O BRASIL E OS COLAPSOS ECONÔMICOS MUNDIAIS
Por: Anandaaav • 27/10/2019 • Trabalho acadêmico • 1.133 Palavras (5 Páginas) • 111 Visualizações
Introdução
Crises que atingem veementemente as maiores economias mundiais vêm se tornando mais frequentes e cada vez mais países distintos são impactos por elas. Dentre as grandes crises, as tratativas diferenciam-se entre os países, havendo os que rapidamente se recuperaram e alavancaram com a economia e os que perduraram por anos sentindo os efeitos das crises.
O mais popular dos colapsos econômicos foi de 1929, o qual surge a partir de um conjunto de motivos. A princípio, os Estados Unidos possuía grande prosperidade após o fim da Primeira Guerra Mundial, afinal era o principal provedor de peças e armamento para a guerra. No entanto, conforme os países assolados pelo confronto se recuperavam, a demanda dos Estados Unidos proporcionalmente era diminuída. Em contrapartida, o volume de produção permaneceu, conduzindo as indústrias a falência. O efeito dominó do declínio industrial foi a queda da Bolsa de Valores, taxa de desemprego a 25% e posicionamentos protecionistas de uma série de países. Em suma, a crise de 29 ocasionada pelos Estados Unidos teve efeitos colaterais a níveis mundiais e seus efeitos levaram 10 anos para serem remediados.
Neste cenário, o Brasil tendo os Estados Únicos como seu maior consumidor de café obteve queda em sua exportação. Para sua remediação o governo brasileiro assumiu medidas como queimar toneladas de café para escassear a oferta e manter o preço do produto. Em contrapartida, a crise de 29 também compeliu o Brasil a investir no setor industrial para compensar o declínio do café, alavancando um setor que outrora tinha sua exploração ainda escassa.
As crises financeiras em cenário mundial
Em analogia a crise de 1929, a referida dos anos 80 dá-se na América Latina com a redução produção industrial; desencadeando inflação, crescimento ínfimo do PIB, aumento da desigualdade social, dentre outros artefatos negativos despertados. Especificamente no Brasil o crescimento do PIB que outrora era uma média de 7% na década anterior, passou para 2% na década de 80. Concomitantemente, as taxas de juros implementadas pelos EUA provocaram crescimento na dívida internacional brasileiro, enquanto que a dívida interna igualmente engrenava um crescimento. Em suma, era um cenária proporcional em problemas econômicos nos outros países da América Latina. Nessa perspectiva, o Brasil tentava ainda a implementação de projetos como o Plano Cruzado, no qual falhou. Um entendimento de retomada do crescimento somente surgiu com a abertura da economia ao fim da Guerra fria e o alinhamento ao Consenso de Washington, o qual tinha como principais premissas a disciplina fiscal do Estado, a reforma fiscal e tributária e a privatização de empresas estatais.
Ainda nos anos 80 temos a primeira grandiosa crise ocasionada pelo oriente, a crise da bolha imobiliária. Nesta ocasião, os preço médio dos imóveis no Japão aumentaram 180%, e o PIB teve seu crescimento interrompido, tudo em efeito da ampliação das taxas interbancárias de empréstimo. Fatores como alto consumo de bens pela população enquanto que as ações e ativos de caíam drasticamente, encaminharam bancos e seguradoras a dívidas profundas. O governo japonês, por sua vez, injetava capital em tempo que também não reconhecia os prejuízos dos bancos, "ignorando" a falência iminente das instituições financeiras. Tal cenário perdurou por uma década para que os efeitos encolhessem, porém a visão final ainda era do Japão com uma dívida a 240%. Na mesma proporção do Japão, o Brasil se tornava o país mais atingido pela crise asiática, e para impedir a evasão em massa de capital através da queda da Bolsa de Valores de São Paulo, o governo ampliou a taxa de juros. Contudo não basta afirmar a responsabilidade do Japão, como também na dependência da economia brasileira do cenário político e econômico internacional. Inclusive, efeitos ainda não remediados das crises anteriores ofereciam embasamento para a fragilidade brasileira perante uma nova crise internacional.
As reincidências históricas
Em menos de duas décadas posteriores a crise asiática, ainda em um Brasil política e economicamente fragilizado, uma nova crise se instaura em diversos países, mais um vez com seu pontapé inicial de uma extrema confiança dos investidores. O PIB de países como o México possuía uma crescente e as políticas eram cada vez mais expansivas em termos fiscais. Em uma contraditória analogia, as desavenças políticas e sociais (como conflitos agrários) era cada vez mais intensas.
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