O Planejamento e Controle da Produção

Aula 1 - Etapas do planejamento

PCP - Módulo I

Planejamento e Controle da Produção 

 O planejamento e controle da produção envolve as atividades relacionadas a decisão de produção de curto, médio e longo prazo.

• O PCP cuida de problemas como o que produzir, quanto, quando, como, onde, em que ordem.
• Ele inicia-se com a previsão de demanda de longo prazo.

Planejamento da Capacidade 

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O 1º nível de planejamento da produção é o Planejamento da Capacidade. Este planejamento decide a capacidade necessária para poder atender um determinado nível de demanda prevista a longo prazo. É usado para guiar investimentos e determinar qual deve ser a capacidade instalada na fábrica.

 

• Maquinário.
• Mão de obra.
• Área.

• Seu planejamento determina os níveis máximos de produção da fábrica.
• O planejamento da capacidade geralmente é feito para horizontes maiores que 12 meses.
• Seu dimensionamento depende completamente da previsão da demanda agregada para o período.
• Demanda agregada é a soma da demanda individual de todos os modelos de produtos de uma linha fabril.
• Utiliza-se uma unidade comum aos modelos para medir a demanda agregada (kg, peças, litros).

Planejamento Agregado

• O 2º nível de planejamento é denominado Planejamento Agregado.
• Tem o objetivo de emparelhar a produção com a demanda, ao menor custo possível.
• Decide alternativas de produção a médio prazo (6 meses a 12 anos), de acordo com a previsão de demanda e a restrição de capacidade da fábrica.
• Planeja a produção da fábrica de forma global, não detalha a produção individual de cada produto.A qualidade da estimativa depende da qualidade da previsão da demanda agregada e da real disponibilidade da capacidade conforme planejado anteriormente.
• Estima a produção agregada mensal a longo prazo, de acordo com aalternativa de produção escolhida.

Planejamento Agregado

• As alternativas de produção geralmente envolvem decisões relacionada à política de  estoques.
• Na prática, as fábricas operam com uma política de estoques que mescla os paradigmas.

 

• Make to order (MTO): política de produção de não manter estoques, e fazer a produção acompanhar a demanda.

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• Make to stock (MTS): política de produção que mantém estoques para absorver a variação da demanda. Produção permanece o mais constante possível.

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Planejamento Agregado

• Vantagens da alternativa MTO:

• Menos custos com estoques: espaço, capital investido, controle de estoque.
• Menor risco de posse de produtos obsoletos.

 

• Desvantagens da alternativa MTO:

• Custos extras com a contratação e demissão de mão-de-obra sazonalmente: treinamento, direitos trabalhistas.
• Maior risco de desabastecimento do mercado: demandas repentinas e inesperadas.

 

• Vantagens da alternativa MTS:

• Mantém a força de trabalho constante e faz uso pleno da capacidade.

 

• Desvantagens da alternativa MTS:

• Aumento de custo com manutenção de estoques.
• Risco de posso de estoque obsoleto aumentado.

• Há ainda outras alternativas de produção: ATO (assembly to order) e ETO (engineering to order).
• A alternativa ETO produz e projeta produtos de acordo com a necessidade de cada cliente.
• É usada quando os produtos da fábrica são altamente customizados de acordo com a necessidade do cliente final. Sua produção é MTO.
• Exemplo: fábrica de móveis planejados.
• Já a alternativa ATO produz estoque de peças intermediárias, seguindo a lógica do MTS, que só são montadas em produtos finais de acordo com a demanda do cliente, seguindo a lógica MTO.
• Ela é muito usada quando os produtos finais de uma fábrica usam peças modulares, que servem para montar também outros produtos.
• Exemplo: montadoras de carros.

A decisão de qual alternativa de produção usar depende, entre outras, do grau de influência do cliente no produto final:

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Aula 2 - Plano mestre e programação da produção

PCP - Módulo I

Plano Mestre de Produção

 

• O 3º nível de planejamento da produção é o Plano Mestre de Produção – PMP.
• Ele é criado geralmente para um horizonte de até 6 meses.
• O PMP desdobra o Planejamento Agregado no planejamento dos produtos individuais.
• O PMP pode conter informação sobre períodos mais detalhados do que o Planejamento Agregado, como o planejamento de cada semana, por exemplo.

Exemplo:

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Exemplo: Plano Mestre de Produção – MTO

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Programação da Produção

• A programação da produção constituem as atividade rotineiras da produção, notadamente operacionais. Sua função é programar a produção do dia-a-dia, conforme o PMP.
• Os objetivos da programação da produção são:

• Garantir a qualidade da produção conforme o projeto.
• Operar máquinas e pessoas com o máximo de produtividade.
• Reduzir custos e estoques intermediários.
• Manter o cliente abastecido.

• A programação da produção envolve alocar a produção dos produtos nos centros de trabalho, através de ordens de produção, que indicam o que deve ser produzido, quando e quanto, além de onde. Programa cada operação necessária para se entregar um produto.
• Também determina o sequenciamento das ordens de produção.

• A alocação de ordens de produção em centros de trabalho deve ser feito tendo em vista:

• Minimização de tempos ociosos de máquina.
• Minimização dos custos.

• A alocação das operações é uma tarefa complexa, e não existe método direto que entregue a melhor alocação possível para uma programação de ordens. Os métodos existentes buscam minimizar os custos e atrasos usando-se de heurísticas.

• O método mais comum usado para se programar a produção é o Gráfico de Gantt.
• O Gráfico de Gantt é uma matriz onde as colunas representam o intervalo de tempo e as linhas os centros de trabalho. Ordens de produção devem ser inseridas pelo programador dentro da matriz de forma a tentar minimizar a ociosidade das máquinas.
• A avaliação da qualidade da programação é feita de forma visual pelo programador.

Exemplo:

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Gráfico de Gantt usado para programar duas ordens de dois produtos iguais, com 5 operações cada, sendo que o centro de trabalho 3 e 5 são capazes de fazer a operação 2, com tempos distintos.

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