Gestão da Produção

        O Planejamento e o Controle da Produção são atividades centrais em uma indústria e é através dele que se realiza a adequação dos volumes e variedades a serem produzidos às variações da demanda e demais condições do mercado. Nos últimos tempos poucas áreas dentro da administração empresarial mudaram tanto como a Administração da Produção. Cresceu a sua importância, reposicionando o papel da produção como um recurso fundamental para o alcance dos objetivos da organização.         Esta revalorização da área da produção ocorreu devido a três razões básicas: a crescente pressão por competitividade que o mercado mundial tem demandado das empresas;  o potencial competitivo que representa o recente desenvolvimento de novas tecnologias de processo e de gestão de manufatura;  o desenvolvimento de um melhor entendimento do papel estratégico que a produção pode e deve ter na busca dos objetivos globais da organização.

        O planejamento de um a empresa é dividido em três grupos:  planejamento estratégico: de certa forma irreversível, envolve toda a empresa e é de longo prazo; planejamento tático: planejamento de médio prazo, envolve uma ou poucas áreas, sendo reversível; planejamento operacional: é de curto prazo, reversível, envolvendo em geral uma área da empresa. Tem um impacto restrito na organização. O planejamento da capacidade de produção é a função administrativa que tem por objetivo fazer os planos que orientarão a produção e servirão de guia para o seu controle, conforme Motta (1993).

        Existem vários tipos de capacidades segundo Peinado et al (2007), tais como: Capacidade instalada  que é a capacidade máxima que uma unidade produtora pode produzir se trabalhar ininterruptamente, sem que seja considerada nenhuma perda; Capacidade disponível ou de projeto que é a quantidade máxima que uma unidade pode produzir durante a jornada de trabalho  disponível, sem levar em consideração qualquer tipo de perda; Capacidade efetiva que é a capacidade efetiva representa a capacidade disponível subtraindo-se as perdas planejadas desta capacidade.

        A importância do dimensionamento de capacidades é devida a problemas como: com demasiada capacidade os níveis de inventário podem subir ou o equipamento e a força de trabalho serem sub-utilizados; com uma capacidade insuficiente a empresa pode perder clientes para a concorrência ou ter que recorrer a subcontratação; os custos de aumentar a capacidade são significativos, tal como os custos de ter que reduzir a capacidade.

        O dimensionamento da capacidade é tipicamente baseado em: previsões de crescimento e variação da procura; custos de construir e operar diferentes plantas; taxa e tendência da inovação tecnológica; comportamento da concorrência. O planejamento de capacidades pode ser inicializado em resposta a: Aumento da procura; Diminuição da procura; Mudanças tecnológicas; Mudanças no meio envolvente ou na concorrência; Oportunidade de melhorar o posicionamento competitivo da empresa.

        Passos para um planejamento de capacidades efetivo: verificar e avaliar as capacidades e instalações; prever as necessidades de capacidades e instalações; definir alternativas que respondam aos requisitos; fazer análises financeiras a cada uma das alternativas; estabelecer pontos chave de qualidade para cada alternativa; seleciona a alternativa que vai ser comprada; implementa essa alternativa; verifica e analisa os resultados atuais.

        Pode-se dividir o sistema produtivo em diversas etapas: compra de matéria prima, manufatura, embalagem, estocagem, controle de qualidade e vendas. Inicia-se quando os recursos entram através da compra de matéria prima (input) e são transformados terminando na venda dos produtos acabados ao consumidor final (output). Os gargalos de produção podem acontecer em diferentes momentos do seu sistema produtivo. Mas, assim como em outras áreas e processos, existem alguns momentos que são considerados como mais críticos, portanto, mais sujeitos para que esses erros ocorram.