O SUCESSO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA NO BRASIL E O SENTIDO DE APRENDER NA EAD
Por: wfgatto • 28/9/2018 • Artigo • 1.274 Palavras (6 Páginas) • 241 Visualizações
O SUCESSO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA NO BRASIL E O SENTIDO DE APRENDER NA EAD.
O vídeo (1) se trata de uma reportagem do “Telejornal Bom Dia Brasil” da Rede Globo de Televisão do ano de 2011, o qual fala sobre o sucesso do Ensino a Distância no Brasil, inclusive na área de medicina pela UNIFESP. O vídeo retrata os desafios e a disciplina, que os alunos da EaD devem ter para conseguir terminar com qualidade esses estudos, além de mostrar como as tecnologias disponíveis na época facilitavam o aprendizado.
O vídeo (2) fala da transição no perfil dos usuários da educação à distância e como a EaD abriu portas para os excluídos da Educação Superior. Inicialmente, esse era o público da EaD, mas em 2006 esses “excluídos” tiveram desempenho no ENAD superior em sete de treze áreas analisadas, comparados com alunos do ensino presencial. Cita ainda que até aquele ano de 2009 cinco dos ganhadores do Nobel eram estudantes da EaD e que entre eles o mais famoso era Nelson Mandela, ganhador do Nobel da Paz em 1993, que estudou por correspondência de dentro da prisão, pela Universidade de Londres.
No Brasil, a partir de 1996, a EaD começa a mostrar sua importância com a Lei nº 9.394/96 e o ART. 32§ 40 o qual consta que “O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino à distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais”. O Artigo 80 dessa mesma Lei trata da oferta da EaD, dando ao poder público o desenvolvimento, a regulação e a veiculação de programas de ensino à distância. O credenciamento de instituições que ofertarão os cursos à distância nos mesmos trâmites exigidos para cursos presenciais, o desenvolvimento e a criação de Leis fez com que o aprimoramento do ensino a distância ganhasse mais força.
Pensando na educação à distância no Brasil, criada para atender os excluídos do sistema presencial, que não conseguiram estudar porque tinham que trabalhar ou pela falta de oferta de estudos na sua localidade, geralmente no interior do país, a educação à distância contou com o esforço do Governo para aumentar a proporção de alfabetizados no País. Muitas vezes, foi vista de forma preconceituosa e como jogada eleitoreira ou política, visando agradar apenas seguimentos da população, quando tinha, na verdade, o objetivo de suprir a falta de escolas. Esse preconceito vinha com a falta de continuidade de suas ações, as quais várias boas idéias ficaram pelo caminho.
Após assistir aos vídeos e ler o material disponível no Moodle, acredita-se que o preconceito com o ensino de adultos nos anos 70 e 80 trouxe a fama de uma má formação para o ensino à distância. O MOBRAL e o Instituto Universal Brasileiro, pioneiros no ensino para adultos e à distância foram vistos como modalidades de ensino equiparadas, as quais seriam destinadas à população mais pobre e analfabeta, mesmo sendo diferentes em suas concepções e objetivos. O preconceito de não formar corretamente, pela ótica da educação nos anos iniciais e cursos técnicos, e por não existir um ambiente físico para as atividades de aprendizagem, causou esse estigma de que não podiam ser consideradas escolas “normais” pela população em geral. Seriam destinadas apenas àquelas pessoas que necessitavam de um certificado para provar que não eram analfabetas ou para regulamentar os autodidatas com um curso técnico.
A necessidade de formar professores e outros profissionais de educação nas áreas de diversidade, ampliar e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior levou a criação de novos Decretos Reguladores pelo Governo Federal, incorporando as novas tecnologias e definindo, portanto, novos níveis de qualidade exigidos para promover os processos de ensino e aprendizagem desejados para a Educação à Distância.
Houve prioridade na formação inicial para professores em efetivo exercício na educação básica pública, porém ainda sem graduação, além de formação continuada àqueles já graduados. A redução das desigualdades na oferta de ensino superior e desenvolvimento de um amplo sistema nacional de educação superior à distância contribuíram ainda mais no aperfeiçoamento da educação à distância, pois contou ainda com a disseminação e o desenvolvimento de metodologias educacionais de inserção dos temas de áreas como educação de jovens e adultos, educação ambiental, educação patrimonial, educação para os direitos humanos, educação para as relações étnico-raciais, de gênero e orientação sexual, e ainda com temas da atualidade do cotidiano das práticas, das redes de ensino público e privado de educação básica no Brasil. Dessa forma, a EaD é vista como Educação e não somente como o ensino ou aprendizagem. Entretanto, o “ensino a distância” voltado para a visão tradicional na geração de conteúdos e com certa falta de preocupação com a aprendizagem, se desfaz a medida que a EaD agrega mais interação entre as partes do aprendizado.
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