MediSys Corp.: A equipe de desenvolvimento do produto IntensCare

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS-GRADUÇÃO EM LIDERANÇA E COACHING

Resenha Crítica

        

Gilmar Gomes

Trabalho da disciplina de Planejamento na Condução de Times,

                                                               Tutor: Prof.ª MARCIA PISA DO VALLE

Bauru

2018

Resenha Crítica

DONNELLON, Anne; MARGOLIS, D. Joshua. MediSys Corp.: a equipe de desenvolvimento do produto IntensCare. Harvard Business Review Brasil, 2009.

1 – CREDENCIAIS DOS AUTORES

O artigo é assinado por Anne Donnellon e Joshua D. Margolis, porém não há menção de seus currículos no documento.

2 – INTRODUÇÃO

O artigo possui 12 páginas divididas em seis subtítulos.

Introdução: Os autores iniciam o artigo falando de Valerie Merz, gerente de marketing da MediSys e responsável pelo projeto de lançamento do IntensCare (um novo sistema de monitoramento remoto para uso em unidades de tratamento intensivo de hospitais), em agosto de 2009. A tensão de Merz está atribuída ao design modular do sistema por conta do prazo estrangulado para se fazer um novo debate sobre o assunto. Sem essa discussão corria-se o risco de se perder espaço para a concorrência no mercado de software médico.

1° subtítulo – MediSys: antecedentes e organização: De acordo com os autores a MediSys Corp. era empresa que desenvolvia, fabricava e vendia sistemas de monitoramento médico e seus produtos bens sucedidos até então foram os sistemas de monitoramento pulmonar e renal. A companhia estava preocupada com a concorrência endinheirada em virtude do lançamento de seu novo produto: o IntensCare. Para enfrentar a ameaça o novo presidente, Art Beaumont, apresentou a proposta de aperfeiçoamento no foco estratégico com preservação da cultura inovoadora e reestímulo do crescimento acelerado. Para isso manteve a estrutura funcional da empresa, porém Beaumont criou um Comitê Executivo composto de cinco Vice-Presidências: Vendas & Marketing, Pesquisa & Desenvolvimento, Design & Engenharia, Produção e Administração. Com equipes multifuncionais e aceleração no desenvolvimento de produtos o Presidente acreditava ser páreo duro para os ricos concorrentes.

2° subtítulo – Desenvolvimento de novos produtos da MediSys: Os autores contam que a MediSys desenvolvia seus produtos em quatro fases: 1ª -  Elaboração da proposta pela P&D; 2ª – Análise da proposta pela Direção. Em caso de aprovação o Marketing cuidava das descrições do produto; 3ª – As especificações do produto eram desenvolvidas pelo Design e Engenharia de Software; e 4ª – Fabricação e montagem do produto pela Produção. Os autores relatam também que o Presidente Beaumont criou um sistema paralelo para desenvolvimento de cada produto. Para isso existia uma “Equipe Central” formada por pessoas de todas as áreas envolvidas, com responsabilidades que iriam da fase conceitual até a produção final do projeto. Em cada projeto existia uma Equipe Central, que obrigatoriamente tinha um líder capacitado para a função. A formação de equipes multifuncionais permitia que todas as áreas monitorassem a execução do projeto (ao mesmo tempo) possibilitando a retificação de suas partes ainda em fase embrionária.

3° subtítulo – História do projeto IntensCare:  Contam os autores que o produto foi ideia de Aaron Gerson, da P&D, em 2006. Sua intenção foi criar um sistema de monitoramento que coletaria dados dos pacientes que seriam disponibilizados em bancos de dados, tratados pelo software e encaminhados aos médicos e enfermeiros, por e-mail. Após muitas conversas, em 2008, Beaumont nomeou uma Equipe Central pra desenvolver o projeto: Aaron Gerson, idealizador e pesquisador de P&D; Bret O’Brien, gerente de engenharia de produto; Jack Fogel, gerente de produção sênior e escolhido para liderar a equipe; Dipesh Mukerjee, supervisor de design e desenvolvimento do software; Karen Baio, responsável pelos Assuntos Regulatórios; e Valerie Merz, supervisora de lançamento do projeto. O Presidente tratava o projeto a “toque de caixa” disponibilizando para isso mais de 20 milhões de dólares a fim de lançar um produto inovador, de classe mundial, até agosto de 2009.

4° subtítulo – A equipe do IntensCare: Os autores relatam o comportamento da Equipe Central no desenvolvimento do projeto. De início foram definidas por Jack Fogel reuniões alternadas às sextas-feiras, com duração de uma hora, para discussão do projeto. Paralelamente a isso Fogel também mantinha encontros habituais com Bret O’Brien, Aaron Gerson e Dispesh Mulerjee, suas pessoas de confiança no grupo. Valerie Merz estava preocupada com o cronograma de entrega do projeto e principalmente com a divisão em módulos do sistema para atendimento em variadas situações clínicas que iriam de uma cirurgia militar até cuidado neonatal. Pela sua experiência, Merz duvidava da capacidade de liderança de Fogel e o julgava apenas como um “cara legal”. O’Brien, o engenheiro do projeto, por sua vez estava preocupado com a integração software e hardware do sistema. Dividia seu tempo com outros projetos e já tivera alguns atritos com Merz. Estava comprometido com a qualidade e, principalmente, com os prazos do projeto, porém via a área de Assuntos Regulatórios como um empecilho. A responsável pelos Assuntos Regulatórios era a advogada Karen Baio e a seu ver a equipe era infantil ao tratar as questões legais de forma meramente burocrática. Tinha dificuldades de relacionamento com Mukerjee e Merz. Aaron Gerson estava confiando no sucesso do IntensCare e não estava preocupado com cronograma/metas para entrega do projeto, pois entendia que a concorrência não seria capaz de lançar um produto melhor no mercado mais rápido que a Medisys. Sua única preocupação era o desenvolvimento do software offshore, que era configurado na Índia.

5° subtítulo – Um impasse: o design modular: Os autores expressam no artigo que um dos tópicos mais discutidos do projeto era sobre a modularidade no sistema. Até porque com o design modular o produto se tornaria mais comercial, com possibilidade de utilização para um conjunto de segmentos muito mais amplo. A ideia de Merz era apresentar o IntensCare em formato modular somente na segunda versão, mas como ela já tinha sugerido essa funcionalidade já para a primeira, temia que isso fosse usado como desculpa pela Engenharia para sua entrega incompleta em agosto de 2009. Na verdade toda a equipe estava disputando a forma de lidar com a questão.