Labirinto do Fauno
Por: Rafael Furutani • 11/9/2016 • Trabalho acadêmico • 596 Palavras (3 Páginas) • 321 Visualizações
Labirinto do Fauno- Um breve resumo sobre o Filme
A história é vivenciada por Ofélia, filha de uma jovem viúva que recentemente se casa novamente com um oficial do exército, este que é responsável por um vilarejo e propõe que a jovem mãe e sua filha se mudem para este local.
Ao chegar no local, Ofélia descobre um labirinto antigo e ao explora-lo descobre uma criatura mística, que se denomina de Fauno. Esta criatura diz que Ofelia é a reencarnação da princesa que há muito fugira de um reino subterrâneo, e que para seu regresso seja completo existem algumas tarefas a se cumprir para provar a integridade de sua essência, estas que devem ser cumpridas antes da lua cheia.
No decorrer do filme Ofélia segue as instruções que são lhe passadas para que seu regresso seja completo ao lado de seu pai, em paralelo as tarefas os dias se passam esgotando o tempo para o cumprimento de suas tarefas e o nascimento de seu meio irmão se aproxima...
Conseguira Ofélia cumprir todas elas e alcançar o regresso a seu reino?
Analise do filme – Trauma
“Freud relata ainda em uma de seus textos, que o trauma ou mais especificamente a lembrança do trauma age como um corpo estranho que muito depois de sua entrada é considerado com uma agente ainda em ação. (Freud, 1996)”
No decorrer do filme notamos alguns traumas instalados, entretanto, majoritariamente vemos a instalação de novos traumas se instalando em nossa protagonista.
Logo no início, temos uma cena na qual a mãe de Ofélia a instruindo a chamar o seu atual marido (oficial do exército) de pai, entretanto este comportamento não ocorre e logo em seguida vemos um diálogo entre Ofélia e a governanta Mercedes referindo-se ao oficial como “pai”, sem muitas delongas vemos Ofélia dizendo “ele não é meu pai! Meu pai foi um alfaiate e está morto” e no decorrer do filme vemos cenas semelhantes ocorrendo, sempre negando ao oficial o título de pai.
Claramente vemos que Ofélia não delega o título de pai ao padrasto, podemos notar também com o decorrer da história que a protagonista sente muito a perca da figura paterna.
Temos em uma cena no diálogo de nossa protagonista e sua mãe no qual Ofélia indaga a ideia de sua mãe se casar novamente, a vista da protagonista tal ação se fazia desnecessária e não tinha coerência o motivo de casar-se novamente e sujeitar-se a tais situações.
Ainda no conceito de corpo estranho no psiquismo temos cenas envolvendo o padrasto de Ofélia e seu relógio, que no decorrer da história e revelado como objeto de um general que atirou o relógio com tanta força que o vidro quebrou e o relógio parou, para que assim seja lembrado exatamente o momento de sua morte. Este objeto que deveria ser entregue a seu filho. Tal ato que o oficial tenta replicar no final do filme com seu recém-nascido filho e é negado.
Na instalação de novos traumas, temos alguns pontos a frisar no decorrer do filme, gerando cenas de angustia com a protagonista, no qual podemos frisar:
A regra de não comer nem beber nada do baquete, ato que não é obedecido por Ofélia, acarretando em não poder entrar no reino, nesta cena a protagonista tenta se redimir dizendo que foi um acidente, entretanto o Fauno se mostra inflexível e imediatamente veta o seu regresso, interrompendo os testes.
No desfecho final da história temos a resolução de alguns traumas vivenciados pela protagonista, como o encontro com seus pais e a entrada no reino que foi prometido pelo fauno ao completar os testes.
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