O FICHAMENTO

PARO, Vitor Henrique. Administração escolar: introdução crítica. São Paulo: Cortez, 16ª Ed. 2010.

                         Anna Caroline Santos Souza

RESUMO

Vitor Henrique Paro possui licenciatura em pedagogia, mestrado em educação pela USP, e Doutorado em educação pela pontifica universidade católica de São Paulo e livre docente pela USP, é professor titular do departamento de administração escolar e economia da educação da faculdade de educação da USP. O autor apresenta nessa obra a discussão sobre a administração escola na perspectiva crítica de forma geral e abstrata, visando a instituição escolar como contribuinte para o processo de transformação social diante de uma sociedade capitalista que explora o trabalho humano e beneficia determinadas classes sociais. Assim, destaca a importância que uma nova rotura critica e autônoma do educador que exerce sua função no processo de organização social.

CAPITULO I: CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

• CITAÇÕES:

A administração como é entendida e realizada hoje é produto de longa evolução histórica e traz a marca das contradições sociais e dos interesses políticos em jogo na sociedade. (p.24)

“O que quer dizer que o homem age tanto mais administrativamente quanto mais ele conjuga seus conhecimentos e técnicas, os faz avançar e os aperfeiçoa na utilização de seus meios de produção.” (p.30)

A administração criadora precisa ser pensada em termos de relevância, propondo soluções e descobrindo novas alternativas que respondam ás reais necessidades humanas. Por sua vez, a administração reiterativa encontra sua ampliação na repetição de procedimentos que, uma vez criados, não tem porque serem repetidos e aplicados em situações analógicas. (p.41)

• PARECER

Neste primeiro capitulo Paro discorre sobre o conceito de administração de modo geral na sociedade capitalista e evolução histórica nos determinantes sociais e econômicos no modo de produção e diante das atitudes do indivíduo nesse conceito como o modo em que age administrativamente. Destacando a escola com espaço de organização social exerce papel administrativo com propósitos e objetivos a serem cumpridos sendo que, a administração ocorre a partir de uma esforço coletivo.

CAPITULO II: A ADMINSTRAÇÃO CAPITALISTA

• CITAÇÕES:

“Na sociedade capitalista, é capaz de produzir para além de suas necessidades imediatas, é de particular importância para a explicação das verdadeiras relações de produção que têm lugar em nossa sociedade.” (p.50)

Os interesses da sociedade ao atingir aos interesses de uma pequena parcela da sociedade, vai contra os interesses  do restante, ou seja, da grande maioria. Essa maioria sofre, portanto, conseqüências nefastas do beneficio que é proporcionado á maioria. Mas, se esse fim é prejudicial as grandes parcelas da sociedade, é de concluir que seja prejudicial para o próprio homem considerado em sua especificidade e universalidade. (p.87)

Os procedimentos tipicamente capitalistas de produção, cujo traço característico é a divisão pormenorizada do trabalho, se propagam na sociedade capitalista, tanto horizontal quanto verticalmente, atingindo os vários setores de produção e ramos de produção, bem como diversos níveis no interior das empresas. (p.102)

• PARECER

Nessa parte o autor caracteriza a administração numa sociedade capitalista que produz suas necessidades, porem os interesses mais atendidos são somente de uma determinada parcela social que faz parte da classe favorecida que gerencia e coordena de acordo com o modo de produção. Defende a valorização do trabalhador que precisa de um espaço reconhecido e ter uma melhor relação na sociedade.

CAPITULO III: TRANSFORMAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO ESCOLAR

• CITAÇÕES:

Com os valores mais condizentes com a autenticidade e a cooperação entre as pessoas -, em contradição está inexoravelmente associado ao consumismo exacerbado, que é o correspondente superestrutural “necessário” da realização do valor das mercadorias pela venda, que se dá no nível de estrutura econômica. (p.129)

“Uma transformação social que tenha como horizonte esse tipo de organização social precisa ter, portanto, como meta prioritária, a eliminação de antagonismos de classes que caracterizam a sociedade capitalista.” (p.139)