O mundo é plano: Só um cochilo
Por: Breno Pompeu • 4/11/2015 • Resenha • 886 Palavras (4 Páginas) • 330 Visualizações
Em viagem para a Índia, Thomas L. Friedman, buscava compreender por que os indianos que ele conhecia, estavam tirando os trabalhos dos norte americanos e por que se transformaram em referência tão importante no campo da terceirização, descobre então que o mundo está se aplanando.
Esta nova perspectiva vem de suas entrevistas com diversas pessoas bem sucedidas na área da terceirização do trabalho na Índia e mesmo norte americanos envolvidos no processo de alguma forma. Ele mesmo faz um paralelo com a incursão de Cristóvão Colombo, em sua viagem de descoberta das Américas, segundo ele, desta vez para procurar em sua jornada o que é valioso nos tempos atuais (inteligência, componentes lógicos, call centers...), diferentemente de Cristóvão que buscava bens materiais (metais preciosos, especiarias). A partir desta comparação, Thomas fala das três grandes eras que a globalização atravessou e atravessa, sendo elas:
1ª. – em 1492 quando foi inaugurado o comércio entre o Velho e Novo mundo que se estendeu até por volta de 1800. Foi a globalização dos países.
2ª. – De 1.800 a mais ou menos 2.000, num movimento disparado com a Revolução Industrial. Foi o período de maturação de uma economia global. Foi a globalização das empresas.
3ª. - A partir do ano 2.000 entramos em uma nova era que está não só encolhendo o tamanho do mundo de pequeno para minúsculo como também, tornando-o plano. É a globalização dos indivíduos. É o que o autor chama de plataforma do mundo plano, o produto da convergência entre computador pessoal, o cabo da fibra ótica, o aumento dos softwares de fluxo de trabalho. Uma convergência que aconteceu levando pessoas do mundo inteiro a começar acordar e perceber que tinham mais poder do que nunca para se tornarem globais como indivíduos, que precisavam mais do que nunca pensar em si próprias como indivíduos competindo com outros indivíduos em todo o planeta e que tinham mais oportunidades para trabalhar com esses indivíduos, e não apenas para competir com eles. Como resultado, cada pessoa agora precisa, e pode, perguntar: como é que eu me insiro na concorrência global e nas oportunidades que surgem a cada dia e como é que posso, por minha própria conta, colaborar com outras pessoas, em âmbito global?
Por causa desta interligação de todos os centros de inteligência e conhecimento do planeta que o autor, chegou ao termo “achatamento” do mundo e passa a citar exemplos que suportam sua análise, como a prestação de serviços contábeis de indianos para norte-americanos ao fazer seus impostos de renda, a Reuters, empresa norte-americana de jornalismo que terceiriza digitalização de noticias simples para Bangalore, o que Friedman pensava não ser uma realidade ainda, ou até mesmo possível. Os jornalistas indianos recebem de acordo com as realidades de salário local e desempenham uma função que poderia ser executada de qualquer outra parte do mundo.
Portanto, seja lá qual for sua profissão, é melhor tratar de dedicar à coisa da prestação de serviços com amor, porque tudo que puder ser digitalizado também pode ser terceirizado por alguém mais esperto ou mais barato, ou as duas coisas. Cada um tem que se concentrar exatamente naquilo em que agrega valor. As principais competências envolvidas neste mundo globalizado são rapidez e exatidão. Não há necessidades de análises mais profundas. O trabalho mental, o que agrega valor de verdade, acontece nos cinco minutos seguintes.
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