira de organizar e administrar, passando por um processo de reestruturação, avaliação das atividades e relação de trabalho, conforme compreensão de Bortolotti (2010).

Entende-se que mudança organizacional é mais do que um processo de organização e atuação visando resultados. Conforme Motta (2001), esse processo é incerto, descontínuo e divergente, dependendo da conduta e comportamento das pessoas envolvidas na organização. Continua o autor argumentando que seria simples de executar uma mudança em que todos os indivíduos concordassem, com atitudes reais, mas, essa aceitação é um procedimento complicado na medida em que coordenar a mudança é organizar um gap, assimilando a veracidade dos fatos e a proposta de mudança.

O planejamento é de suma importância para as mudanças organizacionais de modo que se deve sempre analisar as necessidades reais da empresa. Talvez o maior desafio das organizações seja impedir impactos na realização da mudança, visto que a resistência tem se tornado um empecilho ao sucesso na gestão das mudanças (SALES; SILVA, 2007).

Para Silva e Vergara (2002), existe grande dificuldade na coordenação das mudanças, principalmente em organizações grandes e complexas, pois durante o processo de mudanças não se deparam somente com modificações políticas, costumes e estruturas, e sim, implica na necessidade de incentivo de novas formas de comportamento das pessoas e grupos. Então, pode-se dizer que o objeto de mudança consiste em uma alteração de atitudes e comportamentos, através de processos de comunicação, soluções de problemas e tomadas de decisões.

Considerando as dificuldades no processo de mudança organizacional, o estudo aqui apresentado se concentra em uma empresa do setor privado, do comércio do comércio e distribuição de materiais para vidraçaria de Tangará da Serra – MT desde o ano 1991. Desde sua fundação, a empresa tem passado por mudanças tendo em vista seu ritmo de crescimento, em termos de serviços oferecidos a clientela bem como por adaptação de espaço físico e, pela proximidade desta pesquisadora com a empresa, nota-se certos comportamentos de resistência à mudanças entre os funcionários. Tal situação motivou a buscar compreender a seguinte questão: Quais os fatores que contribuem para a resistência à mudança organizacional em uma empresa do ramo varejista de comércio e distribuição de materiais para vidraçaria em Tangará da Serra?

Para responder a essa pergunta, estabeleceu-se como objetivo geral o de identificar fatores que implicam na resistência à mudança organizacional em uma empresa do comércio e distribuição de materiais para vidraçaria de Tangará da Serra - MT. Para atingir tal objetivo, se entendeu necessário construir objetivos específicos como seguem: caracterizar a empresa; caracterizar os funcionários; identificar a dinâmica das mudanças pelas quais a organização tem passado.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Conceituando Mudança Organizacional

As organizações nos últimos anos estão passando por um processo de modificação constante, basicamente devido a fatores como a globalização, a competitividade, o desenvolvimento tecnológico e outros fatores que consequentemente estão levando a adaptação de novos padrões a fim de não serem reconhecidas como organizações ultrapassadas (WOOD Jr, 2000).

Segundo Mañas (2001), o processo de mudança pode ser iniciado com o desejo de solucionar possíveis problemas que vão desde uma avaliação dos clientes e suas necessidades, buscando o envolvimento de todo o grupo e concluindo com o processo decisório que deve abranger todos os agentes ligados à mudança, entendendo os aspectos humanos desse processo. A mudança organizacional, mesmo quando intencional, não pode ser considerada apenas como uma mudança de estratégias, processos ou tecnologia. Ela pode ser entendida também como uma mudança de relações: das pessoas com a organização, do indivíduo com os seus pares, da organização com a sociedade, do indivíduo com a comunidade, do indivíduo consigo mesmo, como aponta Silva e Vergara (2002).

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