Lixoes a céu aberto no Brasil
Por: claudiascarm • 8/10/2017 • Artigo • 3.705 Palavras (15 Páginas) • 317 Visualizações
LIXÕES À CÉU ABERTO: UMA DISCUSSÃO SOBRE ALTERNATIVAS PARA O FECHAMENTO DESTES
COSTA, Ruiz Diego Novais.
PEREIRA, Pamylla Scheavão.
CARVALHO, Cláudia Solange.
LIMA, Gisele Aparecida Lopes de.
RESUMO
O presente trabalho apresenta um levantamento das condições dos lixões brasileiros, constando algumas informações atualizadas. Apresenta uma consideração sobre os resíduos, a sua definição e classificação. Aponta como o papel dos três níveis de governo, a separação do lixo, a reeducação da população para a importância ambiental do cuidado com o lixo pode reduzir o número de lixões à céu aberto. Também aponta um roteiro que pode ser aplicado para o fechamento de um lixão, e quando não há possibilidade de fechamento total deste, passos para convertê-lo em aterro sanitário. Considerando alguns casos bem-sucedidos, como o lixão de Muribeca – PE. Pode-se apontar alguns passos e os fatores governamentais como importantes para o fechamento do mesmo e de outros lixões.
Introdução
Problema da Pesquisa: Como encontrar alternativas práticas para acabar com os lixões à céu aberto?
Dado o contexto atual da realidade vigente no país no que diz respeito à destinação do lixo produzido, verifica-se que o Brasil enfrenta um grande desafio: buscar alternativas para fechar os maiores lixões a céu aberto no país. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada pelo IBGE em 2000, no Brasil coleta-se 228.413 toneladas de lixo por dia. E desses, mais de 48 mil toneladas tem como destino os lixões. Isso mostra a necessidade de alternativas adequadas para o processamento e descarte desse material.
Embora seja previsto como crime ambiental, a presença dos lixões urbanos em locais inadequados é uma constante nos municípios brasileiros, decorrente do desinteresse e o despreparo das administrações municipais, como também da ausência de efetiva fiscalização por parte dos órgãos competentes e da própria sociedade.
O Brasil ainda despeja 30 milhões de toneladas de lixo por ano, de forma inadequada, expondo os cidadãos ao risco de doenças, de acordo com o Carlos Eduardo Bauer (2017) o recorde em número de lixões fica no estado da Bahia, são mais de 300 vazadouros em situação irregular.
Em um levantamento feito pela Abrelpe, Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública, registra que o Brasil tem hoje quase 3 mil lixões ou aterros irregulares que impactam a qualidade de vida de 77 milhões de brasileiros. Cerca de 65% dos municípios não tem receita específica para cuidar do lixo, uma atribuição das prefeituras.
Objetivo Geral: O presente estudo tem como objetivo geral apontar soluções para o fechamento destes lixões.
O primeiro passo é analisar a situação como um todo.
Objetivos específicos: Identificar e mapear as regiões mais críticas, após a identificação deve-se buscar o conhecimento adequado junto à empresas e órgãos públicos que enfrentaram e solucionaram o problema e apontar soluções que estejam de acordo com as necessidades de cada região.
Estrutura do artigo: nas seções que seguem, são apresentados os pressupostos teóricos do trabalho, os aspectos metodológicos, as discussões das presentes soluções e o resultado da pesquisa, e por fim as conclusões.
Considerando esses aspectos, o presente trabalho foi baseado em pesquisas bibliográficas existente em mídias e livros, tendo como objeto de estudo as experiências realizadas por empresas e órgãos públicos visando formas eficientes de como fechar os maiores lixões à céu aberto no Brasil.
Tendo em vista seu objetivo geral, este trabalho caracteriza-se como qualitativo de cunho descritivo.
Para a realização da pesquisa, foram utilizados materiais bibliográficos, artigos e reportagens da área da pesquisa como coleta de informações sobre o assunto abordado.
Considerações sobre os resíduos
- Resíduos Sólidos: Definição e Classificação
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT:
Resíduos sólidos são resíduos nos estados sólidos e semissólidos, que resultam de atividades da comunidade, de origem: industrial, doméstica, de serviços de saúde; comercial, agrícola, de serviços e de variação. Consideram-se também resíduos sólidos os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpo d’água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. (apud ABNT, 1987)
Normalmente os resíduos sólidos são classificados segundo a sua origem, aqui citamos os urbanos como foco do trabalho:
Urbanos: incluem o resíduo domiciliar gerado nas residências, o resíduo comercial, produzido em escritórios, lojas, hotéis, supermercados, restaurantes e em outros estabelecimentos afins, os resíduos de serviços, oriundos da limpeza pública urbana, além dos resíduos de varrição das vias públicas, limpezas de galerias, terrenos, córregos, praias, feiras, podas, capinação.
- Os resíduos Domiciliares
Visto existirem conflitos decorrentes da gestão e do gerenciamento indevido dos resíduos sólidos urbanos estão crescendo em relação direta com a conscientização da sociedade sobre as questões ambientais.
O aparecimento de ideias revolucionárias para solucionar qualquer situação, segundo os seus defensores, tem criado confusão nas administrações municipais aliadas a mudanças constantes nas equipes das prefeituras. O mesmo processo que aprimora politicamente a democracia, promove em contrapartida, descontinuidades e reestudos que acabam protelando de forma perigosa as soluções relativas aos problemas relacionados com o tratamento e disposição final do lixo. (SHALCH et al., 2002 apud ZULAUF,1989)
No Brasil, de acordo com a PNSB (2000) se coleta cerca de 228.413 toneladas de resíduos sólidos diariamente, sendo 125.258 toneladas referentes aos resíduos domiciliares.
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