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O LABIRINTO DO FAUNO.

Por:   •  25/4/2016  •  Resenha  •  371 Palavras (2 Páginas)  •  467 Visualizações

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O filme “O labirinto do Fauno” de Guillermo Del Torro é ambientado em meados dos anos 40, período em que o regime fascista imperava na Espanha. No longa percebemos um clima de violência política e de guerra, este regime defendia a ideia da existência de uma raça superior, na qual a considerada inferior deveria ser combatida ou até mesmo eliminada.

Na floresta fechada temos a existência de um grupo de guerrilheiros que lutam por seus ideais, por uma Espanha livre onde não exista diferenças de classes. Em paralelo a este contexto de guerra, temos a história de Ofélia uma menina de dez anos que busca por meio de sua imaginação uma fuga para um mundo desconhecido, no qual em outra vida ela teria sido uma princesa. Para chegar a seu propósito ela teria de passar por algumas tarefas dadas por um Fauno.

Neste filme podemos perceber a existia de valores/conceitos os quais consideramos novos, por se contraporem em reação aos antigos que se consolidaram na sociedade do século XIX.

O primeiro valor a ser discutido é o questionamento da autoridade, vemos na figura do Capitão Vidal um líder soberano o qual não pode ser contrariado. No entanto, os valores do regime fascista pregados por ele onde existe apenas uma raça superior e que a inferior deverá se subordinar a esta, não são compartilhados por um grupo de guerrilheiros, que lutam por sua liberdade de vida e igualdade de direitos.

A ideia de raça única é desfeita a partir do momento que surge uma nova verdade, na qual não existe a diferença de raças e classes, essa intolerância a valores considerados inadequados leva esse grupo a quebrar regras e lutar por sua liberdade de vida.

Outro conceito a ser visto refere-se a concepção de vida como mudança contínua, percebemos através da trajetória da personagem Ofélia a busca por uma realização que não está no plano real, mas sim no imaginário. Tal procura, a leva a uma evolução se que dá de forma contínua, a vida neste mundo já não é vista como a única alternativa para a felicidade, esse aperfeiçoamento continua em um plano pós vida. A morte é vista como uma transformação que leva Ofélia a ocupar seu lugar de princesa do reino subterrâneo.

 

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