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Métodos de Pesquisa

Por:   •  12/5/2020  •  Artigo  •  1.613 Palavras (7 Páginas)  •  194 Visualizações

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FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, ADMINISTRATIVAS E

 CONTÁBEIS DE PRESIDENTE PRUDENTE

                                CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

FATORES DETERMINANTES PARA SOBREVIVÊNCIA DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO PERÍODO DE PANDEMIA

                       HELOISE DA SILVA CRUZ

Presidente Prudente - SP

2020

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RESUMO[pic 3]

Com o grande número de Micro e pequenas empresas (MPES) no mercado brasileiro e uma elevada porcentagem de mortalidade precoce das mesmas, esse estudo tem como objetivo analisar os principais fatores que impactam na sobrevivência das empresas nesse período de pandemia e assim procurar desenvolver estratégias para a durabilidade no mercado. Portanto, apesar de um vasto e amplo mercado de empresas brasileiras, períodos como o de uma pandemia pode dificultar ainda mais a sobrevivência das MPES, principalmente em relação ao capital de giro da empresa. Contudo, esse estudo mostra-se importante para beneficiar e ajudar empreendedores na melhor administração de seus negócios diante desse cenário. O estudo terá uma abordagem qualitativa, sendo de pesquisa exploratória e os dados serão coletados através de entrevistas semiestruturadas com gestores de Micro e Pequenas empresas.

Palavras-Chave: Micro e Pequenas Empresas. Pandemia. Mortalidade de empresas.

1. INTRODUÇÃO

Com o grande crescimento no número de Micro e Pequenas Empresa (MPES) que se implantam no mercado, esta pesquisa se faz necessária para investigar fatores que podem atrapalhar no desenvolvimento e causar a mortalidade precoce das mesmas, dessa forma o estudo ajuda a identificar esses fatores e tem a intenção de criar meios para tentar ameniza-los ao máximo.

É considerado uma microempresa ou empresa de pequeno porte todo aquele que estiver devidamente registrado no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, sendo a sociedade empresária, a sociedade simples e a empresa individual de responsabilidade limitada, conforme se refere a Lei Complementar 123/2006. Microempresas são aquelas que em cada ano-calendário tem um faturamento igual ou inferior a R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); já uma empresa de pequeno porte em ano-calendário pode ter um faturamento superior a R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).

Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) no Brasil existem cerca de 6,4 milhões de estabelecimentos, 99% desse são de Micro e Pequenas Empresas que ao todo correspondem mais da metade (52%) dos empregos com carteira assinada no setor privado e são responsáveis por 40% da massa salarial brasileira. Com isso as MPES exercem papel imprescindível na economia do Brasil tornando-se importante para o desenvolvimento social do pais.

As MPES são responsáveis por cerca de 27% do PIB do Brasil e vem gerando em valores de produção cerca de R$599 bilhões, essa apuração é realizada através da soma das riquezas geradas por micro e pequenas empresas e um dos principais setores das MPES e que mais geram riqueza para o Brasil é o do Comércio, que corresponde 53,4% do PIB deste setor, seguido do setor de Serviços que representa 36,3% e a Industria que tem 22,5% de participação no PIB de seu setor. (SEBRAE, 2011).

Contudo, mesmo com um papel muito importante no desenvolvimento econômico e social, o número de MPES que sofrem mortalidade precoce ainda é alto e gerado por fatores diversos. A taxa de sobrevivência é de cerca de 76,3%, ou seja, para cada 4 empresas abertas 1 encerra seus serviços antes mesmo de completar 2 anos no mercado.

Apesar de ser gerada por diversos fatores, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) um dos principais fatores pela mortalidade precoce das empresas é a falta de planejamento antes mesmo de se inserir no mercado, ou seja, muitos não tinham ideia dos costumes de seus consumidores e nem de quantos teriam. A falta de capacitação dos gestores também pode trazer efeitos negativos, pois ao não se aperfeiçoar torna-se mais difícil tomar as decisões corretas para manter a empresa. Outro fator é a falta de capital de giro e as dificuldades em obter empréstimo com bancos para tentar se manter. As taxas de juros no Brasil para as micro e pequenas empresas são as mesmas que para empresas de grande porte, com isso a dificuldade para as pequenas empresas quitarem suas dividas aumentam e isso acaba causando o fechamento precoce das mesmas.[pic 4]

Entretanto, o período de pandemia que estamos vivendo tem trazido ainda mais dificuldades para as MPES, pois com o fechamento da maior parte das empresas físicas e com a mudança de comportamento dos próprios consumidores a respeito do isolamento social fica ainda mais difícil manter-se. Sem as produções e vendas houve uma queda de cerca de 89% no faturamento mensal das empresas e de 64% da média do período. (SEBRAE, 2020).

 Mesmo com a queda no faturamento das empresas a maioria dos custos continuam. Aproximadamente 44% dos empresários destacaram o fato de que os custos com Aluguel e Mercadoria são os que mais estão pesando no momento. Custos com colaboradores e impostos também estão nesta lista. (SEBRAE, 2020).

Por estarem com dificuldades com o faturamento e os custos e com uma maior facilidade em adquirir linha de crédito nesse momento, muitos gestores revolveram optar por essa opção para que assim possam aliviar seus caixas e conseguirem manter suas empresas sem que seja preciso demitir seus colaboradores. Um total de 54% dos empresários disse que vão precisar de empréstimos para manter-se e apenas 15% declaram que não precisaram.

 Por se tratar de um momento muito delicado, empresários pedem também a ajuda do poder público para enfrentar essa crise econômica e se manterem no mercado. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) um dos itens que mais se destacaram entre os pedidos foi a Redução do Impostos e Taxas que responde a 40%; seguido de Subsídios para Salários e Custos Fixos (38%) e por último com 26% a Ampliação de Linhas de Crédito.

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