MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
Por: Pedro José • 29/8/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 1.676 Palavras (7 Páginas) • 354 Visualizações
[pic 1]FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL
CURSO:
PROFA. SANDRA BARRETO
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
A finalidade da atividade científica é a obtenção da verdade, por intermédio da comprovação de hipóteses, que por sua vez são pontes de observação da realidade e a teoria científica, que explica a realidade. Isto é, método é o conjunto de caminhos percorridos na busca do conhecimento. É o conjunto de processos que o conhecimento humano deve empregar na investigação e demonstração da verdade.
O método de sistematização das atividades ao longo do tempo e das necessidades, sofreu transformações. O pioneiro a tratar do assunto no âmbito do conhecimento científico foi Galileu Galilei, primeiro teórico do método experimental. Para ele as ciências têm como principal foco as relações quantitativas e pode ser descrito como indução experimental, chegando-se a um a lei geral observando certo número de casos particulares. Os principais passos do método de Galileu podem ser expostos da seguinte forma: observação; análise; indução; verificação; generalização e confirmação para se obter leis gerais.
Os métodos classificam-se quanto à abordagem e quanto aos procedimentos.
O método de abordagem: refere-se ao plano geral do trabalho, constitui-se em procedimentos gerais, baseados em princípios lógicos. São eles:
Método dedutivo: é uma cadeia de raciocínios em conexão descendente, isto é, parte do geral para o particular.
Método indutivo: estabelece conexão ascendente, isto é, parte do particular para o geral. De certa forma este método confunde-se com o experimental.
Método hipotético-dedutivo: é aquele que formula as hipóteses de acordo com o problema dado, em seguida buscam-se as lacunas, não se limitando somente à generalização empírica das observações realizadas, pode-se através dele chegar a construção de teorias e leis.
Método dialético: tudo é visto em constante mudança, considerando a indissolúvel unidade dos opostos, princípio das mudanças quantitativas em qualitativas e o princípio da negação da negação.
O Método de procedimento: Se adapta a cada área da pesquisa, relacionando-se não com o plano geral do trabalho, mas com suas etapas. Na área de saúde podem adotar certa variedade de métodos, podendo ser:
Pesquisa descritiva ou estudos transversais: São feitos para descrever os indivíduos de uma população com relação às suas características pessoais e às suas exposições históricas de exposição de fatores causais suspeitos, em determinado momento. Tais estudos classificam-se como observacionais, pois é aquele em que os participantes da pesquisa são sorteados para os respectivos grupos, porque já pertencem a eles desde o início da pesquisa Estudos longitudinais: busca encontrar estabelecer relação entre as variáveis, através de observações repetidas dos mesmos itens ao longo de um extenso período de tempo - frequentemente várias décadas. são observacionais, no sentido de que observam o estado das coisas sem manipulá-las, tem sido alegado que tem menos poder para detectar relações de causalidade. Também são usados em medicina para descobrir fatores de risco ou determinantes para certas doenças.
Ex: Um pesquisador quer saber se o hábito de fumar está relacionado à incidência de problemas respiratórios. É preciso então comparar dois grupos de pessoas: um constituído por fumantes e outro por não fumantes. Daí o pesquisador toma uma amostra de fumantes com problemas respiratórios e um sem problemas; o número de não fumantes com problemas respiratórios e sem problemas; depois compara as proporções.
Tais estudos são fáceis de serem feitos, são rápidos e relativamente baratos. A questão é que são de difícil interpretação
No caso acima mencionado ainda pode ser utilizado o estudo prospectivo: aquele em que os indivíduos são seguidos da “causa” para o “efeito”.
Ex: Acompanha-se um grupo de fumantes e um de não fumantes por determinado tempo e depois se contam, em cada grupo, quantos têm problemas respiratórios. Comparam-se as proporções.
Ainda cabe no caso relacionado o estudo retrospectivo: Aquele em que os indivíduos são seguidos do “efeito” para a “causa”. E ainda pode ser chamado estudo de caso controle: são observados dois grupos de pessoas: um com a doença – os casos- e outro sem a doença – os controles. Calcula-se, então para cada grupo, a proporção de indivíduos expostos à possível doença e comparam-se os resultados.
Ex: Toma-se um grupo de pessoas que têm problemas respiratórios e um grupo que não têm. Então se calcula a proporção de não fumantes, em cada grupo, para comparação.
Estudo de coorte: nele são observados dois grupos, um que apresenta o setor causal – grupo tratado – e outro que não apresenta esse fator – grupo controle. Acompanham-se os grupos e se comparam as taxas de incidência da doença. A vantagem do estudo coorte, é de obter informações sobre os indivíduos estudados antes de a doença se manifestar, o que evita tendência nas respostas.
Método histórico: investiga os acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar sua influência na sociedade hoje.
Método comparativo: é usado tanto para comparar os grupos no presente, no passado, ou entre os existentes e os do passado.
Método estatístico: fundamenta-se na utilização da teoria estatística das probabilidades. Suas conclusões apresentam certa margem de erro.
Método funcionalista: enfatiza as relações e o ajustamento entre os diversos componentes de uma cultura ou sociedade. Estuda a sociedade do ponto de vista da função de suas unidades, visto que considera toda atividade social e cultural como funcional ou como desempenho de funções.
Método estruturalista: parte da investigação de um fenômeno concreto atinge o nível do abstrato, por intermédio da constituição de um modelo que represente o objeto de estudo, retornando ao concreto, dessa vez com como uma realidade estruturada e relacionada com a experiência do sujeito social.
Método monográfico ou estudo de caso: consiste no estudo de determinadas profissões, condições, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generalizações.
Método tipológico: Semelhante ao comparativo, por comparar fenômenos sociais complexos. Nele o pesquisador cria modelos ou tipos ideais, construídos a partir da análise de aspectos essenciais do fenômeno. O tipo ideal serve apenas de modelo para a análise e compreensão de casos concretos, realmente existentes.
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