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PRÁTICA DE PESQUISA NA FGV

Por:   •  25/10/2021  •  Monografia  •  4.196 Palavras (17 Páginas)  •  91 Visualizações

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FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS[pic 2]

ADRIANA DOS SANTOS SARAIVA

ALLINNE REJANNE DE ARAÚJO CALDAS LIMA

AMANDA NASCIMENTO RODRIGUES

DIEGO GURSKI NAVARRO

LUCAS MATOS LOPES

O PROFISSIONAL NO CONTEXTO DA INDÚSTRIA 4.0: A CONSTRUÇÃO DO PERFIL E OS NOVOS DESAFIOS DO SETOR BANCÁRIO EM 2021

Rio de Janeiro

2021


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1 INTRODUÇÃO

        O biênio 2020-2021 se configurou como grande desafio a todos setores da economia em virtude da pandemia mundial ocasionada pela proliferação do Corona Vírus, responsável pela COVID 19. Neste momento é uma ação de grande importância governo e sociedade civil se unirem em medidas para minimizar os danos e garantir a saúde das pessoas, por isso neste período de combate à pandemia os serviços bancários devem estar prontos a prestar um atendimento sem que o cliente precise sair de casa.

        Os clientes puderam deter de maneira mais intensa o uso de serviços mediante o contato via telefone, internet banking e aplicativos. A recomendação dada pela Organização Mundial da Saúde é de que seja feito o isolamento social, ou seja, ficar em casa e a recomendação da FEBRABRAN é que as transações sejam feitas via canais digitais. Clientes que necessitem realmente ir até ao atendimento presencial devem observar o horário de funcionamento das agências bancárias de forma a não contribuir para aumento de fluxo de pessoas e poder dar prioridade aos grupos que necessitam de maior atenção e cuidado.

        Dados da FEBRABAN (2021) apontam que durante a pandemia a cada dez transações, seis foram realizadas de forma digital, ou seja, sem que o cliente fosse até uma agência e isso reflete o grande investimento realizado em tecnologia por parte do setor, que ainda oferece canais de call center para auxiliar os clientes que possuem maiores dificuldades quanto ao uso dos meios digitais. Por parte dos bancos as questões de higienização foram rigorosamente reforçadas de modo a garantir a segurança dos clientes e dos funcionários. Para amenizar os efeitos negativos do coronavírus, a FEBRABAN e seus bancos associados anunciaram orientações e medidas para colaborar nos esforços em todo o país para conter a disseminação da pandemia identificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

1.1 APRESENTAÇÃO E DELIMITAÇÃO DO TEMA

A presente pesquisa tem como tema a construção do perfil e os novos desafios do setor bancário em razão da indústria 4.0. Não tão obstante o cliente era obrigado a ir a uma agência bancária sempre que sentia necessidade de movimentar seus proventos. Isso indicava ir ao banco, passar por filas e a depender do período mensal isso significava enorme perda de tempo para realizar tarefas simples como: pagamentos, transferências, saques e etc. Ainda na década de 1990 as agências implantaram a primeira mudança foi um serviço gratuito através de 0800 (zero oitocentos) para saber o saldo em conta corrente.

A implantação dos caixas eletrônicos e a entrega de cartões que possibilitou a execução de várias operações por meio do uso de um cartão composto de códigos e senhas significou um avanço nas operações e nas relações do setor. Na sequência, foram distribuídos tokens e na contemporaneidade são utilizados aplicativos e sistemas mobiles que operam com chaves. São inúmeras as oportunidades reservadas ao crescimento deste setor através do uso da tecnologia que simplifica cada vez mais o atendimento e torna íntima a relação entre empresa e clientes, o que induz pensar que o setor terá um futuro com maiores opções e ainda mais competitividade no mercado consumidor.

Acerca do entendimento de revolução, Santos; Andrade; Carvalho (2020) apontam que esta é definida a partir das mudanças que causam na sociedade em inúmeros aspectos. Tais mudanças passam a atingir o setor da economia e, portanto, a vida em sociedade em todos os seus aspectos. Antes da grande revolução, a mão de obra era orientada pela atividade artesã, profissionais que tinham domínio do processo de produção das manufaturas, e suas técnicas eram ensinadas aos seus filhos e descendentes.

Cabia ao artesão buscar e manipular as matérias primas para num momento posterior confeccionar e vender os produtos. Após a primeira Revolução Industrial essa maneira de produção foi modificada bruscamente. Até os dias atuais já se demarcaram pelo menos três grandes revoluções industriais: a primeira delas no século XVIII na Inglaterra. Silva (2020) comenta o início da industrialização no século XVIII em um cenário de crescimento populacional, ao mesmo tempo que a agricultura perdia espaço, movimento que demarcou o êxodo rural e as pessoas passaram a migrar para os grandes centros em busca de trabalho nas fábricas em jornadas de até 14 horas de trabalho e com salários baixíssimos.

A segunda, na metade do século seguinte, também na Inglaterra, que foi baseada no avanço da eletricidade e do uso do aço (SILVA, 2020). Foi neste período que houve um avanço significativo na química, no desenvolvimento das comunicações e do uso do petróleo em detrimento dos tempos em que a energia era gerada por vapor e o transporte era pautado pelo uso do ferro.

A terceira revolução decorreu nos Estados Unidos no século XX. Tal século foi marcado pelos avanços proporcionados pelo Fordismo. Foi nesse período que Henry Ford promoveu aperfeiçoamentos na sua fábrica de veículos, a Ford. Foram realizadas mudanças nas linhas de montagem da indústria e por conta disso foram gerados efeitos na indústria nos demais setores.

O século XXI alterou o cenário no continente europeu e no resto do mundo. O setor de serviços abriu novos campos para atuação do profissional, e várias transformações sociais promoveram avanços na tecnologia. Silva (2020) observa a diminuição na jornada de trabalho e, além disso, o volume de atividades também foi simplificado e diminuído dada a participação dos robôs no mercado de trabalho, e benefícios da internet que transformou vários postos de trabalho na indústria e em outros setores da economia.

Na contemporaneidade, tem-se representada uma época de inúmeras mudanças tanto no que se refere ao contexto social, econômico, político e cultural (BRANDÃO; GUIMARÃES; ANDRADE, 2010). Nas organizações essas mudanças se materializam em processos de reestruturação da produção que estão pautados em aspectos de racionalização técnica e organizacional. Há ainda de se destacar o crescimento da competição entre as empresas, movimento próprio da globalização, e que acarreta consequências como o desenvolvimento e uso de novas tecnologias e modelos de gestão, um desafio em busca de atributos que propiciem melhorias nos níveis de competitividade no mercado.

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