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O Empreendedorismo

Por:   •  14/8/2018  •  Artigo  •  2.376 Palavras (10 Páginas)  •  232 Visualizações

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Grupo II: 

  • Fonte de novas ideias
  • Tendências ambientais que geram oportunidade.

NB: o texto a analisar é do livro de ferreira et al (2010) na página 73 a 81

  1. Fontes de Novas Ideias

De onde vêm as ideias? O empreendedor identifica (ou cria) novas oportunidades de negócio. O real desafio é identificar ideias que sejam reais oportunidades de negócio. A dificuldade é quando alguém pretende ser empreendedor e não tem qualquer ideia. Ainda que esta situação seja pouco provável, o que fazer neste caso?

Já vimos que as ideias podem surgir de múltiplas fontes e em contextos distintos, como sejam: experiências de trabalho anteriores, aulas, hobbies, conversas com amigos, familiares e conhecidos, feiras, encontros sociais, leitura de biografias, etc. Os novos empreendedores frequentemente retiram as suas ideias dos consumidores, de outras empresas, dos canais de distribuição, do governo, e de esforços de inovação e desenvolvimento (I&D). Mas também podem encetar um processo consciente e deliberado de procura de ideias. Em seguida apresentamos um conjunto de métodos possíveis para procurar uma ideia:

  1. Identificação de necessidades. Todas as empresas têm por base a oferta de um produto ou serviço que visa satisfazer algum tipo de necessidade dos clientes, e pela qual eles estão dispostos a pagar. Assim, a forma mais elementar da procura de ideias é pesquisar necessidades não satisfeitas e conceber produtos/serviços para as satisfazer.
  2. Observação de deficiências. Todos nós já pensámos que algum produto/serviço precisava de algumas melhorias. Virtualmente todos os negócios podem ser melhorados. Os produtos podem ser melhorados, como o podem ser o design das embalagens, os espaços físicos, o serviço ao cliente, a rapidez com que um serviço é prestado, o preço, a conveniência, etc. Fazer algo semelhante ao que outros já fazem mas ligeiramente melhor, sensivelmente diferente, por um preço mais baixo, com maior conveniência, mais facilmente,..., é uma forma de identificar ideias. Observar deficiências significa, portanto, pensar o que melhorar quando se constitui uma empresa semelhante a outras que já existe.
  3. Observação de tendências. Olhar para o mercado e observar tendências locais, regionais, nacionais ou internacionais em alguma dimensão ambiental pode permitir formular uma ideia. O mundo, a sociedade e os mercados estão em constante mutuação, alterando-se os gostos e as preferências dos consumidores, as tecnologias e os padrões de consumo, as estruturas demográficas, urbanas e etárias, a atenção e os cuidados com os animais e com o ambiente natural, formando-se novas posturas quanto à poluição. O empreendedor pode seguir as tendências para aproveitar oportunidade emergentes, sejam estas resultados de modas que surjam, de ciclos económicos, de evoluções tecnológicos, ou outras.
  4. Derivação da ocupação actual. Muitos empreendedores deixaram o seu emprego para iniciar a sua própria empresa. Deste modo não é estranho que muitos empreendedores efectivamente identifiquem a ideia de negócio no seu emprego anterior. No fundo, isto acontece porque a empresa não sabe, não quer, ou não pode aproveitar uma oportunidade ou tecnologia emergente e o empreendedor pensa que se a empresa fosse sua... ele faria melhor. Às vezes é apenas a constatação que há algo na empresa onde trabalha que podia ser melhorado, outras vezes são inovações que não são utilizadas. Isto pode levar a que o empreendedor se possa estabelecer em concorrência com o anterior patrão, mas essa não é condição obrigatória porque a oportunidade pode ser apenas relacionada e até pode ocorrer que o empreendedor se estabeleça como fornecedor ou cliente do patrão anterior.
  5. Procura de novas aplicações. A procura de novos usos para bens que já existem. Os empreendedores podem analisar e monitorizar os produtos e serviços de empresas rivais a operar no mercado para detectar formas de melhorar os produtos/ serviços adequando-os às necessidades e criando uma oferta que o mercado pode privilegiar. No entanto, é importante observar se o mercado é suficientemente grande para suportar uma nova empresa.
  6. Hobbies. Nos seus hobbies os indivíduos podem encontrar necessidades não satisfeitas – portanto, oportunidades. Muitas empresas relacionadas com, por exemplo, actividades desportivas nascem de ideias de praticantes amadores que sentem a falta de serviços e/ou produtos direccionados para os seus hobbies.
  7. Imitação do sucesso de outro. Efectivamente, pouco empreendedores lançam empresas com ofertas verdadeiramente novas. A maioria das novas empresas posiciona-se muito perto de outras que já existem – isto é, imitam o sucesso de uma empresa que já existe. No entanto, para ter sucesso nesta via é fundamental analisar bem o que o outro está a fazer, qual a tecnologia, o mercado, o marketing e a fonte de valor acrescentado que oferece aos clientes. No fundo, isto significa analisar quais os motivos porque essa empresa está a ser bem sucedida e onde o empreendedor pode incluir alguma forma de diferenciação. Uma má imitação pode condenar a nova empresa ao fracasso.
  8. Os canais de distribuição. São fontes de novas ideias, na medida em que conhecem melhor o mercado. Os canais de distribuição podem dar sugestões de produtos/serviços novos que os consumidores desejam, de características (design, tamanho, características técnicas) que os clientes prefere, e até apoiar na comercialização dos produtos da nova empresa.
  9. A adaptação e resposta a regulamentações governamentais pode ser uma fonte de ideias de novos produtos. Por exemplo, quando o governo emite legislação de protecção do ambiente natural ou de segurança no trabalho (ex.: melhorar as condições de trabalho) novas empresas podem ser formadas para suprir com produtos/serviços as necessidades das organizações.
  10. Os esforços do próprio empreendedor em investigação e desenvolvimento (I&D) são uma fonte de novas ideias.

  1. Tendências ambientais que geram oportunidades

As tendências sociais, politicas, económicas, tecnológicas, demográficas, locais, regionais, nacionais e mundiais geram oportunidades. Estas tendências referem-se a mudanças em algum, ou vários, elementos externos que geram uma alteração das condições, lacunas no conhecimento, caos e confusão, inconsistências ou incertezas. A oportunidade pode advir de acontecimentos externos e/ou tendências que induzem transformações sociais, politicas, económicas, tecnológicas, demográficas, globais ou locais. Por exemplo, o progresso tecnológico na informática e comunicações, e na tecnologia de forma geral, está a introduzir novos processos e métodos, novos produtos, novos modelos de gestão que acarretam novos desafios mas que também trazem novas oportunidades para as empresas. O empreendedor pode aproveitar uma destas oportunidades emergentes num sector que manifeste maior probabilidade de ter um crescimento mais acentuado.

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