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O Caminho da Falsidade

Por:   •  11/8/2021  •  Monografia  •  796 Palavras (4 Páginas)  •  77 Visualizações

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Resenha Crítica: O que é Educação Física por Vitor Marinho

Iago Rios Vincenzo
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“O que é Educação Física?” foi publicado no ano de 1983, desenvolvido por Vitor Marinho de Oliveira, autor nascido no Rio de Janeiro em 1943 e falecido no ano de 2013. Um dos pioneiros nacionais em Educação Física, dedicando-se a temas como Educação Física Escolar e formação de profissionais, como também a sociologia e história da área. Possuindo outras obras dentro do tema, mas, destacado, temos a obra em que estamos analisando agora, como a mais reconhecida. O momento em que foi lançada contribuiu para debates, pois a Educação Física em si, ainda buscava seus caminhos, faltava-lhe uma identidade e o livro introduz justamente a história até ali, desde a pré-história até os dias de hoje (até 1983, no caso).

O homem, em sua forma primitiva, dependia do movimento, precisava de atributos como força, velocidade e resistência para sua sobrevivência. O nomadismo era um fator também, era preciso longas caminhadas, além de lutas, corridas, saltos e nados. A economia se resumia a caça e pesca, por isso, o ser humano construía ferramentas para atender suas necessidades. Do nomadismo, a seguí-lo, temos o processo de sedentarização, fazendo com que surgisse a ideia inicial do esporte através de atividades utilitárias, guerreiras e ritualísticas. Era o momento de um novo período: Antiguidade Oriental, onde uma minoria, deixa a ideia do primitivo e atinge um estado de civilidade. Mas só na Antiguidade Ocidental, de acordo com Oliveira, que tínhamos o início autêntico da história da Educação Física graças a uma ideia de filosofia pedagógica, que destacava a importância da disciplina para a formação individual, princípio humanista, onde “o homem só é humano, quando completo”. Oliveira cita como característica do povo grego a presença constante da atividade física em sua história, pelo período homérico (destacado pelo surgimento dos Jogos Olímpicos), histórico (destacado pela criação das cidades-estado) e clássico (destacado pelos grandes filosófos ocidentais).
Na Idade Antiga, Romanos herdaram a cultura grega após seu declínio, marcados pela coletividade, onde se praticavam diversos exercícios físicos coletivos, tendo o desenvolvimento da Educação Física interrompido na Idade das Trevas (alta e baixa Idade Média), marcada pela Igreja impedindo qualquer tipo de culto ao corpo.
Feudalismo cai, sistema político, econômico e social da Idade Média, surgindo o então Renascimento, que “representou uma nova concepção do mundo e do homem”, resgatando o que se havia perdido do corpo e da Educação Física e repassada por diversos intelectuais famosos da época. A Idade Moderna dá continuidade ao resgatado pelo Renascimento, dando peso a ginástica no currículo escolar. Com as revoluções (Industrial e Francesa), temos a Idade Contemporânea, limitada a ideia de resolver problemas da saúde dos trabalhadores a partir da Educação Física.

Dentro do contexto histórico traçado por Oliveira, vemos diversos propósitos e objetivos dados a Educação Física com o passar dos séculos, cada um deles espelhando ideais e realidades da época. Desde a contemporaneidade, necessidades foram atendidas a partir de correntes criadas como: corrente alemã (inspirada em Rousseau, defendendo a ginástica como educação popular), corrente nórdica (tornando obrigatória a prática de ginástica em escolas), corrente sueca (havia uma preocupação com correção de execução para exercícios), corrente francesa (base para o desenvolvimento da corrente nacional do Brasil, introduzida através do exército para desenvolver força) e corrente inglesa (única fugindo da ideia ginástica, voltada para jogos e esportes). No século XX, novas tendências para a Educação Física foram criadas, como a artística na Alemanha (com contribuições teatrais, musicais e da dança) para originar a Ginástica Rítmica. Além da pedagógica, na Áustria, Suécia e França, estimulando exercícios naturais. E, por fim, a médica, buscando base na fisiologia e biomecânica para trazer ciência para a área. Em uma década após, nos anos 30, ingleses incluem esportes nos currículos escolares por todo o mundo e, nos anos 60, os franceses abordam estudos sobre Psicomotricidade para a Educação Física. Todas as correntes e contribuições de cada nação foram imprescindíveis para a evolução da disciplina até os dias atuais.

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