Origem da Administração Científica

Origem da Administração Científica

Segundo o Prof° Marcos Cruz, a origem da abordagem científica provém da Revolução Industrial, por mais que muitos autores neguem ter existido. Alegando que as transformações na tecnologia são um processo contínuo, sem aspectos de revolução. Porém, juntamente com o Prof ° Marcos Cruz, o Resumo Teórico do Sistema Etapa diz que a alteração mais evidente foi no sistema produtivo, e as palavras notórias foram “aceleração” e “desorganização”.

Exigindo uma substituição do empirismo e da improvisação, e a necessidade de aumentar a eficiência e competência das organizações no sentido de obter melhor rendimento possível dos seus recursos e fazer face à concorrência e competição que se avolumavam entre as empresas. (CRUZ, 2012)

Os principais resultados da Revolução Industrial, foram: Surgimento de um sistema fabril, vadiagem sistemática, expansão e especialização das atividades econômicas, sem incentivos para melhorar desempenho, aceleração da divisão internacional do trabalho entre outros.

Neste campo, Charles Babbage (1792-1871) verificou a necessidade de alguma sistematização do trabalho para responder a essa revolução. Britânico, cientista, matemático e professor da Universidade de Cambridge, ao publicar seu livro On the economy of machinery and manufactures, propôs baseado na divisão do trabalho de Adam Smith a divisão de tarefas entre trabalhadores antagônicos e sua participação dos lucros. Porém, não colocou em prática.

Já, Frederick Wislow Taylor (1856-1915), nasceu na Pensilvânia, foi operário na Midvale Stell Co., promovido a engenheiro em 1885, “achava que cada funcionário poderia ser treinado para ser o melhor em alguma função, e que era responsabilidade da administração identificar essas possibilidades e proporcionar oportunidade de melhoria” (KWASNICKA, 2006)

Em torno de 1901, foi considerado o pai da Administração Científica, sendo o pioneiro a desenvolver técnicas para sistematizar o estudo de tempos e movimentos. Aplicando na prática suas teorias, ao contrário de outros autores anteriormente (Adam Smith, Charles Babbage, Eli Whitney entre outros).

Administração Científica

“Existe uma única maneira certa de executar uma tarefa.”

(Frederick Wislow Taylor)

No início do século XX, surgiu a administração como ciência. Sua primeira abordagem, conhecida como Escola da Administração Científica, baseia-se na ênfase colocada nas tarefas. A preocupação original foi eliminar o fantasma do desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias e elevar os níveis de produtividade por meio da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial.

O seu conceito vem da tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da Administração, a fim de aumentar a eficiência fabril. Além da influência cultural dos Estados Unidos, uma vez que os norte-americanos abraçam a abordagem científica reducionista, racional e analítica, como por exemplo, Benjamin Franklin, Eli Whitney e Eastman.

Segundo Corrêa (2003), é errado chamar de científica a abordagem taylorista, pois o embasamento científico é pobre e Taylor não possuía treinamento em Administração e se fundamentava somente em suas investigações, da aplicação dos métodos científicos em empresas norte-americanas, sobre a engenharia.

Seus principais métodos científicos aplicáveis aos problemas da Administração são a observação e a mensuração, e se basearam através da estrutura formal e nos processos das organizações. Possuindo foco no aumento da produtividade (produzir mais com os mesmo recursos), tendo como ênfase a eficiência, que em partes se justificava pelos afluentes dos norte-americanos: mais produto para mais pessoas. Realizando estudo das tarefas e dos tempos utilizados em cada movimento. Após ver como era feito, definia “a única maneira correta de fazer” (o mais produtivo). Esses métodos foram identificados por Taylor na sua estadia nas empresas Midvaley e Bethleem Steel para eliminar tais problemas: falta de padrões de desempenho e necessidade de orientação para tomadas de decisões.

Para atingir o seu objetivo básico, precisou de algumas colaborações que eram denominadas como seus “seguidores”, um dos colaboradores foi um grande amigo e colega de trabalho de Taylor,Henry Gantt (1861-1919). Conhecido pelo gráfico de Gantt, uma potente ferramenta de planejamento e avaliação de progresso de projetos e considerado “melhor discípulo” de Taylor, Gantt discordava em diversos aspectos do mesmo; por exemplo, pagamento por unidade produzida. Estabeleceu até mesmo sistemas para os trabalhadores protestarem e solicitarem revisões dos padrões deles exigidos.

Outro colaborador foi Frank Gilbreth (1868-1924) que ao preferir uma posição de aprendiz de pedreiro ficou inconformado por tantos movimentos inúteis, agilizando o estudo de tempos de Taylor; no que mais tarde, tornou-se estudo dos tempos e movimentos. Além de criar o Therbligs, 18 movimentos básicos.

Como já antes dito, Taylor iniciou seus estudos na Midvale reconhecendo a vadiagem sistemática, ou seja,