MOVIMENTO SOCIAL: PESQUISA DE CAMPO

UNEMAT

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

deuzami castro

KARINE DE LIMA

ROSANA VASCONCELOS

ROSEANE ALENCAR

MOVIMENTO SOCIAL: PESQUISA DE CAMPO

DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO II

PROF: ILÁRIO STRAUB

SINOP/MT

2017

DEUZAMI CASTRO

KARINE DE LIMA

ROSANA VASCONCELOS

ROSEANE ALENCAR

MOVIMENTO SOCIAL – PESQUISA DE CAMPO

DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO II

PROF: ILÁRIO STRAUB

Trabaho apresentado ao Professor Ilário Straub na disciplina de Sociologia da Educação II. Pedagogia: Segunda fase.

SINOP/MT

2017

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO        

2. O QE SÃO MOVIMENTOS SOCIAIS?        

3. OBJETO DE ESTUDO – UNAFROS (União dos Negros Afrodescendentes de Sinop)        

4. CONCLUSÃO        

5. REFERÊNCIAS        

APÊNDICE 1        

APÊNDICE 2        

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1. INTRODUÇÃO

        Este trabalho traz um breve estudo sobre movimentos sociais, como funcionam, qual o objetivo dos tais e quem se envolve nesse trabalho. Para tal estudo, realizou-se uma pesquisa de campo que se fundamentou basicamente em uma entrevista com a presidente e organizadora de um movimento social que tem por objetivo a inclusão de forma integral do negro na sociedade. Além das informações colhidas na entrevista, o presente trabalho conta ainda com embasamento teórico de literaturas pertinentes ao assunto aqui abordado.

2. O QUE SÃO MOVIMENTOS SOCIAIS?

        De acordo com Gohn (2000, p.11), devido as muitas formas de interpretar os movimentos sociais, não tem como afirmar a existência de teorias profundamente inteiradas desse tema, no entanto, a autora ousa levantar dentre tantas, quatro diferenças relevantes antes de abordar uma possível definição do que venham ser movimentos sociais, que são:

 [...] uma primeira, é entre movimentos e grupos de interesses. Interesses comuns de um grupo é um componente de um movimento, mas componente não suficiente para caracterizá-lo como tal. Primeiro, porque a ação de um grupo de pessoas tem que ser qualificada por uma série de parâmetros para ser um movimento social. Este grupo tem que formar um coletivo social e, para tanto, necessita ter uma identidade em comum. Ser negro, mulher, defender as baleias, ou não ter teto para morar, são adjetivos que qualificam um grupo dando-lhe objetivos comuns para a ação[...]. [...] A partir dessa base, eles criam e renovam seus repertórios de ações, idéias, valores etc.

Uma segunda diferença deve ser feita quanto ao uso ampliado da expressão ao designar a ação histórica de grupos sociais, tais como o movimento da classe trabalhadora. Aqui se trata de uma categoria da dialética, a de movimento, em oposição à estática. É a ação da classe em movimento e não um movimento específico da classe. Esta diferença possibilita demarcar dois sentidos para o termo movimento: um ampliado e geral, outro restrito e específico.

Uma terceira diferença deve ser feita entre os modos de ação coletiva e movimento social proprimente. Um protesto (específico ou não), uma rebelião, uma invasão, uma luta armada, são modos de estruturação de ações coletivas; poderão ser estratégias de ação de um movimento social, mas sozinhos não são movimentos sociais.

Finalmente, uma quarta difereça refere-se à esfera onde ocorre a ação coletiva. Trata-se de um espaço não-intitucionalizado, nem na esfera pública nem na esfera privada[...]. Os espaços coletivos não-institucionalizados situam-se na esfera pública não-governamental, ou não-estatal, possibilitando aos movimentos dar visibilidade às suas ações. (GOHN, 2000, p. 12).

        Sendo assim, e de acordo com a autora, pode-se deduzir basicamente que, movimentos sociais são as pessoas da sociedade que unem-se em favor de uma causa e que por suas ações estimulam mudanças no meio em que vivem. Por essa razão, quando se diz de movimento social é inevetável a imagem de pessoas que de forma nada costumeira  organizam-se em defesa de algo. Entre outros termos, os movimentos sociais são denominados de reivindicações e protestos que podem ser oriundos de diversas discussões que, dentre essas podem se identificar como de etnias, raças, religiões, etc; é importante saber que à medida que o tempo passa esses movimentos tomam novas configurações, meios de ação ou simplesmente são reinventados, com objetivos cada vez mais bem traçados e específicos que abrangem tanto os interesses das classes acima citadas como os interesses de forma geral.

[...] a afluência de grupos e movimentos que revelam múltiplas formas de organização, distintas motivações e demandas, recorrendo à memória de repertórios de ação ou inventando novos, incorporando novos recursos tecnológicos, cognitivos, entre outros. A sua composição pode se constituir a partir de processos de identificação com discursos de classe, gênero, etnia, raça, religião etc., ou articulados em torno de demandas gerais que transcendem aquelas categorias. Na busca dos significados dessa presença, diferentes interpretações são propostas partindo de perspectivas teóricas distintas, (MUTZENBERG, 2011, p.128).

        Miranda et al (2009, p.177),  diz que movimento social é uma das formas de engrenar mudanças, fazendo com que, indivíduos que estejam em zonas ou condições de marginalização, possam superar essa realidade, que muitas vezes podem ser desfavoráveis, e participar de uma construção social nova e melhor. Tal movimento ora citado pela autora, não se limita à apenas um tipo de discussão, mas eles existem em todas as áreas, desde que haja indivíduos, comunidades ou até mesmo toda uma sociedade em situação de vulnerabilidade. Pode-se tomar como resultado dos principais movimentos sociai, a abolição da escravatura, que desde o processo de colonização do Brasil, já existiam protestos da população negra por não aceitarem a condição de meras mercadorias e de serem desapropriados de si mesmos. Sobre a realidade vivida pelo negro, Florestan diz o seguinte: