O FUTURO LÍQUIDO
Por: Érika Lots • 19/9/2015 • Trabalho acadêmico • 720 Palavras (3 Páginas) • 118 Visualizações
FUTURO LÍQUIDO
A água, que é o elemento mais precioso existente está sujeita a acabar. A falta de cuidado com ela no passado nos afeta cada dia mais, e, finalmente estamos sentido as consequências do nosso descaso. A escassez será iminente: tanto no Brasil quanto no mundo. Então o que nos resta é procurar formas de minimizar os futuros efeitos e talvez garantir a extensão deste recurso por mais algumas décadas.
Existem dezenas de causas para comprovar o porquê da falta de água que enfrentamos hoje. Segundo Araia (2009), os primeiros habitantes do Wadi (riacho, em português) Faynan, uma região no sul da Jordânia, começaram a cortar árvores para fazer abrigos e também usa-las como combustível. Isso acabou por devastar o solo, e as fontes de água começaram a secar. Além disso, ainda temos o fato de que a água é muito usada na agricultura, na criação de animais, na produção têxtil, automotiva e até na eletrônica, o que faz com que o desperdício seja maior, e com mais implicações negativas.
Sabe-se que no mundo todo, apenas 3% de toda a água é potável para consumo. Desta porcentagem, 12% encontram-se no território brasileiro, graças aos mananciais presentes no subsolo (Araia, 2009). A renovação de 43 mil km cúbicos de água por ano, para 6 mil km cúbicos de consumo total ao ano, nos deixa margem para pensar de que a água nunca chegará ao fim. O problema seria a má distribuição dela no território mundial (Boff, 2012). Para grande parte da população há mais da metade da água total disponível. Mas para a outra metade o recurso é dividido entre as áreas em que a água existe, mas não é suficiente; e, onde ela não chega nem a ser tratada.
A ONU, em 2010, aprovou uma resolução que diz que “a água potável e segura e o saneamento básico constituem um direito humano essencial”, mas a realidade, bem sabemos que não é esta. Araia (2009) analisa o fato de que a água é tratada como uma mercadoria, quem tem dinheiro sempre tem a preferência: “Enquanto a população de Amã sofre com o racionamento de água, os turistas hospedados nos principais hotéis da cidade não tem restrições alguma de consumo”.
Boff (2012), concorda com Araia (2009), quando levanta a questão sobre a água ser fonte de vida ou fonte de lucro: “A água é um bem natural, vital, comum, e insubstituível ou um bem econômico a ser tratado como recurso hídrico e cotizado nas bolsas do comércio.[...] A água é vida, geradora de vida e um dos símbolos mais poderosos da natureza da última realidade. Sem ela não viveríamos.”
A diminuição da água no mundo é como se fosse uma doença silenciosa. Só nos damos conta quando pouco nos resta a fazer para reverter à situação. Em muitos países em desenvolvimento, a situação já chegou a um ponto crítico. Falta acesso à água própria para consumo para a maioria dos habitantes. A falta da água acaba trazendo doenças como a diarreia para estas pessoas, além de deixa-las menos produtivas (Segala,2012). Segala também considera que quanto maior a renda de uma pessoa, maior é o seu consumo e gasto de água.
O aumento da população mundial fez com que o consumo dobrasse nas últimas décadas, bem como seu desperdício. Por ser um recurso barato, várias pessoas não costumam dar o devido valor, e alguns comerciantes evitam rever seu consumo para tentar salvar o pouco que nos resta.
Deste modo, atitudes básicas que aprendemos ainda crianças, como replantar árvores, coletar as águas da chuva em tanques, reutilizar a água, reciclar o lixo, respeitar a natureza, e etc, ajudariam e muito a amenizar os problemas da escassez da água. Ainda se tem muito a ser feito, e muitas pessoas a serem conscientizadas de que a água, por mais que seja um recurso renovável, não é infinita. Pois nosso futuro dependerá das ações que estamos fazendo no presente.
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