Inovação e Empreendedorismo: Quem vem primeiro?

Inovação e Empreendedorismo: Quem vem primeiro?

INTRODUÇÃO

Uma definição abrangente de inovação, segundo o Manual de Oslo da OECD é: "implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas."

Uma inovação, deve ser uma ideia reproduzível, com custos viáveis e que satisfaçam seus consumidores. Além disto, uma inovação também precisa ter uma aplicação deliberada de informação, imaginação ou iniciativa capaz de criar valores novos e originais a partir dos recursos utilizados

Já o empreendedorismo pode ser compreendido como a habilidade de fazer acontecer com criatividade e motivação. Consiste em realizar com sinergia e inovação um projeto pessoal ou organizacional, em desafio permanente às oportunidades, assumindo riscos. É antecipar-se de questões que precisam ou precisarão ser resolvidas.

Hisrich & Peter (2004) apresenta informações sobre o desenvolvimento da teoria do empreendedorismo e do termo empreendedor a partir da Idade Média até 1985, quando ele define o empreendedorismo como “processo de criar algo diferente e com valor, dedicando o tempo e o esforço necessário, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal”

Inovação e Empreendedorismo: Quem vem primeiro?

A relação de dependência entre inovação e empreendedorismo, no momento atual em que vivemos, é citada por Bruno Marinho em seu blog.

A inovação é uma característica associada ao empreendedor em sua essência e àquele que de fato busca se desenvolver como empreendedor. Na sociedade atual, poderíamos até dizer que o empreendedor sem a inovação não sobrevive, devido às mudanças econômicas e sociais do momento.

A “anatomia econômica” é representada pela atuação de três componentes: o empresário, o capitalista e a inovação. Assim, o empresário é considerado um elemento fundamental no processo de inovação, pois busca constantemente a diferenciação no mercado em que atua, desenvolvendo condições especiais, talentosas e motivando-se para ser capaz de perceber oportunidades de negócios, realizando-as de forma rentável.

Note que muitas empresas, excelentes na execução seus processos, mantiveram-se sustentáveis por muitos anos. Entretanto, à medida que a competitividade se acirra nos mercados globais atuais, inovar passa a ser condição de continuidade do negócio.

Concluindo, enquanto o empreendedorismo não exige necessariamente atitude inovadora, a inovação exige do inovador o espírito empreendedor. Desta forma, considero que no mercado atual, não haveria empreendedorismo se antes não viesse a inovação.

REFERÊNCIAS

Manual de Oslo: Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação, 3ª Ed.,