Fatores Relevantes para o Estabelecimento de Redes de Cooperação entre Empresas

PROPOSIÇÕES

Proposição 1 (P1): Escala e poder de mercado: a união de uma empresa com outras garante maior poder de negociação com fornecedores, reconhecimento, exposição da marca e potencial de barganha.

Proposição 2 (P2): Acesso a soluções: por meio de serviços, produtos e infraestrutura disponibilizados pela rede de cooperação é possível minimizar obstáculos impostos às empresas, como acesso ao crédito, falta de motivação por parte dos colaboradores e preparo de gestão, já que a rede ao qual as empresas estão inseridas conseguem identificar as fragilidades comuns e encontrar soluções coletivas.

Proposição 3 (P3): Aprendizagem e inovação: possibilidade de compartilhamento de ideias e experiências entre os associados, podendo ocorrer de diferentes modos, por meio da interação, colaboração, desenvolvimento de competências e habilidades coletivas. Uma vantagem é o rápido acesso às novas tecnologias pelos canais de informação, além da aproximação entre as empresas.

Proposição 4 (P4): Redução de custos e riscos: a cooperação em rede, permite a redução de custos internos e externos, como de produção, transação, informação e resolução de conflitos. Os custos vêm a ser menores pela captura de economias de escala.  

Proposição 5 (P5): Relações sociais: as redes de cooperação ampliam a confiança, o capital social e as práticas colaborativas, levando as relações do grupo para além daquelas puramente econômicas. Um benefício é a limitação do oportunismo, pelas sanções sociais.

AS REDES DE COOPERAÇÃO NO RS

O Programa Redes de Cooperação do Governo do Estado do RS foi responsável pela formação de mais de 100 redes de cooperação nos últimos cinco anos (2000 a 2005), destacando-se como política pública, com o objetivo de promover um desenvolvimento sustentável e no empreendimento de ações voltadas ao estímulo da cooperação, com a formação e evolução de redes entre empresas. O PRC possui redes que são constituídas por pequenas e médias empresas (PME) assim caracterizadas: A) situam-se geograficamente próximas; B) atuam em segmento específico de mercado; C) relacionam-se de forma associativa não-hierárquica, prevalecendo a confiança mútua; e D) coordenam-se a partir de mínimos instrumentos contratuais.

O PRC foi concebido com três pilares: 1) metodologia de formação, consolidação e expansão de redes entre empresas; 2) estrutura regionalizada de suporte à implementação do modelo de rede proposto; e 3) coordenação estadual pela SEDAI. A metodologia de formação de redes objetivou proporcionar melhores condições para o surgimento das redes de cooperação entre empresas interessadas.

FIGURA 1:

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1° Acesso a soluções (26,29%) – o elevado percentual desse fator indica que empresas estabelecem redes de cooperação como meio de minimizar suas dificuldades individuas, perante soluções compartilhadas.

2° Escala e poder de mercado (19,99%) – ampliação da força de ação com outras empresas, buscando ganhos de escala, fundamentais na decisão de cooperar.

3° Aprendizagem e inovação (19,60%) – os resultados evidenciaram que à aprendizagem organizacional e à geração de inovações possibilita ganhos importantes que ficam próximos aos outros fatores destacados.

4° Relações sociais (17,51%) – evidenciou a capacidade das redes de gerar condições necessárias ao fortalecimento dos laços de relacionamento entre os seus participantes.

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