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O Financiamento e Proteção

Por:   •  28/11/2018  •  Artigo  •  2.591 Palavras (11 Páginas)  •  97 Visualizações

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PARTE III – FINANCIAMENTO E PROTEÇÃO (HEDGE)

  1. FONTES DE FINANCIAMENTO

A primeira etapa do processo de gestão em finanças corporativas é a decisão em quais projetos a empresa realizará investimentos. Cada oportunidade de investimento apresenta as características de rentabilidade, liquidez e segurança, e beneficia uma ou duas dessas características, mas compensa o ganho com a redução das demais.

A escolha dos investimentos a serem realizados depende da necessidade da empresa em obter benefício em quaisquer das características. A identificação de qual ou quais das características a empresa precisa priorizar é feita no planejamento estratégico. Ao estabelecer as tendências do ambiente externo e confrontá-las com as habilidades e deficiências competitivas da empresa, surge a caracterização dos investimentos que devem ser realizados. A definição de prioridade para uma ou duas das características não impede ou posterga a realização de projetos com ênfase nas demais.

O plano para realização dos investimentos escolhidos leva à questão de onde obter os recursos necessários.

A origem dos recursos para fazer os investimentos é chamada de fonte de financiamento, que pode ser a geração de dinheiro pelas vendas de produtos, acréscimo de capital por parte dos sócios, empréstimos tomados em bancos e outras fontes.

O uso de dinheiro para fazer investimentos deve prever duas condições, a remuneração a quem o cedeu e a devolução do capital usado na data futura programada.

A remuneração pelo uso é a condição do detentor do dinheiro em cedê-lo para a empresa. Por exemplo, o banco cobra certo valor adicional, chamado de juros, para ceder o dinheiro. O mesmo ocorre quando os recursos pertencem à empresa. O motivo para usar o dinheiro em reserva da empresa é a previsão de que ele a remunerará adequadamente com o retorno do investimento.

O planejamento para uso de recursos de qualquer fonte de financiamento deve prever sua devolução, juntamente com a remuneração devida, em determinada data no futuro, mesmo que o dinheiro pertença à empresa. Se a empresa não conseguir remunerar adequadamente os donos do capital (credores ou sócios), em algum momento ela será fechada.

As fontes de financiamento são classificadas de acordo com a origem dos recursos e com as datas previstas para sua devolução.

  1. Origem dos recursos

A relevância da classificação pela origem dos recursos diz respeito às implicações legais caso haja falha na reposição do dinheiro à respectiva fonte na data previamente determinada.

  • Capital próprio – é o dinheiro pertencente à empresa, obtido por meio das vendas de produtos ou provenientes de seus donos.

  • Capital de terceiros – o dinheiro pertence a outras pessoas ou instituições que o emprestam para uso da empresa em troca de juros.

Na prática, a principal diferença entre capital próprio e capital de terceiros está nas conseqüências no caso de a empresa não conseguir devolver à fonte de financiamento, na data prevista, os recursos usados. Se a empresa usou capital próprio para fazer um investimento que não gerou o retorno esperado, a falha em repor a fonte no prazo programado não gera qualquer efeito jurídico contra ela.

No entanto, caso a empresa não consiga devolver o capital de terceiros e sua respectiva remuneração no prazo estabelecido em contrato, há o risco de haver sanções jurídicas provocadas pelo credor. Ou seja, o uso de capital de terceiros é dívida que precisa ser paga nas datas dos vencimentos das parcelas, com os juros formalizados no contrato. Se a empresa não conseguir cumprir essas obrigações, o credor (banco, outra empresa ou pessoa), pode entrar na justiça requerendo a venda dos bens da empresa ou seu fechamento para receber o dinheiro emprestado.

  1. Prazos para devolução dos recursos à fonte de financiamento

A empresa pode usar o dinheiro oriundo das fontes de financiamento por determinado período. O tempo de uso até a devolução dos recursos às respectivas fontes, junto com a remuneração do capital, é chamado de prazo de pagamento.

O prazo de pagamento do dinheiro usado para investir vale inclusive para o capital próprio. Mesmo usando recursos pertencentes à empresa, o administrador financeiro deve programar o momento em que o valor deverá retornar à fonte de financiamento com a devida remuneração.

As fontes são classificadas em curto prazo ou longo prazo, de acordo com o tempo que a empresa tem para devolver o dinheiro e a remuneração pelo uso. Os sentidos desses termos não são precisos. Não existe regra amplamente aceita para designar qual o tempo exato em que se deve classificar a fonte de financiamento como sendo de curto prazo ou longo prazo. O objetivo da classificação é apenas o de dar maior clareza ao gestor financeiro para escolher o tipo de fonte de financiamento a ser usado para realizar um investimento com determinada liquidez.

Os investimentos de alta liquidez são geralmente associados a gastos operacionais (mercadorias, salários, aluguel, energia elétrica e outros), que se repetem em ciclos com tempos semelhantes. As fontes de financiamento de curto prazo devem ter seus recursos repostos em período aproximado ao tempo dos ciclos.

As fontes de financiamento de longo prazo podem ter os recursos repostos após o tempo de atividade operacional da empresa.

O entendimento de fontes de financiamento de curto e de longo prazos pode ser expresso por:

  • Fontes de curto prazo – os recursos são devolvidos dentro do período operacional da empresa, associado à freqüência de gastos diretos no processo produtivo e às vendas dos produtos. Geralmente as fontes de curto prazo têm maior giro.

  • Fontes de longo prazo – os recursos precisam ser devolvidos somente após o período médio operacional.

Dadas as classificações das fontes de financiamento, a empresa deve escolher especificamente quais serão usadas para realizar os investimentos programados.

  1. Fontes de financiamento

As fontes de financiamento são apresentadas de acordo com as classificações de capital próprio ou capital de terceiros, e recursos de curto prazo ou recursos de longo prazo.

  • Fontes de capital próprio
  • Recursos próprios de curto prazo

Superávit de caixa do período anterior – a maior parte dos recursos de curto prazo utilizado pela empresa é proveniente do resultado de caixa do período anterior, que é transformado em capital de giro (investimento) ou alocado para necessidades emergenciais. A empresa considerada saudável consegue financiar as operações com este tipo de recurso.

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