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IMEDIATISMO NO ESPORTE: UMA DISCUSSÃO SOBRE A INICIAÇÃO DESPORTIVA PRECOCE.

Por:   •  15/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.552 Palavras (11 Páginas)  •  603 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA

IMEDIATISMO NO ESPORTE: UMA DISCUSSÃO SOBRE A INICIAÇÃO DESPORTIVA PRECOCE.

SÃO PAULO

2016


RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA

IMEDIATISMO NO ESPORTE: UMA DISCUSSÃO SOBRE A INICIAÇÃO DESPORTIVA PRECOCE.

TEMA RELACIONADO:        INICIAÇÃO ESPORTIVA E ESPECIALIZAÇÃO PRECOCE NO ESPORTE COLETIVO.

Relatório de Atividade Prática Supervisionada (APS) para avaliação no primeiro semestre letivo do curso de Educação Física apresentado à Universidade Paulista - UNIP

SÃO PAULO

2016

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................4

2 DESENVOLVIMENTO .............................................................................................5

      2.1 O papel do esporte enquanto prática pedagógicas x competição esportiva .5

      2.2 Da criança ao adolescente ..............................................................................5

      2.3 Desenvolvimento como fator para se compreender e aproveitar.....................7

      2.4 Potencial genético ...........................................................................................7

4 CONCLUSÃO .........................................................................................................10

Referencia bibliográfica .............................................................................................11

1        INTRODUÇÃO:

A iniciação esportiva é o período em que a criança inicia a pratica regular e orientada de uma ou mais modalidades esportivas, sendo que o objetivo imediato é dar continuidade ao seu desenvolvimento integral, não implicando em competições regulares. Outro foco principal na iniciação é fazer com que a criança desenvolva varias habilidades motoras. Ainda, em alguns casos, contrapondo-se ao esperado – tratar pedagogicamente o esporte -- os especialistas freqüentemente utilizam uma pedagogia pautada em referenciais de rendimento – conquistas, quebra de recordes, resultados imediatos. Logo uma pedagogia preocupada menos com a educação e complexidade e mais com a descoberta e revelação de talentos. A busca excessiva por talentos envolve não somente alguns profissionais, mas também os pais e amigos, todos com o objetivo de ver a criança se destacando no esporte em que esta praticando, mas de uma forma equivocada provocando um desenvolvimento precoce. 

Ver a iniciação de jovens é um fato cada vez mais presente em diversas modalidades esportivas, seja ela voltada para o alto rendimento ou não, o caminho para formação de atletas merece atenção, visto que, muito se discursa sobre o esporte vinculado a sinônimo da saúde, quais alternativas e quais métodos, merecem e podem ser adotados tendo em foco principalmente o desenvolvimento da criança e dos adolescentes visando seu bem-estar e prazer pelas praticas esportivas. Em busca dessas alternativas associadas a uma compreensão de como esses jovens se desenvolvem e o que busca o presente estudo sem querer, contudo esgotar o assunto

2        DESENVOLVIMENTO:

2.1         O PAPEL DO ESPORTE ENQUANTO PRÁTICA PEDAGÓGICA X COMPETIÇÃO ESPORTIVA.

Muito se discursa a respeito da iniciação/especialização esportiva precoce, principalmente quando esta é voltada para o alto rendimento, é cada vez mais comum ver crianças e adolescentes sendo rotulados a vir a ser um atleta profissional, mas esse título vem de uma vontade intrínseca desse jovem atleta ou seria algo mais relacionado à pais, técnicos e professores? Quais as conseqüências que tal iniciação pode trazer para esses jovens em seu aspecto biopsicossocial? Como se trabalhar um tema tão em voga que podem contribuir tanto de maneira positiva quanto negativa ao longo de sua vida dentro e/ou fora do esporte? Abordar os aspectos relacionados ao desenvolvimento do jovem atleta com o intuito de fazer uma reflexão a cerca das alternativas para um trabalho precoce, que visem não só a formação de um atleta promissor, mas de um indivíduo melhor preparado psicologicamente, parece ser um campo que merece ser melhor explorado, além de rever e por em prática o respeito e os estímulos relacionados à cada faixa etária, de forma a não enxergar um atleta, mas a de ter um viés exploratório sobre o indivíduo que potencialize suas habilidades de forma inclusiva e em diversas modalidades. Sem restringir a modalidades que exclui e extrai o máximo de jovens que, muitas vezes não querem ou poucos são ouvidos e respeitados em seu direito de brincar, se divertir e conseqüentemente se desenvolver.  

2.2         DA CRIANÇA AO ADOLESCENTE:

Respeitar o processo de crescimento e maturação de crianças (estas analisada na faixa etária de 6 a 12 anos), e adolescentes (12 a 18), parece ser um discurso aplicado de forma ativa por profissionais de educação física, será?

Como será que enxergamos essas crianças ao se aplicar uma atividade, que foque a observação e não a análise do que a teoria nos apresenta e o que a prática mostra? Cada vez mais nota-se a introdução de crianças no campo esportivo, seja por vontade dos pais, devido aos seus compromissos profissionais seja para se ocupar o tempo dessas crianças com diversas atividades, ou por seus professores que vêem em seus alunos retratos de si mesmo quando também foram considerados ou de fato foram um “futuro atleta”, ou ainda ambos, pais e professores/técnicos, que se realizam frustrando jovens que muitas vezes querem apenas vivenciar, conviver, explorar e conhecer um mundo ainda pouco experimentado por elas. Sabe-se que todos nós percorremos ao longo de nosso ciclo vital, estágios de crescimento (quantitativo) e maturação (qualitativo), temos o momento certo de estimular nossas habilidades motoras básicas como: estabilidade, manipulação e locomoção, e estas estão atreladas ao nosso desenvolvimento físico, cognitivo e social. Segundo Sullivan (2004, p. 19), durante a infância, as mudanças provocadas pelo crescimento físico são súbitas e visíveis. Mas crianças se desenvolvem de outros modos menos evidentes que apresentam implicações importantes para as práticas esportivas. Não se deveria esperar por parte das crianças uma resposta igual ao dos adultos no que concerne o treinamento, interação com os colegas de equipe ou compreensão de estratégias. Parece que vemos a criança como um adulto, pronto para atender a exigências no campo esportivo condizente com atletas de alto nível, já tentando plantar a “semente do jovem atleta” em seu subconsciente. Será esse o caminho certo? Do que adianta querer orientar, gritar, encher os alunos com informações técnico-táticas, que podem entediar e fazê-los perder o gosto pela prática, sendo que se pode fazer da diversão de das brincadeiras um forte aliado para colaborar e enriquecer o acervo motor dessas crianças, que merecem viver de maneira descompromissada e amistosa, interagindo sem se distinguirem uma das outras? De acordo com Sullivan (2004, p. 19), crianças com idade entre 6 e 8 anos não entendem o jogo de fato, apenas demonstram aptidão física e habilidade para imitar. O autor ainda ressalta a importância de se enfatizar o aprendizado de habilidade básica sem forçá-las a atuar num nível que, cognitiva e socialmente, não são ainda capazes de entender, ou seja, estimular os chamados “jogadores de colmeia” a se explorar e não com a finalidade de habilitar, selecionar e/ou impor técnicas de movimentos especializados. Sabemos que a criança se desenvolve muito mais em atividades lúdicas, porque não tratar de pôr em prática as diversas formas de manifestações culturais, já que somos tão diferentes culturalmente, porém tão parecidos biologicamente? Habilidades como arremessar, chutar, correr, saltar, agarrar, bater, pular, etc., não estão em maior ou menor grau em todos os esportes, e mais ainda, em nós desde tenra idade? Não será mais fácil numa especialização/iniciação precoce, deixar as crianças se descobrirem e em cima disso, respeitando seu desenvolvimento, se trabalhando aos poucos os fundamentos esportivos? Deve-se levar em conta, como o ser humano se desenvolve, para que não se prejudique esse indivíduo ao longo de sua vida, com uma especialização que o limite em outras atividades, seja ela esportiva ou não, restringindo de sua vivência e experiências enquanto criança, que possamos propor um ambiente que contribua positivamente para o desenvolvimento pleno, para que esta criança venha a ser um processo e não um fim para a especialização precoce.  

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