POSTURA NO PROCESSO DE SUCESSÃO FAMILIAR

Módulo: Processo Sucessório e Continuidade em Empresas Familiares

Aluno: Andréa Neumann

Conduta no Processo de Sucessão Familiar

As empresas familiares ocupam lugar de destaque na economia nacional, compõe uma parcela significativa dos grandes grupos de empresas. Tais empresas, embora dos mais variados setores, tem uma característica principal em comum, o desejo do fundador; manter a origem e a história da empresa vinculada a família; os fundadores se encontram à frente da administração dos negócios e mantêm expectativas de que a continuidade da organização ocorra através da sucessão por um integrante da família e não via de profissionalização da empresa.

Por muitas vezes o processo de sucessão demora para ocorrer ou ocorre de forma desorganizada, justamente porque os fundadores “querem” que o sucessor seja um filho ou outro membro da família, nota-se porém que é de suma importância que o processo sucessório ocorra normalmente, o sucedido definindo as regras da sua sucessão, planejando-a antes de maneira organizada, pois em caso de morte ou impossibilidade de acompanhar este processo se torna muito mais difícil e as chances de sucesso são bem menores. No entanto nota-se que é elevado o número de empreendedores que não se atentam para este processo sucessório, tornando-o muito mais um problema do que um processo de continuidade.

Em geral as empresas familiares ao se iniciarem tendem a ter suas contas bancárias misturadas com as conatas dos membros da família em si. As contas da empresa (jurídica) não são separadas das contas físicas dos sócios e familiares. Inicialmente tudo é tratado como uma “coisa” só, propriedade única os bens da empresa e os dos sócios. Com o passar dos anos a empresa vai crescendo e nota-se a necessidade de que ocorra esta separação, muitas vezes nem por conscientização dos sócios, mas sim pela pressão contábil e fiscal. Além disto, com o passar dos anos outra dificuldade percebida é que os filhos e/ou interessados em galgar o posto de sucessor passam a ter opiniões diferentes sobre o negócio ou dos objetivos deste ou mesmo das formas de se atingir tais objetivos. Quando ainda por muitas vezes ocorrem brigas por poder sem a preocupação do que é mais importante, a “continuidade empresarial”.

Estas divergências de opiniões ou brigas por poder podem ser resolvidas de maneira tranquila e simples ou com muito atrito e turbulência, dependerá principalmente da forma que o sucedido irá conduzir este processo ou ainda do grau de afinidade, parceria e afetividade familiar presente entre os membros envolvidos.

Alguns aspectos importantes devem ser pensados e organizados na busca pelo sucesso no processo de sucessão familiar. O sucedido será o ator e diretor do processo, o responsável em alinhar e delimitar a contingencia do mesmo, os demais são figurantes e devem ser conduzidos e dirigidos adequadamente. Neste aspecto seguem alguns passos a serem seguidos:

• Pensar o mais cedo possível sobre o assunto de sucessão: o sucedido deve se preocupar e discutir cedo em como fazer a sucessão ou quem será o sucessor;

• O sucedido deve participar do processo sucessório, deve-se planejar adequadamente o processo sucessório para ter tempo de preparar e profissionalizar o sucessor;

• Os conflitos familiares devem ser trabalhados adequadamente para se criar um clima promissor, favorável