O MOVIMENTOS QUE EDUCAM: DA EDUCAÇÃO DO CAMPO AO CAMPO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
Por: juniorsousa2014 • 6/11/2017 • Monografia • 6.972 Palavras (28 Páginas) • 445 Visualizações
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO[pic 1]
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA
DEPARTAMENTO DE AGROTECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
LICENCIATURA INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO DO CAMPO
MOVIMENTOS QUE EDUCAM: DA EDUCAÇÃO DO CAMPO AO CAMPO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
MOSSORÓ – RN
2015
FRANCISCO ANTONIO DE SOUSA
FRANCISCO DAS CHAGAS SANTOS
LAZARO DORNELLES FERREIRA DE MEDEIROS
NAYARA RAQUEL OLIVEIRA DA SILVA
MOVIMENTOS QUE EDUCAM: DA EDUCAÇÃO DO CAMPO AO CAMPO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
ARTIGO, apresentado com requisito de finalização do Tempo Comunidade do 3º Período.
Orientadores (as):
Luiz Gomes da Silva Filho
Gerciane Maria da Costa Oliveira
MOSSORÓ – RN
2015
SUMÁRIO
RESUMO..........................................................................................................................
- INTRODUÇÃO....................................................................................................
- EDUCAÇÃO DO CAMPO UM CAMINHO CERCADO DE LUTAS E CONQUISTAS......................................................................................................
- MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO DO CAMPO CAMINHOS QUE SE CRUZAM...............................................................................................
- SINDICALISMO RURAL UM ALIADO FORTE DOS INTERESSES DOS POVOS DO CAMPO............................................................................................
- LÓCUS DA PESQUISA......................................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................
METODOLOGIA..........................................................................................................
CRONOGRAMA..........................................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................
ANEXO...........................................................................................................................
RESUMO
A contemporaneidade tem apresentado um cenário complexo e paradoxal, por vezes caótico, atravessado por uma visão ego e etnocêntrica que dissolve utopias, sonhos e esperanças, cobrindo o mundo de uma fuligem neoliberal supostamente intransponível. Por isso os princípios da Educação Popular, ainda que implícitos neste texto nos animam. Desse modo o objetivo principal deste trabalho consiste em buscar aproximações e diálogo entre a categoria Educação do Campo, Movimentos Sociais e sindicalismo rural. Pensando nessa perspectiva, busca-se entender como estes fenômenos retroalimentam-se mutuamente, ao mesmo tempo em que desempenham uma função contra hegemônica singularmente importante e cara os dias de hoje. Metodologicamente resgatamos a contribuição bibliográfica dos andarilhos e andarilhas da área da Educação do Campo, Movimentos Sociais e sindicalismo rural, retomando seus escritos e revisando documentos norteadores destas ações. Além disso, também buscou-se, por meio de pesquisa semiestruturada a materialização de pressupostos e reflexões suscitadas anteriormente. O trabalho inscreve-se tanto nos interesses do Curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, como no campo da luta histórica dos povos oprimidos do campo.
Palavras-Chaves: Educação do Campo, Movimentos Sociais, Sindicalismo rural.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo surgiu como uma atividade para ser desenvolvida no Tempo Comunidade[1]. No qual, o mesmo será um componente de finalização do semestre. Tendo como disciplinas orientadoras Educação de Jovens e Adultos e Sociologia Rural, ambas do Curso de Licenciatura Interdisciplinar em Educação do Campo da Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA.
Com este estudo podemos entender a estreita relação entre movimentos sociais e educação do campo. Abordando que educação do campo evidencia-se como uma proposta educacional voltada para a necessidade da construção de uma consciência crítico-coletiva do indivíduo, e que juntamente com os movimentos o sujeito tornar-se ativo na construção e transformação desta realidade.
Assim o artigo que trata da temática; Movimentos que Educam: da educação do campo ao campo dos movimentos sociais tem como objetivo geral ressaltar aproximações entre educação do campo, movimentos sociais e sindicalismo rural. E como objetivos específicos abordar a educação do campo como um caminho cercado de lutas e conquistas, evidenciar os movimentos sociais e educação do campo como caminhos que se cruzam e identificar o sindicalismo rural como um aliado forte dos interesses dos povos do campo.
O mesmo está dividido nas seguintes partes: primeiro abordar um breve histórico da educação do campo a seguir trata da estreita relação entre movimentos sociais e educação do campo para depois expor sobre a importância que o sindicalismo rural tem para os povos do campo e para finalizar traz como lócus da pesquisa o sindicato rural da Comunidade de Areias Alvas, tendo como representante o senhor Antônio Eudes Pereira, no Município de Grossos – RN, Brasil.
A justificativa parte do pressuposto que a educação do campo juntamente com os movimentos sociais são fundamentais para que os sujeitos tomem consciência dos processo de transformação que sua realidade enseja. Além disto, este estudo busca contribuir com a luta histórica dos povos do campo, fortalecendo a contra hegemonia tão necessária na atualidade.
2. EDUCAÇÃO DO CAMPO UM CAMINHO CERCADO DE LUTAS E CONQUISTAS
Percebemos que durante décadas a educação básica destinada às classes populares do campo, sempre esteve vinculada a um modelo “importado” da educação urbana. Sendo que esse tratamento teve um fundo de descaso e subordinação dos valores presentes no meio rural e marcava uma inferioridade quando comparado ao espaço urbano. Dessa forma o campo encontrava-se estigmatizado na sociedade brasileira e os preconceitos, estereótipos e outras conotações multiplicavam-se cotidianamente. Essa constatação foi mencionada por Leite (1999, p. 14) na seguinte observação:
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