GESTÃO AMBIENTAL NAS ORGANIZAÇÕES
Por: Raíza T. G. Vasconcelos • 27/4/2016 • Artigo • 3.105 Palavras (13 Páginas) • 377 Visualizações
GESTÃO AMBIENTAL NAS ORGANIZAÇÕES
Elisangela Aparecida de Luca - (colocar e-mail)
Michela Zobole Ferreira - (colocar e-mail)
Viviana de Oliveira Xavier Soares- (colocar e-mail)
RESUMO
O desenvolvimento da consciência ecológica encontra-se distribuída em diferentes camadas e setores da sociedade mundial, envolvendo também o setor empresarial. A Gestão ambiental é um dos pilares de sustentabilidade, que auxilia as empresas em seus planejamentos ecológicos desenvolvendo um desencadeamento positivo em vista da imagem e custos da empresa. Seguindo neste objetivo é preciso de qualquer forma iniciar pelo ponto critico e chave da questão, que se chama reeducação ambiental que integra não só as empresas como também a sociedade em geral, pois o individuo educado hoje será o individuo consciente. A análise das práticas de controle de qualidade mostra que não basta somente qualidade de produto e de processo, precisa-se de qualidade ambiental. Entre as tecnologias disponíveis, as normas e regulamentos para sistemas de gestão ambiental são um esforço no sentido de as organizações assumirem suas responsabilidades frente ao futuro do planeta. Este trabalho é fruto uma pesquisa teórica na área de gestão ambiental nas organizações, traçando-se paralelos com o potencial de contribuir para o desenvolvimento sustentável das organizações.
Palavras-chave: gestão ambiental, sistema de gestão ambiental, responsabilidade social.
1 Introdução
Os temas ambientais têm se tornado um ponto crítico para os negócios nos últimos anos. A preocupação com o meio ambiente é talvez a pedra-fundamental da discussão hoje em prática sobre o direcionamento do processo produtivo para a gestão responsável dos recursos, e não apenas para a geração de riqueza e consumo. Com diversos exemplos em todo o mundo, é possível afirmar que a evolução dos processos da iniciativa privada em relação à preservação de recursos naturais gera resultados mais favoráveis não somente para a sociedade e para as gerações futuras, mas para as próprias companhias, inclusive com ganhos financeiros (BRANCO, 2004).
Com o advento da competividade, muitas empresas iniciaram suas buscas pela diferenciação, se preocupando também com o meio ambiente. Até poucos anos atrás, as empresas consideravam estas questões como uma imposição dos sistemas de proteção ambiental, que implicavam aumento de custos. Mas hoje, os aspectos ambientais começam a ser considerados como fatores competitivos, que podem conceder à empresa uma vantagem no mercado (UNIVERSOAMBIENTAL, 2010).
Para a boa imagem da organização e a manutenção e ampliação dos seus mercados tornou-se fundamental agregar ao sistema de gerenciamento a gestão do meio ambiente. Além da preocupação com os processos produtivos e a busca por soluções para a substituição de insumos, as empresas têm a capacidade de influenciar o comportamento do consumidor – considerando-se aqui não apenas o cliente final, mas também o consumidor corporativo de bens e serviços e os responsáveis pelas compras públicas.
Para a empresa que pretende seguir o caminho do Desenvolvimento Sustentável, precisa se adequar as normas ambientais regidas por programas como SGA - Sistema de Gestão ambiental, ISO14000 E 14001 e Agenda 21. Todos esses formam normas, procedimentos e documentos importantes para criação e manutenção de programas ambientais. Todo processo de regularização depende muito dos interesses da empresa e de sua equipe, e para isso se torna necessário um planejamento e uma equipe integrada dos assuntos a serem cumpridas no decorrer do processo (DRUNN, GARCIA e UNIC, 2011).
Além do reconhecimento sustentável perante o mercado, fornecedores e clientes, a empresa precisa manter um nível de credibilidade e qualidade em seus processos e produtos. Pois juntamente a eles obterá os certificados de regularidade perante as normas do Meio Ambiente, tornando-os corretos perante as normas ambientais. Desta forma, neste trabalho serão apresentados os conceitos, tipos, formas e procedimentos que são necessários para um bom desenvolvimento de um plano de ação ambiental empresarial, que formará uma grande corrente da empresa com a sociedade e o meio ambiente (YOUNG, LUSTOSA, 2001).
Este trabalho segue estruturado por meio dessa introdução, onde é apresentada a justificativa e relevância do tema, a problemática, os objetivos. Na segunda parte, é apresentada a metodologia utilizada seguida do referencial teórico, onde se discute os temas relacionados ao desenvolvimento sustentável, responsabilidade social, conceito do Sistema de Gestão Ambiental e Agenda 21. A última parte é composta pela análise dos resultados e considerações finais sobre o assunto.
2 Metodologia
A metodologia utilizada quanto aos procedimentos, é uma pesquisa bibliográfica e de levantamento, pois como apontam Silva e Menezes (2001) foram utilizados de dados já publicados, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos, disponíveis atualmente na internet. Netto entende que o procedimento bibliográfico tem como principio básico conhecer as diferentes formas de contribuição cientifica que se realizaram sobre determinado assunto ou fenômeno.
Os dados foram coletados pelo método qualitativo, visto que, os critérios numéricos não servem de base para garantir a representatividade de pesquisa. Segundo VERGARA (1997), a pesquisa pode ser classificada com sendo um estudo de caso, uma vez que centra sua lente sobre a análise da situação atual e as medidas para o alcance do desenvolvimento sustentável.
3 Desenvolvimento Sustentável
O conceito de sustentabilidade baseia-se na economia, preocupação ecológica, cultural, espacial, política e ambiental. Todos estes tópicos são de diferentes preocupações, mas seu objetivo final é o mesmo. Esse conceito originou-se no Relatório Brundtland – documento intitulado Nosso Futuro Comum, publicado em 1987. Este relatório está baseado no princípio de que o ser humano deve usufruir dos recursos naturais de acordo com a capacidade de renovação dos mesmos, evitando assim, o seu esgotamento (DRUNN, GARCIA e UNIC, 2011).
Segundo Bezerra e Bursztyn (2000), o desenvolvimento sustentável é um processo de aprendizagem social de longo prazo que por sua vez, é direcionado por políticas públicas orientadas por um plano de desenvolvimento nacional. Assim, a quantidade expressiva de atores sociais e interesses presentes na sociedade coloca-se como um obstáculo às políticas públicas para o desenvolvimento sustentável.
Em 2010, a revista National Geographic realizou uma pesquisa que identificou que o Brasil ocupa o segundo lugar em um ranking de consumo sustentável. A pesquisa analisou hábitos de consumidores em 17 países e o Brasil ficou atrás apenas da Índia. Podemos citar algumas empresas brasileiras que possuem em seu dia a dia essa cultura sustentável e são reconhecidas internacionalmente por isso, como o Banco do Brasil, Braskem, Furnas, Itaipu, Natura, Petrobras, Vale, dentre outras.
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