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O FICHAMENTO BIOESTATÍSTICA

Por:   •  12/10/2019  •  Resenha  •  1.480 Palavras (6 Páginas)  •  339 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO DA SAÚDE COM ÊNFASE EM ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR

Fichamento de Estudo de Caso

Raíza da Silva Marques Duarte

Bioestatística Aplicada a Auditoria

Tutor: Antônio Alexandre Lima

Angra dos Reis – RJ

2019

Estudo de Caso:

Bioestatística Aplicada a Auditoria

Farmácias Similares: Saúde Pública e Privada para a Base da Pirâmide no México

Referência: CHU MICHAEL, CUELLAR GARCIA REGINA, HARVARD BUSINESS SCHOOL, 311 – P 03, REV:  APRIL  27 TH, 2011.

O artigo Farmácias Similares conta a história das Farmácias Simi, que foi fundada em 1997, por Victor González Torres que revolucionou a história da indústria farmacêutica e o mercado do México. Eram farmácias diferente das convencionais sempre ao lado de um consultório médico, aberto ao público. Seus produtos eram significativamente mais baratos, porém no decorrer dos anos a eficácia foi bastante questionada.     

Foi à primeira farmácia no México dedicada exclusivamente a medicamentos genéricos, com os produtos mais baratos do que as demais farmácias do país. À medida que crescia, a rede expandia-se para maiores cidades do México com o auxílio de uma campanha de publicidade em massa que tinha como o slogan popular “o mesmo, só que mais barato” que o impulsionava no mercado. Em 2005 a Simi era a maior rede de farmácias da América Latina. A Indústria farmacêutica do México atingiu vendas de US$ 9 bilhões em 2004, dos quais 80% eram de origem privada.

Em 1943 foi estabelecido o sistema de saúde no México com a abordagem que permanecia inalterada nos próximos 60 anos em que diz que o papel do estado era garantir o acesso gratuito aos serviços de saúde para a população carente e indigentes e ao mesmo tempo, fornecer, por meio de seguro social uma opção de saúde para população assalariada.

Na prática, mesmo com a implantação de planos e coberturas de seguro saúde à falta de acesso a serviços médicos da população excluída ou marginalizada ainda era grande. Somente 18% dos medicamentos eram fornecidos devido à falta de estoque das farmácias do SS, obrigando as pessoas a comprar remédios nas farmácias privadas com seus próprios recursos.

Na virada do século, estatísticas oficiais mostraram que o sistema público de saúde atendia aproximadamente 50% da população, deixando de fora trabalhadores autônomos, rurais, não assalariados, informais e os desempregados.

A distribuição desproporcional dos gastos com a saúde pública, a verba entre os estados mexicanos era muito desigual e as despesas com a saúde eram catastróficos e empobrecedor. A gestão da época não se preocupava com a mensuração da saúde e análise de atividades para que a distribuição fosse fornecida de forma adequada atendendo a todas as áreas necessárias.    

Em 2003 começou um novo ciclo com a reforma do sistema de saúde no México com o objetivo de realizar mudanças radicais na estrutura da saúde pública nacional. O sistema tinha como base um novo plano de seguro, o Seguro-Saúde popular. O SP era um programa de saúde voluntário que visava fornecer cobertura para a população não segurada pelo sistema atual sendo voltado para famílias.

Com a reforma do sistema, grandes empresas da indústria farmacêutica do México tiveram que se desenvolver para acompanhar o mercado e desde o início as Farmácias Simi era uma grande preocupação. Elas tinham campanhas agressivas de publicidade como jornais e outdoors que se transformaram em marca registrada da Simi. Porém, além das mensagens tradicionais, o Dr. Simi fazia reclamações públicas contra os grandes laboratórios farmacêuticos estrangeiros e a burocracia do sistema nacional de saúde, apontando o abuso com a população humilde com preços exorbitantes e práticas corruptas. À medida que a rede de farmácias crescia, surgiam dúvidas se os produtos vendidos pela Simi eram realmente equivalentes, do ponto de vista terapêutico, aos vendidos pelas farmácias normais.

Com isso outras empresas criavam campanhas publicitárias farmacêutica no México com mensagens dizendo “Seu filho não é genérico”.

As Farmácias Simi começaram a introduzir seus produtos genéricos com a marca “Similares” reforçando em cada embalagem a promessa de seu slogan “o mesmo, só que mais barato”. Era um conceito novo para o México. Embora os clientes interessados no preço começassem a experimentar os produtos, os médicos particulares continuavam desconfiados. As Farmácias Simi são uma coorporativa privada e não declaravam publicamente seus demonstrativos financeiros. Sua receita era derivada de duas fontes: as vendas geradas por suas lojas e a renda recebida das franquias.

Com sua renda gerada, eles tinham que cobrir o custo de todas as mercadorias vendidas, as despesas de suas próprias lojas e despesas e encargos corporativos adicionais.

Com o passar do tempo, a Indústria farmacêutica intensificou suas dúvidas sobre a qualidade dos medicamentos vendidos pelas Farmácias Simi e das cópias inspiradas pela rede. O problema ganhava grande visibilidade para a população. Neste mesmo momento, o Congresso aprovou uma lei exigindo que o setor público comprasse somente IGs e permitindo que os SGs fossem adquiridos somente quando os IGs não estivessem disponíveis. Todo esse ocorrido, abriu margem para que a indústria criasse uma lei que impedisse o público de adquirir medicamentos sem o teste de intercambialidade. Mediante toda essa repercussão o “Dr. Simi” inverteu as posições acalmando as forças contra a lei. Em 2005 o congresso aprovou outra medida, exigindo que todos os genéricos fossem submetidos aos testes de bioequivalência ou biodisponibilidade (BE).  

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