IMPACTOS E TRANSFORMAÇÕES ADVENTÍCIAS DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Por: jucilenemoura • 25/4/2017 • Artigo • 4.034 Palavras (17 Páginas) • 347 Visualizações
[pic 1]
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
CAIO NOBRE DA SILVA
DALCIANO FLORÊNCIO ROCHA
VALDEMAR DE MOURA BESERRA
BENEFÍCIOS, IMPACTOS E TRANSFORMAÇÕES ADVENTÍCIAS DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
PICOS – PI
2015[pic 2]
CAIO NOBRE DA SILVA
DALCIANO FLORÊNCIO ROCHA
VALDEMAR DE MOURA BESERRA
BENEFÍCIOS, IMPACTOS E TRANSFORMAÇÕES ADVENTÍCIAS DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
Pré-projeto de pesquisa apresentado ao curso de Bacharelado em Administração de Empresas, Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, Picos (PI), da Universidade Federal do Piauí – UFPI, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Metodologia de Pesquisa em Administração.
Orientadora: Kary Coimbra
PICOS – PI
2015
SUMÁRIO
Páginas
- Introdução..........................................................................................................4
2. Referencial teórico ............................................................................................6
3. Metodologia.....................................................................................................10
4. Objetivos..........................................................................................................11
4.1 Objetivo Geral..................................................................................................11
4.2 Objetivos específicos........................................................................................11
5. Justificativa.......................................................................................................12
Referências .....................................................................................................................12
INTRODUÇÃO
Este pré-projeto de pesquisa possui como problema central refletir sobre os potenciais benefícios e problemas trazidos às populações de cidades nordestinas,com a transposição do rio São Francisco para outros estados como: Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco e Paraíba.
Assim, objetivamos traçar mecanismos para identificar as mudanças sociais ocorridas no dia-a-dia das populações com o projeto de redirecionamento das águas, sobre maneira, a respeito do apogeu da frente de luta deflagrada entre 2005 e 2007 por um conjunto de entidades, órgãos e movimentos sociais, no sentido de barrar a transposição do rio.
É interesse avaliar eventuais reflexos na renda populacional com o advento dos recursos hídricos, observando as transformações ocorridas com a transposição no cotidiano da população, através de opiniões de especialistas e pesquisadores que se debruçaram sobre o tema nos últimos anos. Com isso, pretendemos construir subsídios para realizar uma pesquisa futura, por meio de levantamento bibliográfico, metodologia e fontes consistentes, a partir da linha de pesquisa de Gestão em Recursos Hídricos.
Desde os primórdios da formação do Brasil o rio São Francisco desempenhou relevante papel no povoamento e ocupação do território brasileiro. O seu achamento é conferido ao navegante genovês Américo Vespúcio, tendo estado em sua foz no dia 04 de outubro de 1501. No período colonial seu leito serviu de rota para tropeiros, vaqueiros, bandeirantes e pregadores de indígenas, ficando cognominado como “Rio da Unidade Nacional” (NOVAES, 1989).
O Brasil possui a rede hidrográfica mais extensa do mundo e o São Francisco está entre os dez maiores cursos d’água do Brasil, com cerca de 2.700 quilômetros. Ele nasce na Serra da Canastra, no Estado de Minas Gerais e deságua em Piaçabuçu, em águas atlânticas entre Alagoas e Sergipe. Possui uma bacia hidrográfica com 168 afluentes, 99 constantes e 69 intermitentes.
O conjunto de hidrelétricas da bacia do São Francisco é responsável por enorme parcela do abastecimento de energia elétrica para a região nordeste. É composto de 33 usinas em operação, das quais, nove no próprio rio São Francisco. As barragens também ocupam papel importante, proporcionando irrigação, abastecimento de água e lazer, segundo dados disponibilizados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).
A própria dimensão, alcance e impacto do empreendimento, com prazo para entrega de sua primeira etapa somente em 2016, requer um enorme esforço por parte do governo federal, estados, municípios e agentes públicos envolvidos com a obra. Segundo o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu: “É preciso que eles [os Estados] construam condições de recebimento dessa água e que otimizem a gestão desse recurso”[1], afirmou Andreu, em audiência ocorrida na Comissão Externa da Câmara dos deputados presidida pelo deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE).
Ao longo da história o rio São Francisco foi um alívio para os nordestinos, sertanejos e ribeirinhos acometidos pelo flagelo da seca, pois tanto servia para aproveitamento da água por humanos e animais, lavagem de roupas, lazer, irrigação, navegação, sendo também uma rica fonte de pescado, elementos que contribuíram para a exploração deste bem do povo brasileiro, em prol de grupos dominantes e como mecanismo de um mercado eleitoreiro.
A população brasileira, e, sobretudo, as populações nordestinas envolvidas com a transposição, especialistas em meio ambiente, direito ambiental, recursos hídricos, impacto ambiental, como também, órgãos e organizações não governamentais têm acompanhado com preocupação algumas notícias veiculadas pela mídia televisionada, portais, blogs, sites pela internet, mapeamentos e relatórios do governo. Informações, documentos oficiais e estudos acadêmicos sinalizam com ceticismo a real viabilidade ambiental do feito, os objetivos políticos latentes em sua consecução, e os reais melhoramentos a se serem convertidos às populações, considerando uma via de desenvolvimento sustentável.
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