Percentuais
Por: Vanessa Barbosa Roza • 17/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.427 Palavras (6 Páginas) • 161 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
Neste trabalho foram analisados alguns dados fornecidos pela Empresa X (que contratou-me para ser o gestor de logística), uma vez que a direção solicitou que a primeira atividade a ser executada fosse um plano de melhorias para o setor anteriormente referido. Com este relatório foi possível calcular uma série de indicadores que permitiram determinar quais os pontos fracos da empresa.
Nota-se a necessidade de avaliar a situação e definir as medidas a serem tomadas referente ao setor de logística. Para que isto fosse possível fizemos uso principalmente de dados contábeis e das informações solicitadas aos setores de Contabilidade, Vendas e Financeiro, mas também utilizamos outros instrumentos e ferramentas da área de logística.
Por meio dos dados e informações constatadas através do relatório foram avaliadas as necessidades e dificuldades da respectiva empresa, e as soluções e alternativas foram apresentadas à respectiva empresa.
2. DESENVOLVIMENTO
A análise do setor de logística tem inicio com os dados presentes na tabela I (cujas fontes setores de Contabilidade, Vendas e Financeiro da Empresa X). Por meio desta tabela nota-se diversos aspectos que determinam a competitividade ou não da respectiva empresa, e também será por meio deles que obtivemos outras informações ainda mais significantes à empresa (como o giro, a cobertura, o nível de serviço, ciclo operacional, etc.).
TABELA I – Dados Contábeis da Empresa X – agosto de 2014
[pic 1] Fonte: Setor de Contabilidade Empresa X
Baseado nos dados da tabela I, avaliamos diversos indicadores de desempenho da empresa. Inicialmente avaliamos os percentuais de vendas, de custos, de lucros e de estoques separadamente e após isso apresentaremos uma correlação entre os respectivos indicadores.
O primeiro percentual a ser observado é referente às vendas, conforme a tabela II nos detalha:
[pic 2]Fonte: tabela I e dados relacionados ao setor de Vendas
Portanto, com base na tabela II, é nítida a maior representatividade das categorias A, B e J no que tange às vendas.
O segundo percentual a ser observado é referente aos custos, conforme a tabela III exibe:
[pic 3] Fonte: tabela I e dados relacionados ao setor Financeiro
Da mesma forma como quando o índice avaliado foi o percentual de vendas, as categorias A, B e J são as de maior custo.
O terceiro percentual analisado refere-se ao percentual de lucro, como consta na tabela IV:
[pic 4] Fonte: tabela I e dados relacionados ao setor de Financeiro e de Vendas
Com este objetivo de avaliação, destacaram se as categorias B, C e J, porém o que mostra-se mais perceptível é a baixa significância da categoria A no lucro (representa em torno de 52% das vendas, mas apenas 1,45% do lucro da empresa).
O quarto, e último, percentual a ser analisado é o percentual de estoque. Vejamos a tabela 4:
[pic 5] Fonte: tabela I e dados relacionados ao setor de Contabilidade
Ao verificar os percentuais de estoque, as categorias A, B e J voltam a ser as de maiores valores.
Após a verificação e respectiva comparação entre os valores percentuais de Vendas, Custos, Lucro e Estoque, foi visto que a Empresa X comete alguns deslizes no estoque (utilizando como principal referência a lucratividade de cada categoria). Para simplificar e melhor demonstrar esses equívocos cometidos, tomamos como exemplo a categoria A e os seus índices:
A categoria A é a mais requisitada quando o assunto é vendas (52,06% do total de vendas) e é também a que tem maior percentual no comparativo de custos (53, 41% dos custos da empresa), porém não está nem entre as 3 categorias que mais geram lucro (representa apenas 1,45% do lucro total). Logo, a categoria A, não deveria ter tanta importância para os estoques como foi possível observar (mais de metade do custo de estoque é da respectiva categoria).
Ainda sobre estoque, mas tomando por ciência outros critérios (giro do estoque e cobertura). Para melhor entendimento dos respectivos critérios, torna-se necessário uma breve explicação sobre ambos: giro do estoque é o índice que demonstra quantas vezes no ano a empresa renova o estoque (ou seja, repõe os itens vendidos ou avariados); e a cobertura é indicador do tempo médio de permanência de cada item no estoque. Sabendo isso sobre giro de estoque e cobertura, temos na tabela V alguns dados importantíssimos para corrigir e ajustar as quantidades de estoques da Empresa X:
[pic 6] Fonte: tabela I
Com as informações contidas na tabela V é possível averiguar que determinadas categorias ocupam o estoque por tempo excessivo até haver necessidade de renovação (casos principalmente das categorias E e I). As categorias E e I, citadas anteriormente, e a categoria G, são um exemplo grave para a companhia, porque: a categoria G tem um tempo de permanência no estoque de mais de meio ano (mais especificamente, 260 dias); a categoria I demora quase 13 meses para renovar o estoque; e o caso da categoria E é ainda mais impressionante, uma vez que a cobertura de estoque é de aproximadamente 658 dias (ou seja, 21,94 meses).
Para melhor gerir o estoque, no mínimo, deve-se ajustar estes pontos, pois o altíssimo tempo de permanência no estoque representa perda de competitividade à empresa.
Em relação ao nível de serviço do estoque (quantidade de itens desejados e que realmente podem ser adquiridos pelo cliente), a tabela VI apresenta o percentual de nível de serviço de cada categoria:
[pic 7]Fonte: tabela I e dados relacionados ao setor de Financeiro e de Vendas
Fazendo um breve comparativo entre os dados da tabela VI e os dados da tabela IV (que retrata sobre a lucratividade), torna-se possível perceber que os 53,85% de nível de serviço da categoria B (a categoria que representa o maior percentual de lucratividade, quase 80% do lucro total) têm grande influência (no caso, prejuízo) para a empresa. Este é apenas um caso isolado, porém, avaliando a situação geral, vimos que o comparativo de nível de serviço com as perdas de vendas apresenta uma informação importante: os pouco menos de 15% dos itens não atendidos (o nível de serviço é de 86,38%) representam perda de vendas no valor de R$37.408,70 (ou, percentualmente, 24,21% do total de vendas).
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