JR Diesel
Por: TiagoFM • 25/4/2016 • Seminário • 945 Palavras (4 Páginas) • 193 Visualizações
NOSSA HISTÓRIA
Inicialmente, necessário fazer um breve relato sobre a história pessoal de Geraldo Rufino, fundador e presidente da JR Diesel:
Aos 7 anos, após a morte da mãe, Geraldo Rufino abandonou a escola na 2ª série e somente voltou a estudar aos 13 anos, por exigência da gerente do antigo parque de diversões Playcenter, que o contratou como office boy.
Aos 11 anos, morava na favela do Sapé, na zona oeste de São Paulo, e ia diariamente com o irmão a um aterro sanitário recolher latas de óleo feitas de aço ou folhas de flandre para vender no ferro-velho.
Aos 15 anos, comprou seu primeiro carro, um Fusca, que posteriormente trocou por uma Kombi, para que o irmão trabalhasse prestando serviços para uma transportadora. Dez anos depois já possuía dois caminhões que usava para transportar adubo.
Em 1985, o que poderia ser o fim do progresso econômico, tornou-se uma nova oportunidade. Os dois caminhões que transportavam adubo se envolveram em acidentes praticamente ao mesmo tempo, inviabilizando seu conserto e retorno à circulação. Na tentativa de minimizar o prejuízo Geraldo Rufino desmontou os veículos, reparou e repassou suas peças, fazendo com que ele recuperasse a integralidade do investimento. Nascia então, naquele mesmo ano, literalmente de um acidente, a empresa que se tornaria referência em eficiência, controle e volume em desmontagem de veículos.
Na década de 90 a JR Diesel começou a aprimorar suas técnicas de rastreabilidade e organização, o que chamou a atenção do mercado e atraiu um tipo de cliente até então incomum para os desmanches: os frotistas. O sucesso no relacionamento com esses novos clientes abriu caminhos para a empresa que passou a explorar também a venda de veículos no atacado quando começou a comprar grandes lotes de renovação de frota de seus clientes. Essa eficiência na venda de veículos usados atraiu também os olhares de uma montadora de caminhões que ofereceu a concessão de São Paulo, Santos e Vale do Ribeira à JR Diesel para venda de seus veículos. Em 2003 essa montadora deixou o Brasil por questões internas, encerrando a atividade de venda de caminhões da JR Diesel.
À partir de 2003, todo o conhecimento adquirido no relacionamento com o mercado foi direcionado à aplicação de melhores práticas operacionais no negócio, que passou por um ciclo de 5 anos reinventando todos os processos e tornando-se mais eficiente. Em 2008 surgiram questões fundamentais para o negócio: Qual era o tamanho do mercado nacional? Qual era o potencial de crescimento da empresa para as próximas décadas? O que aconteceu com esse mercado em países desenvolvidos? Com essas questões na bagagem, a JR Diesel viajou o mundo buscando informações específicas sobre o desmanche de veículos em cada país bem sucedido na atividade. Ao final desse período de viagens, nasceu uma intensa sede de investimentos para adequar a JR Diesel aos padrões internacionais de qualidade, eficiência e controle praticados pelas melhores empresas de desmanche legal no mundo. Toda a implementação de sistemas de informação, equipamentos e ferramentas, processos, treinamentos e reformas durou 4 anos e a reação do mercado foi compatível com a visão de futuro da JR Diesel: o desmanche no Brasil visto não apenas como negócio, mas como um ótimo negócio, tendo a JR Diesel como referência.
O negócio que começou desmontando caminhões apenas com ferramentas de mão hoje ocupa uma área de 15 mil metros quadrados em Osasco, na Grande São Paulo. No local, há uma loja para revenda das peças. Segundo Rufino, 97% da receita da empresa é gerada pela venda de peças, principalmente para feirantes e empresas de logística, sendo primordial a comercialização de peças online.
Mesmo que não seja possível a recuperação de todas as peças do automóvel, as partes que não podem ser reaproveitadas são vendidas para reciclagem. Os pneus, por exemplo, viram combustível para fornos industriais e matéria-prima para fabricação de asfalto, enquanto óleos e fluidos são refinados e reutilizados. Além de inovadora, a JR Diesel pode ser considerada ecologicamente correta por evitar, ao máximo, a fabricação de novos produtos, tentando reutilizar todos os componentes.
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