Politica de suprimentos de empresas no Brasil.
Por: eloide01 • 6/10/2015 • Resenha • 1.389 Palavras (6 Páginas) • 317 Visualizações
A POLÍTICA DE SUPRIMENTOS DE EMPRESAS NO BRASIL: PESQUISA COM MONTADORAS AUTOMOBILÍSTICAS, AUTOPEÇAS, SUPERMERCADOS E ATACADISTAS.
ELOIDE LIMA SILVA (RESENHISTA)
DADOS BIBLIOGRÁFICOS SOBRE OS AUTORES DA OBRA.
ANDRÉ LUCIRTON COSTA.
Graduado em Engenharia de produção mecânica pela Escola de Engenharia de São Paulo (1986), mestrado em Administração de empresas pela fundação Getúlio Vargas- EAESP (1994), e doutorado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas- EAESP (1999). Livre docente pela Universidade de São Paulo- Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (2004). Atualmente é professor associado da Universidade de São Paulo.
JOSÉ CARLOS BARBIERI.
Mestre e Doutor em Administração pela FGV/EAESP. É professor adjunto do departamento de administração da produção e operações da Escola de Administração de empresas de São Paulo da fundação Getúlio Vargas (FGV/EAESP-POI) desde 1992. Foi professor em renomadas instituições de ensino superior como a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e a PUC de São Paulo. Como pesquisador do instituto de pesquisa Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), desenvolveu atividades nas áreas de sistemas de informações, propriedade industrial e transferência de tecnologia. É membro do fórum de inovação da FGV-EAESP e professor do programa de Pós Graduação Strictu Sensu da EAESP na linha de pesquisa em gestão socioambiental e da saúde.
A competitividade e a busca de produtividade pelas organizações impulsionaram as empresas para que saíssem de suas fronteiras internas, buscando melhorar seu desempenho na administração de toda a cadeia de materiais, do fornecedor até o consumidor final, elos da cadeia. Esta investigação analisou especificamente as atividades da função suprimentos que tem se caracterizado como fundamental à gestão de todos os elos da cadeia de fornecedores das empresas.
Cadeia de Suprimentos:
É um conjunto de métodos que são usados para proporcionar uma melhor integração e uma melhor gestão de todos os parâmetros da rede. Transportes, estoques, custos, etc. Esses parâmetros estão presentes nos fornecedores, na sua própria empresa e finalmente nos clientes. A gestão adequada da rede permite uma produção otimizada, para oferecer ao cliente final o produto certo na qualidade certa. O objetivo é reduzir os custos ao longo da cadeia, tendo em conta as exigências do cliente- afinal isso é qualidade: entregar o que o cliente quer nos preços e condições que eles esperam.
No quadro 1 no modelo de ANSARI E MODARRESS,B.(1990; p. 30) onde se faz comparação entre os modelos de suprimentos Tradicional e Just-in-time, constatamos que o tradicional convive com todos os tipos de desperdícios e ineficiência e ao aplicar o conceito justin-in-time à cadeia de suprimentos, é investir nos fluxos de valor eliminando todos os desperdícios e perdas e resultando em “ logística enxuta”.
A competição entre as empresas cresceu significativamente, e vêm enfrentando mercados altamente competitivos, utilizando novos critérios qualificadores para concorrer ou até mesmo para garantir a própria sobrevivência.
Mas de acordo com uma pesquisa realizada de outubro de 1999 a fevereiro de 1999 entre as empresas associadas a ANFAVEA (Montadoras automobilísticas), SINDIPEÇAS (empresa paulista associada ao setor de peças), ABRAS (Supermercados e atacadistas), a concorrência deixou de ser um paradigma no Brasil, ou seja, as grandes empresas deixaram de lado o objetivo principal de que quem fornecia o melhor preço, trazendo para si uma relação
Conflituosa entre comprador e fornecedor, adotando como critério uma nova política de qualidade junto com a capacidade do fornecimento e o nível de serviço oferecido.
Para Porter (1990; p. 31) “uma empresa ganha vantagem competitiva executando atividade estrategicamente importante de uma forma mais barata, ou melhor, que a concorrência”.
Se a estratégica for parceria entre comprador e fornecedor, os dois assegurando um nível de qualidade dos produtos em curto prazo de entrega com pequenos lotes e fornecimentos constantes, significam que os mesmos podem alcançar a eficiência no uso dos recursos na visão estratégica e na competitividade das empresas.
Em relação à pesquisa citada, constatei que as organizações estão mais exigentes ao quesito cadeia de suprimentos, dando conta que o modelo tradicional convive com todo tipo de desperdícios e ineficiência e precisariam de outro e novo conceito o Justin-in-time, onde seu objetivo é investimento nos fluxos eliminando as perdas. Mas será que no nosso país Brasil, esse novo sistema justin-in-time que significa entregar o que o cliente quer, nos preços e condições que eles esperam e no prazo previsto, funciona mesmo?
Talvez sim se o país oferecesse condições sem restrições para que isso acontecesse, como por exemplo: se não houvesse pouco investimento em infraestruturas nas estradas que são praticamente todas deficitárias, carga tributária altíssima onde não condiz com os serviços oferecidos, e mencionando também restrições de circulação de veículos de entregas nos grandes centros assim perdendo muito tempo e dinheiro para poder descarregar a mercadoria.
A pesquisa deveria abordar esses aspectos acima citados, pois querendo ou não eles são os grandes desafios entre os elos desta corrente e aplicar o sistema eficiente justin-in-time nesses quesitos para poder minimizar ou anular o que realmente impede a eficácia de abastecimento em seus diversos níveis.
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