GERENCIAMENTO DE ESTOQUE DE PEÇAS DE REPOSIÇÃO: Um ganho para a gestão de manutenções
Por: FCRSomaR • 26/6/2017 • Artigo • 3.634 Palavras (15 Páginas) • 265 Visualizações
GERENCIAMENTO DE ESTOQUE DE PEÇAS DE REPOSIÇÃO: um ganho para a gestão de manutenções
Cristiano José da Silva[1]
Fernanda do Carmo Ramos[2]
Moisés Alves dos Santos[3]
Roger Antonio Rodrigues[4]
Thaís Arantes Ematné[5]
RESUMO
A competitividade nos diversos segmentos da indústria tem estimulado as organizações a desenvolverem formas de tornar suas operações cada vez mais eficientes. O tema proposto relaciona-se à administração dos materiais auxiliares das manutenções, bem como centra-se em compreender técnicas de gerenciamento de estoques e de manutenções. O presente estudo objetiva aprofundar o conhecimento acerca das teorias sobre gestão de estoques de peças de reposição e de manutenções, além de auxiliar no desenvolvimento de um modelo de previsão do consumo de materiais para a empresa em estudo. O método que caracteriza a pesquisa é o estudo de caso, sendo este realizado numa empresa de origem norueguesa, especialista em serviços submarinos para a indústria de óleo e gás. Utilizou-se durante o estudo, análise de dados da organização e levantamento bibliográfico, para confrontar a teoria com o dia a dia da organização. Os resultados apurados mostram que a previsão de demanda para reposição do estoque é o ponto de partida do planejamento estratégico da gestão de manutenções.
Palavras Chave: Gestão de Estoques. Gerenciamento de Manutenções. Peças de Reposição.
(vocês trocaram : gerenciamento de estoques ; gestão de manutenções nas palavras-chave)
- INTRODUÇÃO
Um dos maiores desafios da indústria é manter os padrões de qualidade nos mais elevados índices. Atualmente, no ambiente de constantes alterações, há um esforço necessário das fábricas para que sejam eficazes nos seus sistemas de produção e capazes de produzir a baixos custos (HANSEN, 2006). A Engenharia de Produção tem um papel relevante na melhoria e implementação de sistemas, envolvendo não só tecnologias e processos, mas também pessoal, clientes, fornecedores e governo.
A meta de qualquer empresa é ganhar(troque por obter lucro) dinheiro Segundo (GOLDRATT, 2014). A economia globalizada torna esta meta ainda mais difícil de ser atingida. Então, faz-se necessário o desenvolvimento de melhores sistemas de produção, desempenho e custos baixos. Nasce assim, a necessidade de trilhar caminhos que convergirão no mesmo objetivo da organização. Estes caminhos, no contexto empresarial, podem ser traduzidos como qualidade, sustentabilidade, desenvolvimento tecnológico, dentre outros.
Neste contexto, onde as organizações buscam atingir suas respectivas metas, desenvolveu-se um estudo de caso, visando à melhoria do gerenciamento de estoque de materiais para a manutenção de equipamentos de uma empresa. O estudo esteve focado em analisar os processos de gestão de estoques e manutenções da organização e implementar métodos mais assertivos que resultem em ganhos financeiros para a empresa.
A organização em estudo é uma prestadora de serviços submarinos para a indústria de óleo e gás, que atua nas principais áreas do mundo de exploração no mar. A gestão da empresa é orientada por projetos, devido à natureza das suas operações. Este aspecto auxiliou o estudo, devido às especificidades da indústria offshore.
- METODOLOGIA
O presente estudo constitui-se pela busca de conhecimentos sobre o gerenciamento de estoques e manutenções através de pesquisa, estudo de caso, observação, análise, classificação e interpretação dos dados coletados. O método que caracteriza a pesquisa é o exploratório. Conforme Gil (2008, p. 27) as pesquisas exploratórias “têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéia [...]”. O método de pesquisa também pode ser definido como descritivo, por assinalar aspectos tais como: registro, análise e interpretação de dados atuais e descrição (MARCONI e LAKATOS, 2002). (separa-se por ponto e vírgula. Veja no documento que estou enviando a vocês).
Utilizou-se também observação como técnica de coleta de dados. De acordo com Gil (2008, p. 100), “a observação apresenta como principal vantagem, em relação a outras técnicas, a de que os fatos são percebidos diretamente, sem qualquer intermediação”. Neste sentido, buscou-se aplicar esta técnica para identificar possíveis falhas nos processos de manutenção e estocagem de materiais da empresa em estudo.
Utilizou-se o estudo de caso para a compreensão dos aspectos teóricos em estudo, aplicados ao dia a dia da organização. De acordo com Yin (2005, p. 32), o estudo de caso “é um estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas e no qual são utilizadas várias fontes de evidência”.
Durante a concepção do projeto, buscou-se o referencial teórico com o propósito de apresentar os principais conceitos relativos ao gerenciamento de estoques e manutenções. Posteriormente, o trabalho fundamentou-se no levantamento de dados e observação dos métodos de gestão da empresa em estudo. Esta análise fundamentou-se por relatórios de manutenções, levantamento do estoque e de compras da unidade em estudo.
Na terceira etapa aprofundou-se o estudo para interligar as melhores técnicas compreendidas no material conceitual, as quais podem ser aplicadas para o controle de estoques e manutenções. Por fim, desenvolveu-se uma proposta de serviço cujo objetivo foi promover a melhoria da gestão de estoque das peças de reposição consumidas durantes manutenções da empresa em estudo.
- REVISÃO DA LITERATURA
- Administração de estoques
De acordo com Johnston, Chambers e Slack (2009, p. 358), estoque pode ser classificado como: “estoque de segurança, estoque de ciclo, estoque de desacoplamento, estoque de antecipação e estoque canal”. O estoque de segurança é importante para compensar a diferença entre o tempo de fornecimento e de demanda.
Conforme Stevenson (2001, p. 24), em diversas organizações “a eficácia na gestão de estoques é, por vários motivos, essencial ao êxito das operações”. Para Johnston, Chambers e Slack (2009, p. 355), os gerentes de produção “têm usualmente uma atitude ambivalente em relação a estoques”. Apesar de comprometer consideravelmente o capital da organização, o estoque proporciona certo nível de segurança para as operações.
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