METODOLOGIAS DE APRENDIZAGENS ATIVAS: UMA PROPOSTA COLABORATIVA PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Por: Déborah Mayanne • 3/4/2018 • Monografia • 3.848 Palavras (16 Páginas) • 308 Visualizações
METODOLOGIAS DE APRENDIZAGENS ATIVAS: UMA PROPOSTA COLOBOLATIVA PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA.
Lindoilton Dantas Araújo[1]
Dr. Valdemir Praxedes da Silva Neto (orientador)
RESUMO:
O presente trabalho visa refletir acercar das contribuições da utilização das metodologias de aprendizagens ativas no ensino da matemática, sendo a Matemática uma disciplina estigmatizada pelos alunos, por isto, pretende-se elencar pontos primordiais a respeito das dificuldades que o ensino enfrenta no mundo contemporâneo. A princípio construiu-se com um respaldo teórico, que serviu de aporte para as discursões posteriores, com isto, utiliza-se como base alguns autores consultados na pesquisa e a partir dos pressupostos teóricos apresentados chega-se a conclusão que as metodologias de aprendizagens ativas são imprescindíveis para o ensino da matemática, pois as mesmas são recursos indispensáveis para ressignificar essa disciplina.
Palavras-chave: Matemática. Ensino. Metodologia de Aprendizagem Ativa.
Introdução
Segundo Ponte (2004), nas últimas décadas o ensino da Matemática passou por grandes mudanças. Durante as décadas de 40 e 50, o ensino da Matemática era caracterizado somente pelo processo de mecanização e memorização, o que conhecemos hoje como “Ensino Tradicional”. Nesta perspectiva, era cobrado do aluno a decorar teoremas, a memorização e listas com grande quantidade de exercícios, a mecanização. Porém, esse método de ensino não apresentou aprendizagem significativa (PONTE, 2004).
Durante a década de 60 a grade curricular de Matemática passou por transformações significativas e na década de 90 alicerçou o que ficou denominado de “Ensino Renovado”( PONTE, 2004).
Mediante o pensamento de Silveira (2002), no que envolve a matemática, existe um conceito solidificado de que ela é uma disciplina de caráter difícil e chata. Silveira fez uma pesquisa de campo com vários professores, e através dos discursos dos mesmos, notou que por a matemática carregar esta fama, de ser uma matéria difícil, acaba assustando os alunos e criando uma espécie de barreira no aprendizado.
O professor deve proporcionar ao aluno o direito de aprender, e não apenas um aprender repetitivo, mecânico, aprender sem saber o porque. Mas um aprender com significado, ao qual o aluno participe compreendendo e raciocinando. De acordo com Carraher (1995), as metodologias de aprendizagem ativas podem edificar uma aprendizagem efetiva na matemática, o professor necessita criar situações, problemas que a solução implique utilizar dos conceitos lógico-matemáticos a serem ensinados em sala de aula.
De acordo com Almeida & Valente (2012), os métodos tradicionais que privilegiam a transmissão de informações por parte dos professores, faziam sentido quando o acesso à informação era difícil. Atualmente com a invenção da internet e a divulgação gratuita de muitos materiais e cursos, pode-se aprender a qualquer hora, em qualquer lugar e com professores diferentes. Essa realidade é complexa, necessária, no entanto, ainda amedronta grande parte dos educadores, pois existem dificuldades para se conhecer modelos prévios bem sucedidos para ensinar e aprender em uma sociedade conectada.
Pesquisadores como Freire (2009), Rogers (1973), Novack (1999), Dewey (1950) entre outros, advogam que as metodologias de aprendizagens ativas são imprescindíveis para avançar na educação. É necessário superar a educação bancária e focar na aquisição do conhecimento do aluno. Em vista disso, a criação de atividades, desafios que oferecem estímulos para os alunos são importantes.
Por isso, dentre as novas estratégias metodológicas, surgem às de aprendizagens ativas. Isto se deve ao fato de tanto o professor como o aluno sofrerem da necessidade de distancia-se da metodologia tradicional, que são predominantes na maioria das salas de aula. O uso das metodologias de aprendizagens ativas, as aulas tornam-se mais atraente e a participação dos alunos tende a ser maior (SANCHEZ, 2004).
A educação no mundo contemporâneo
De acordo com o pensamento de Prensky (2001), na contemporaneidade o ato de ensinar está cada vez mais difícil, isto porque o professor já não é a única fonte de saber, atualmente ele disputa contra os diversos meios de tecnologia a fim de atrair atenção dos alunos, está é a realidade do educador do século vinte e um, os seus alunos estão cada vez mais inseridos no mundo digital e o docente não consegue dialogar com essa realidade, tendo em vista que as ferramentas digitais em sua maioria não são utilizadas como forma de melhorar o ensino em sala de aula. Kensky, afirma que:
A evolução tecnológica não se restringe apenas aos novos usos de determinados equipamentos e produtos. Ela altera comportamentos. A ampliação e banalização do uso de determinada tecnologia impõe-se à cultura existente e transformam não apenas o comportamento individual, mas o de todo grupo social ( KENSKY, 2007, P.21).
Isto é, as transformações que a tecnologia causou no cotidiano das pessoas foram extremamente profundas, elas alteraram a forma como os indivíduos interagem entre si, se comunicam, trabalham e etc.
As novas tecnologias da informação e comunicação se apresentam como um conjunto de dispositivos digitais – como computador, Internet e outros protocolos - que possibilitam transformação nas relações sociais, nas interações e processos de comunicabilidade de atores individuais e coletivos (LIMA, 2010, p. 14).
Esta realidade não seria diferente no âmbito educacional, a educação sofreu diversas mudanças devido ao avanço tecnológico, e o professor tem de está preparado para lidar com isto em sala de aula, a verdade é que a tecnologia é uma ferramenta que pode ou não melhorar o processo de ensino e aprendizagem, tudo depende da forma como ela é utilizada pelo docente. Borba (2010) afirma que:
O acesso à informática deve ser visto como um direito e, portanto, nas escolas públicas e particulares o estudante deve poder usufruir de uma educação que no momento atual inclua, no mínimo, uma alfabetização tecnológica. Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de Informática, mas, sim, como um aprender a ler essa nova mídia. Assim, o computador deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc. E, nesse sentido, a Informática na escola passa a ser parte da resposta a questões ligadas à cidadania (Borba apud MENDES, 2010, p. 37).
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