Gestao de pessoas
Por: sousapontessousa • 20/9/2015 • Trabalho acadêmico • 4.851 Palavras (20 Páginas) • 149 Visualizações
GESTÃO DE PESSOAS:
UM ESTUDO TEÓRICO SOBRE UMA FERRAMENTA COMPETITIVA PARA A MANUTENÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo apresentar a importância da gestão de pessoas como estratégia de manutenção e competitividade para as organizações. Este artigo é fruto de uma pesquisa qualitativa cujo tema se concentra no estudo da gestão de pessoas. Nesta perspectiva serão abordados os seguintes assuntos: o processo evolutivo da gestão de pessoas, a estrutura do órgão de gestão de pessoas bem como os fatores condicionantes dos modelos de gestão de pessoas. Para tanto, utilizou-se de pesquisas bibliográfica e descritiva, relacionando os autores de referência na área de gestão de pessoas.
Palavras-Chave: Gestão de Pessoas. Estrutura do Órgão de Gestão de Pessoas.
1 INTRODUÇÃO
A preocupação em mudar e valorizar mais a gestão de pessoas começou com a necessidade de dar à função maior status, tornar as atividades de recursos humanos mais importantes e expressivas. Porém, todas essas atividades juntas em uma função não têm gerado impacto suficiente nas estratégias da alta administração das organizações.
Talvez o motivo pelo qual a gestão de pessoas não tenha aceitação nas estratégias dos negócios é porque sempre vendeu a imagem de que é uma função preocupada com as pessoas e não com os negócios. A gestão de pessoas tem sido descrita como a função de planejar, coordenar e controlar a obtenção dos empregados necessários à organização.
Nos momentos de crise das organizações, especialmente aquelas crises ocasionadas por conjunturas econômicas negativas, a gestão de pessoas se torna uma das áreas mais vulneráveis. Essa vulnerabilidade provém do índice ainda insatisfatório da visão gerencial quanto à compreensão da verdadeira dimensão e possibilidades da administração e desenvolvimento de pessoas e, por outro lado, em razão do grau de alienação da área, junto à gestão estratégica das organizações.
Dentro de uma perspectiva histórica, outro aspecto negativo da gestão de pessoas nas organizações está relacionado ao conformismo que atingiu os profissionais que atuam nesta função. A falta de formação acadêmica, mas sólida e de acesso mais imediato às inovações na área, assim como os climas organizacionais autoritários tão freqüentes ainda nas organizações brasileiras, são indicadores que tem contribuído para o freio dessa área junto as gestão estratégias das empresas.
Desde os anos 80, fala-se da necessidade de rever a forma de gestão de pessoas nas organizações. Apesar disso, parece que pouca coisa tem sido proposto nessa década. Porém, a partir dos anos 90 é que surgem propostas mais concretas de mudança e se começa a observar algumas formas de pensar a gestão de pessoas dentro de uma perspectiva estratégica para as organizações.
Diante desse contexto, a questão que se apresenta para este projeto de pesquisa é a seguinte: como foi conceituada e contextualizada a gestão de pessoas ao longo da história da organização do trabalho?
A partir deste questionamento formou-se o objetivo geral que é o de desenvolver um estudo teórico por meios de conceitos, técnicas e ferramentas sobre a importância do papel da gestão de pessoas como estratégica de manutenção e competitividade para as organizações.
Quanto aos específicos, pretendeu-se: analisar a gestão de pessoas de forma contextual e conceitual e identificar a estrutura do órgão de gestão de pessoas como instrumento estratégico na visão de vários autores.
2 METODOLOGIA
A metodologia empregada neste trabalho utilizou-se de pesquisa qualitativa. Para alcançar os objetivos baseou-se na fundamentação teórica obtida em sala de aula, em leituras bibliográficas.
O método utilizado nesta pesquisa procedeu-se por indução, permitindo tirar, de uma ou várias proposições, uma conclusão que delas decorre logicamente. Assim sendo será realizado a partir das teorias e leis em que ocorreram os fenômenos particulares, relacionados à gestão de pessoas.
A pesquisa a ser utilizada será qualitativa – pesquisa participante em que procura compreender os aspectos psicológicos com informações adquiridas de modo completo por outros métodos devido à complexidade que abrange a pesquisa. Este tipo de pesquisa pode ser caracterizada como a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar da produção de medidas quantitativas de características ou comportamentos.
As técnicas de coleta de dados deste trabalho consistirão em documentação direta – pesquisa bibliográfica e documental, artigos, manuais e regulamentos sobre o tema abordado.
Para este trabalho serão utilizados os modelos de Chiavenato, Gil e Dutra sobre estrutura e fatores condicionantes dos modelos de gestão de pessoas.
3 O PROCESSO EVOLUTIVO DA GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES
3.1 O PROCESSO EVOLUTIVO DA GESTÃO DE PESSOAS NO MUNDO
Revendo a literatura sobre a função de recursos humanos, constata-se que ela é essencialmente gerencial. Isto quer dizer que a sua preocupação principal é com a funcionalidade do sistema ou da organização. Analisando sob essa perspectiva, a evolução da gestão de pessoas é considerada resposta a mudanças havidas no contexto externo. Nesse sentido, vários autores têm se interessado na administração estratégia de gestão de pessoas e seus impactos sobre a empresa. Neste capitulo faz-se uma analise evolutiva da gestão de pessoas, procurando focar as questões relativas a conteúdo e as vinculadas à nomenclatura.
De forma geral, verifica-se que, embora a gestão de pessoas remonte à antiguidade (GEORGE apud DUTRA, 2002), somente no inicio do século passado é que essa questão assume a relevância necessária para merecer uma sistematização dos conhecimentos acumulados até então.
Com o inicio da Revolução Industrial, os trabalhadores buscaram reagir contra o emprego da máquina, considerada fator de desemprego. Na Inglaterra, desde a quebra de máquinas no inicio do século XIX, até o aparecimento dos primeiros sindicatos de trabalhadores, assiste-se a luta pela conquista do caráter organizativo do trabalho e dos direitos do trabalhador.
Diante dessa realidade, Oliveira (1987, p. 83) afirma que:
Os sindicatos surgiram com a finalidade de compor o proletariado ao redor de reivindicações comuns: proteção ao trabalho das mulheres e das crianças, regulamentação da jornada de trabalho (que ficou reduzida, entre 8 e 10 horas), direito à assistência médica e hospitalar em caso de acidentes e liberdade de expressão e de organização.
Mas foi a partir da implantação do sistema fabril que se deu a organização do capitalismo propriamente dito: os trabalhadores já não dispõem da matéria-prima nem dos instrumentos de trabalho. Fica instituída a divisão social do trabalho, com ritmo e horários pré-estabelecidos.
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