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O Ensino Superior no Brasil

Por:   •  23/3/2019  •  Relatório de pesquisa  •  1.179 Palavras (5 Páginas)  •  242 Visualizações

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A globalização proporcionou que o mundo se conectasse com mais facilidade e agilidade. A troca de informações é constante, a tecnologia desenvolve-se cada vez mais e o ser humano necessita adaptar-se aos novos recursos com uma frequência ainda maior. Com isto o mercado de trabalho torna-se mais exigente, selecionando a mão de obra mais especializada. Isto não necessariamente significa um desemprego em massa, mas sim a necessidade de os profissionais estarem atentos e buscarem se capacitar para novas profissões que estão surgindo.

O mercado de trabalho contemporâneo exige profissionais multifuncionais, que sejam detentores de conhecimento, habilidades e competências em diversas áreas. Diante das transformações ocorridas no mundo do trabalho, não faz mais sentido aprender uma tarefa única, pois o avanço tecnológico tem modificado as qualificações e as tarefas físicas estão gradativamente sendo substituídas por tarefas intelectuais e mentais, à medida em que as máquinas são modernizadas frequentemente.

Frente a este cenário estão os cursos de Ensino Superior, que propõem oferecer a seu discente o conhecimento base para a área específica que o mesmo deseja atuar. Segundo Neidson Rodrigues (1992), o papel do ensino é de “preparar e elevar o indivíduo ao domínio dos instrumentos culturais, intelectuais, profissionais e políticos, garantir, ainda, que a cultura, a ciência e a técnica não sejam propriedades exclusivas das classes dominantes". 

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) o indivíduo graduado possui 10% mais chances de obter um emprego e ter sua remuneração 56% maior do que uma pessoa que apresentar apenas o ensino básico. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é responsável por coletar anualmente os dados das Instituições de Ensino Superior (IES), para que após consolidá-los, estes sejam transformados em documentações – Micro dados, Sinopse Estatística, Resumo Técnico e Metodologia do Censo – e disponibilizados em seu site, realizando conjuntamente o monitoramento e avaliação das políticas públicas.

 O sistema brasileiro é composto por 2.448 IES, constituído por universidades, centros universitários, faculdades e institutos federais tecnológicos. Afim de proporcionar à população um número maior de ingressantes em tais, o Governo Brasileiro dispõe de programas que financiam esta educação para camadas mais baixas da população – como o ProUni e o FIES – e através dos mesmos o índice de ingressantes destas camadas aumentou em 75% no ano de 2018.

Diante das necessidades de uma formação que possibilitasse uma resposta mais rápida e tecnologicamente desenvolvida, os cursos superiores em tecnologia e ensino a distância (EaD), ganharam um maior número de adeptos, destacando o número de matriculados, que historicamente estava voltado apenas para bacharelado e ensino presencial. Logo o número de matrículas de 2007 para 2017 aumentou em 19%, correspondendo então em 2017 a 34% das matrículas. 

A modalidade de ensino EaD possui grande parte de seu acadêmico com faixa etária bem diferente do presencial, tendo concluintes com idade média de 34 anos, enquanto nas formações presenciais a média é de 23 anos. De acordo com o Caderno do Enem (2016) o público desta categoria são pessoas com emprego fixo, com mais maturidade, independência, comprometimento – devido até mesmo sua experiência no mercado de trabalho – e mulheres.

 De acordo com uma pesquisa realizada pelo portal Guia do Estudante, existem cerca de 280 opções de cursos superiores no Brasil. No entanto, apenas dez deles concentram 51% das matrículas. Embora a vocação ainda seja a principal motivação para essa escolha, as oportunidades do mercado de trabalho passaram a ter uma relevância maior para mais de um terço dos estudantes.

Na modalidade de ensino presencial, os cursos mais procurados são: Direito (772 mil), Administração (447mil) e Engenharia Civil (299 mil). No ensino a distância, o curso mais procurado é o de Pedagogia (354 mil), seguido por Administração (178 mil) e Serviço Social (101 mil). O grau acadêmico predominante nos cursos de graduação é o bacharelado, tendo 69% do total das matrículas.

Segundo o Censo da Educação Superior de 2017, 1.589.440 alunos frequentavam cursos de licenciatura no Brasil, o que representa 19,3% do total de alunos no ensino superior. O perfil do aluno dos cursos de licenciatura é do sexo feminino e estuda em uma universidade privada. Mais de 80% dos estudantes de licenciatura de instituições públicas frequentam cursos presenciais. Na rede privada, prevalecem os cursos a distância, com quase 65% dos alunos.

Na modalidade de cursos tecnológicos foi notada uma variação positiva, o número de matrículas cresceu mais de 140% entre os anos de 2007 a 2017, um total de 414.822 para 999.289 alunos matriculados. 8 em cada 10 alunos de cursos tecnológicos frequentam a rede privada e mais da metade dos ingressantes estuda a distância. A rede pública tem pouco mais de 160 mil alunos, onde, diferente da rede privada, a maior parte dos alunos estuda em cursos presenciais.

Geograficamente o maior índice de matriculados ocorre nas regiões sudeste (44,6%) e nordeste (20,6%), contendo mais de 57% dos EaD e 68% do ensino presencial. Na região sul, mesmo possuindo melhor desenvolvimento educacional, existem menos estudantes no ensino superior do que em outras localidades (16,9%). A região centro-oeste possui 9,8% dos estudantes matriculados no ensino superior. E por último, a região norte, onde o percentual de estudantes cursando uma graduação é de apenas 8,1%.

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