O conceito de conceitos básicos, teorias generalizadas sobre gestão da qualidade, a evolução dos conceitos de autores e pensadores famosos
Pesquisas Acadêmicas: O conceito de conceitos básicos, teorias generalizadas sobre gestão da qualidade, a evolução dos conceitos de autores e pensadores famosos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: civil14 • 12/9/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 5.488 Palavras (22 Páginas) • 498 Visualizações
UNIÃO DE ENSINO E PESQUISA INTEGRADA
CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES
‘Gestão da Qualidade na Construção Civil’
Jonas Neves Diniz
João Pessoa - PB
Setembro 04/09/2014
INTRODUÇÃO
A Gestão da Qualidade é um conjunto de práticas e ferramentas, apoiada em políticas e normas internacionalmente estabelecidas com o propósito de assegurar a qualidade de produtos, processos e serviços.
A história da Qualidade atravessa as fases de pré e pós-industrialização sempre buscando objetivos de atingir melhores níveis de excelência, em meio a dificuldades de mercado, produtividade e competitividade. Surge primeiro a inspeção, com objetivo simplório de separar produtos “bons e ruins”, em seguida o controle de qualidade passa a incluir o processo produtivo na avaliação dos produtos, mas ainda não garante produtos livres de falhas, pois as ferramentas avaliam o fim do processo. A garantia da qualidade passa então a atuar preventivamente, com inspetores ao longo da cadeia produtiva, surge o conceito mais amplo de Qualidade Total que inclui as pessoas no “combate” aos erros e defeitos em ações globais de atuação. Atualmente um conjunto de técnicas e ferramentas foi agregado aos sistemas da qualidade tornando-os complexos e robustos, no sentido de envolver todas as pessoas e áreas das empresas para o alcance dos resultados almejados.
Neste sentido, torna-se indispensável um estudo cuidadoso dos processos produtivos, pois eles representam o esqueleto central de análise das ferramentas de padronização e normalização. As normas ISO constituem-se num conjunto de normas que apresentam diretrizes e modelos para a garantia da qualidade. Elas estabelecem elementos ou critérios que visam estruturar os processos de maneira que os mesmos possam ser minuciosamente documentados.
O objetivo deste material é fornecer conceitos básicos, teorias amplamente difundidas a respeito da Gestão da Qualidade, a evolução dos conceitos de autores e pensadores renomados.
Gestão da Qualidade na Construção Civil
Durante o processo de globalização, da abertura dos mercados e da consequente competição entre organizações, muitos países adotaram a disciplina gestão da qualidade como um importante requisito para o crescimento e aprimoramento contínuo das empresas. Antes disso a qualidade era considerada como um conceito subjetivo relacionado diretamente às percepções de cada indivíduo (busca pela excelência), mas com o dinamismo desse tema podemos relatar sua evolução como fruto da interação de vários fatores componentes de uma estrutura organizacional e sua administração, dentre eles o gerenciamento, que pode ser considerado essencial para o sucesso estratégico de uma empresa. São vários os conceitos que definem a qualidade e que podem ser distinguidos de acordo com o contexto aplicado.
Em 1945, no final da II Guerra Mundial, a qualidade passou a ser bem aceita no ambiente organizacional através da aplicação de técnicas específicas e resultados efetivos, além do surgimento de profissionais especializados. Considerados os “papas da qualidade”, Joseph Moses Juran e William Edwards Deming, disseminaram e impulsionaram o interesse pelo movimento da qualidade através de palestras para líderes industriais. O primeiro público interessado foram os japoneses, embora tenham tentado aplicar seus conhecimentos inicialmente nos Estados Unidos. O conceito de qualidade dado por Juran foi: “Qualidade é adequação ao uso”, onde a adequação é definida pelo consumidor. Já para Deming como: “Função das exigências e necessidades do consumidor”. Ambos trabalhavam independentemente, mas de forma complementar: Juran com o foco na gestão voltada à qualidade, e Deming dando atenção ao controle estatístico da qualidade. Na década de 1980, os Estados Unidos acordaram para a questão da qualidade, e Juran e Deming começaram a ser ouvidos por lá também, juntamente com grande número de outros especialistas no assunto, dentre eles Philip Crosby ( Zero defeito), Armand Vallin Feigenbaum (Total Quality Control - TQC) e Kaoru Ishikawa (7ferramentas) . (AUGUSTO CAMPOS; 2008)
A busca pela evolução e melhoria da qualidade fez com que as empresas adotassem novas atividades na tentativa de transformar o processo de produção. O principal objetivo dessa transformação seria a elevação do nível global de competitividade da economia e melhoria dos processos de gestão. A primeira atividade atribuída no sistema de qualidade foi a inspeção no processo de fabricação de uma indústria. Foi através dela que os critérios para análise da qualidade evoluiu e a responsabilidade gerencial se consolidou, alcançando sua independência. A partir da inspeção, outras atividades foram surgindo de acordo com as necessidades de desenvolvimento e melhoria da qualidade. Dentre eles podemos considerar o controle, garantia e gestão da qualidade.
Especialmente nas duas últimas décadas do século XX a qualidade passou realmente a ser percebida, além de técnica, como uma disciplina de caráter estratégico. Ou seja, a qualidade passou a ser discutida como ferramenta estratégica do negócio e o mercado passou a valorizar quem a possuía e a punir as organizações hesitantes ou focadas apenas nos processos clássicos de controle da qualidade. Os princípios (Controle e Garantia) da gestão pela qualidade total (GQT), difundidos a partir de 1950, foram enfim assimilados pela maioria das organizações. Foi a partir da atividade da gestão estratégica da qualidade que as legislações de defesa do consumidor, além de normas aplicáveis na cadeia de interação cliente fornecedor, como a família ISO 9000, transformaram definitivamente o escopo da qualidade, consolidando-a em todos os pontos dos negócios. A qualidade passou a ser avaliada em cada setor da produção, sendo imprescindível sua apreensão tanto de um ponto de vista interno (organização) como externo (cliente), ou seja,
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