Os Conjuntos Numéricos
Por: Cintia Alcantara de Oliveira • 8/6/2018 • Trabalho acadêmico • 3.537 Palavras (15 Páginas) • 233 Visualizações
1. Conjuntos numéricos
Ao agrupamento de elementos com características semelhantes damos o nome de conjunto. Quando estes elementos são números, tais conjuntos são denominados conjuntos numéricos.
A noção de conjunto é a própria estrutura para o pensamento da matemática abstrata. Assim, sem dúvida, para atacar a lista de noções indefinidas e os vários axiomas, relacionando-os, será tomada uma abordagem formal e/ou informal do assunto.
Um conjunto é formado de objeto s ou entidades bem definidos. Os objetos que compõem um conjunto particular são chamados de elementos ou membros. (A teoria dos conjuntos foi desenvolvida pelo matemático russo Georg Cantor, 1845 - 1918).
Conjuntos e elementos serão indicados, salvo menção explícita em contrário, por letras maiúsculas e minúsculas do nosso alfabeto, respectivamente.
- Conjunto de números Naturais
Os números naturais constituem um modelo matemático, uma escala padrão, que nos permite a operação de contagem. A sequência desses números é uma livre e antiga criação do espírito humano. Comparar conjuntos de objetos com essa escala abstrata ideal é o processo que torna mais precisa a noção de quantidade
Os números naturais servem para contar. O símbolo utilizado para representar o conjunto dos números naturais é N. O conjunto dos núm eros naturais possui infinitos elementos que podem ser ordenados.
Assim, podemos representá-lo por N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}.
Deve-se a Giussepe Peano (1858-1932) a constatação de que se pode elaborar toda a teoria dos números naturais a partir de quatro fatos básicos, conhecidos atualmente como os axiomas de Peano. Noutras palavras, o conjunto N dos números naturais possui quatro propriedades fundamentais, das quais resultam, como consequências lógicas, todas as afirmações verdadeiras que se podem fazer sobre esses números.
- Conjunto de números inteiros
Com exceção do zero, cada um dos números naturais possui um simétrico ou oposto. O oposto do 1 é o -1, do 2 o -2 e assim por diante. O Sinal “-” indica que se trata de um número negativo, portanto menor que zero. Os números naturais a partir do 1 são por natureza positivos e o zero é nulo.
O zero e os demais números naturais, juntamente com os seus opostos formam um outro conjunto, o conjunto dos números inteiros e é representando pela letra Z.
A seguir temos uma representação do conjunto dos números inteiros:
Z = {…, – 4, – 3, – 2, – 1, 0, 1, 2, 3, 4, …}
- Conjunto de números racionais
Os números racionais servem para representar a razão entr e dois números inteiros. Esses números estão associados aos proc essos de medição, pois medir consiste na comparação de duas grandezas de mesmo tipo.
[pic 1]
Portanto, o Conjunto dos números Racionais engloba o conjunto dos inteiros, os números decimais finitos (Ex: 45,236) e os números decimais infinitos periódicos (que repete uma seqüência de algarismos da parte decimal infinitamente), como: “1,3333333”... ; “0,232323...” ; “1,5888...”, chamados também de dízimas periódicas.
A letra Q maiúscula é a representação do Conjunto dos Números Racionais.
Subconjuntos de Q:
♦ Q é o conjunto dos números racionais diferentes de zero.
♦ Q é o conjunto dos números racionais positivos e o zero.
♦ Q é o conjunto dos números racionais negativos e o zero.
♦ Q é o conjunto dos números racionais positivos.
♦ Q é o conjunto dos números racionais negativos.
- Conjunto de números irracionais
Esse conjunto é representado pela letra maiúscula I, é formado pelos números decimais infinitos não periódicos, ou seja, números que possui muitas casas decimais, mas que não tem um período. Entenda período como sendo a repetição de uma mesma sequência de números infinitamente.
Exemplos:
O número PI que é igual a 3,14159265…,
Raízes não exatas como: = 1,4142135…
- Conjunto de números reais
Representado pela letra maiúscula R, compõem esse conjunto os números: naturais, inteiros, racionais e irracionais. Acompanhe o exemplo numérico a seguir:
Exemplo: R = {… – 3,5679…; – 2; – 1; 0; + + 1; +2, 14; + 4; 4,555…; + 5; 6,12398…}
Classificando os elementos do conjunto Q:
- {0, + 1, + 4} à números naturais.
- {- 2, -1, 0, + 1, + 4, + 5} à Números inteiros.
- {+ } à fração.
- {+ 2,14) à número decimal.
- {+ 4,555…} à dízima periódica.
- {– 3,5679…; 6,12398…} à números irracionais.
- – Expressões Algébricas: operações, valor numérico, resolução de problemas.
De acordo com Fiorentini, Miorim e Miguel (1993), há três concepções de educação algébrica que, historicamente, vem exercendo maior influência no ensino de matemática elementar. A primeira, chamada de lingüístico-pragmática[1], foi predominante durante o século XIX e estendeu-se até a metade do século XX.
A segunda concepção, a fundamentalista-estrutural[2], predominante nas décadas de 1970 e 1980, trouxe consigo uma nova forma de interpretar a álgebra no ensino, tendo por base as propriedades estruturais, que serviam para fundamentar e justificar as passagens do transformismo algébrico. A terceira concepção - a fundamentalista-analógica - procura fazer uma síntese entre as duas anteriores, pois tenta recuperar o valor instrumental da álgebra e preserva a preocupação fundamentalista, só que não com base nas propriedades estruturais, mas, sim, através do uso de modelos analógicos geométricos (blocos de madeira ou mesmo figuras geométricas) ou físicos (como a balança) que visualizam ou justificam as passagens do transformismo algébrico.
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