Fichamento Estatística
Por: cockrell • 12/2/2018 • Trabalho acadêmico • 1.421 Palavras (6 Páginas) • 675 Visualizações
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SEIFE, Charles. Os números (não) mentem: Como a matemática pode ser usada para enganar você. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda. 2012.
Guilherme Damaceno Nascimento[1]
CITAÇÕES:
O uso de números de Potemkin é a forma mais evidente de falácia matemática. Sua execução exige pouca habilidade. Afinal, é facílimo fabricar um número que se encaixe em qualquer tese que queiramos defender. (É por isso que os números de Potemkin são tão comuns: 78% de todas as estatísticas são inventadas na hora.) Porém, seu poder é limitado. Sua força começa a evaporar assim que alguém tem o cuidado de examinar melhor os números. (p.12)
O casuísmo nasce de nossa necessidade de associar todo efeito a algum tipo de causa. A cada vez que encontramos duas coisas de alguma maneira correlacionadas, nossos cérebros logo concluem que uma causou a outra. Em muitos casos, isso não é verdade. Às vezes, tomamos a causa como efeito e vice-versa. Em certas situações, a causa está escondida, fora de nosso alcance. Em outras, simplesmente não existe causa alguma. Esta talvez seja a ideia mais difícil de ser assimilada pela mente humana: às vezes, as coisas acontecem sem motivo aparente, por puro acaso. (p.32-33)
“As pesquisas de opinião são uma ferramenta incrivelmente poderosa, e viraram um item indispensável no jornalismo moderno – e não só em época de eleições.” (p.58)
A democracia, por sua própria natureza, é uma instituição fundada sobre uma operação matemática – a contagem de votos. Essa operação, porém, é vulnerável às falácias matemáticas. Armados de falsos argumentos matemáticos e táticas fraudulentas, os políticos e seus aliados no Judiciário se empenham em distribuir as cartas do baralho eleitoral de modo a alçar seu partido ao poder e ali conservá-lo. (p.97)
“Nas mãos dos tribunais, as falácias matemáticas são armas de um poder aterrorizante. As realidades paralelas construídas pelos juízes determinam, literalmente, a diferença entre a vida e a morte.” (p.117)
A falta de habilidade exibida às vezes pelo Pentágono no uso de estatísticas fajutas – números de Potemkin e outros tipos de falácia matemática – para distorcer fatos desagradáveis pode ser quase cômica. Mesmo assim, essa distorção é um recurso de surpreendente eficiência para controlar a imprensa. As falácias matemáticas exploram a melhor qualidade encontrada em um repórter, sua reverência à objetividade e à verdade, contra ele mesmo. (p.132)
PARECER CRÍTICO:
A obra “Os números (não) mentem” de Charles Seife tem como objetivo trazer uma discussão de como os números são utilizados de muitas maneiras na sociedade, e como eles são manipulados por diversas pessoas para transmitir uma ideia principal que fuja da realidade verdadeira, mas que interessa a diversas partes. Como é trazido inicialmente pelo autor dados apresentados de revistas e programas de televisão que não condizem com a realidade, então não se deve confiar em qualquer dado representado por números, pois mesmo tendo uma base correta o valor pode ter sido alterado de uma maneira que engane a todos.
No primeiro capítulo o foco principal da discussão é sobre os dados falsos e de que forma eles são mostrados para o público de maneira que disfarce e que seja difícil notar que não é real, como propagandas de produtos que sempre trazem dados de melhoras e que é melhor que outro determinado produto de outra marca, mas quase sempre esses dados são forjados. Seife fala sobre os números de Potemkin, que são dados numéricos que se assemelham a realidade mas que não são genuínos e são frutos da cabeça de seu inventor, como é trazido no livro o exemplo das estimativas em manifestações, que os participantes sempre aumentam o número de presentes e nunca bate com os dados reais estimados por entendedores do assunto.
O segundo capítulo fala sobre o casuísmo das pessoas que existe a muito tempo e que está relacionado com o fato de relacionar todo efeito a uma causa. Seife fala sobre diversos temas principalmente relacionados a área de saúde, que faz diversos estudos e as vezes acaba colocando a culpa de determinado efeito no corpo humano em um produto que não tenha nada a ver com isso, mas por necessidade de achar um culpado para esse efeito o acusam de forma errônea, como é utilizado de exemplo pelo autor, um adoçante foi acusado de causar câncer nas pessoas por conta de um estudo mas o que foi comprovado depois é que essa relação é pouco convincente, mas por ter saído essa matéria até hoje muita gente não consome este tipo de produto.
O próximo tema a ser debatido é sobre as pesquisas de opiniões feitas pelos jornalistas, e o autor fala sobre suas origens e de como ganhou importância ao longo dos anos e em como foi se desenvolvendo. Traz exemplo das eleições e em como as pesquisas ajudam os candidatos a fazer melhorias em sua campanha, além da população saber quem está na frente, hoje em dia com as pesquisas de boca de urna já se sabe quem vai ser o vencedor antes mesmo das urnas serem apuradas. Mas é claro que também está sujeita a erros, é por isso que existe a margem de erros, assim não se sabe exatamente o valor exato, mas sim uma estimativa aproximada da realidade, já que é impossível entrevistar todos os eleitores, a pesquisa é feita com um pequeno grupo, por conta disso podem ocorrer grandes variações no resultado final.
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