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Por:   •  12/10/2015  •  Seminário  •  4.047 Palavras (17 Páginas)  •  457 Visualizações

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  1. DESENVOLVIMENTO

                          Os maiores símbolos da teoria de Ford são: a indústria automobilística; o desenvolvimento do capitalismo; a consolidação de um padrão fordista. Ford contribuiu bastante para que o mundo empresarial se modernizasse. Porém, para alcançar tal modernidade foi necessário a implementação dos seus princípios, que se tornaram um marco para a organização do processo de produção nas indústrias durante o século XX e que ainda em alguns setores se mantêm até hoje. Dessa forma, para o bom entendimento sequencial do texto apresentamos agora, de forma resumida, os princípios que Henry Ford:

  1. Princípio da Intensificação: Tal princípio visa reduzir o tempo de produção através da padronização dos equipamentos e da matéria-prima, no intuito de colocar os produtos de forma rápida no mercado.
  2. Princípio da economicidade: Esse princípio consiste em reduzir ao mínimo o estoque de matéria-prima em transformação, assim Ford conseguiu fazer com que seus produtos fossem pagos antes de vencido o prazo de pagamento da matéria-prima e dos salários.
  3. Princípio de produtividade: Tal princípio consiste em aumentar a quantidade de produção mediante a especialização do trabalhador e da linha de montagem. Esse princípio visa aumentar a produtividade por meio da especialização na linha de montagem. Dessa forma, só dependeria do funcionário ganhar mais (num mesmo período de tempo) assim como o empresário que obteria uma produção maior e por consequente, lucros maiores.

                               Diferente dos empresários e administradores de sua época, Ford sempre viu o consumo como uma forma para trazer o bem-estar social e foi ele que primeiro projetou e criou a assistência técnica de grande alcance e estabeleceu a jornada de 8 horas diárias de trabalho.

                          O auge do Fordismo foi entre 1950 e 1960, nesta época diversa outras indústrias copiaram este modelo. Dentre as empresas que copiaram tal modelo estão a General Motors e a Volkswagen, concorrentes da Ford e cresceram aplicando os conceitos do Fordismo.

                       Passando para atualidade, um bom exemplo de empresas que apresentam um modelo de produção fordista são as empresas de “fast-food”. Aqui nesse portfólio, trataremos como exemplo a Mcdonalds, empresa americana e que ganhou o mundo com a padronização nos lanches. Cada funcionário é responsável por uma só função, assim, ou o funcionário atende, ou ele prepara os sanduíches, ou embala os produtos e etc. E assim os lanches são feitos de forma rápida e eficaz graças a especialização dos funcionários em fazer determinada função. Dessa forma o atendimento ao público torna-se muito rápido, eficiente e eficaz e foi através das ideias de Ford que a Mcdonalds hoje vem dando certo, já que o fordismo é ideal para empresas que pretendem trabalhar pouca receita, lucros rápidos e velocidade na produção.

                       Em 1953 (período do auge do fordismo), os irmãos McDonald começaram a criar franquias de seu restaurante A história da marca começou a mudar em 1954, quando o vendedor de máquinas de agitar milk-shake, Ray Kroc, ficou fascinado com a popularidade e estilo do restaurante McDonald’s durante uma visita comercial. Depois de ver o restaurante em operação e os métodos fordistas aplicados agora então na indústria alimentícia, ele propõe aos irmãos McDonald (que já possuíam franquias) a vendê-las fora da localização original da empresa e sendo dele próprio a primeira franquia. E assim a McDonald’s espalhou-se pelo mundo.

                       Em 2006, o MCDONALD’S deu início a uma verdadeira revolução em seu conceito: depois de pesadas críticas quanto aos malefícios de suas refeições, a preocupação da rede passou a ser oferecer um cardápio mais saudável e menos calórico a seus consumidores. O cardápio passou a conter opções de alimentos mais saudáveis como saladas, frango e outros itens frescos. E assim podemos perceber que mesmo com a aplicação de conceitos do fordismo houve uma evolução e uma transformação na empresa baseada não só na produção mais também em uma ideologia e cultura de época.

                       Os modelos fordistas também podem ser percebidos atualmente no mercado informal e para tal reflexão citamos o exemplo dos profissionais de costura (costureiros) da cidade de Santa Cruz do Capibaribe que carrega o título de “capital da moda” e que a principal atividade econômica é a costura.

                       Grande parte desses profissionais trabalham na informalidade. Analisando a forma de produção desses profissionais podemos perceber os princípios do Fordismo aplicados em sua forma de produção. Observe:

  • Princípio da Intensificação: Tais profissionais visam reduzir o tempo de produção através da padronização dos equipamentos e da matéria-prima, no intuito de colocar os produtos de forma rápida no mercado;
  • Princípio da Economicidade: Esses profissionais não possuem estoque de matéria-prima pois seus contratantes fornecem a matéria-prima e assim eles conseguem produzir sem precisar comprar pela matéria-prima e recebem suas remunerações assim que terminam de produzir;
  • Princípio da produtividade: Muitos desses profissionais buscam aumentar a quantidade de produção mediante especialização própria e na linha de montagem. Assim aumentando a produtividade e dessa forma passam a receber mais em um menor período de tempo.

                       Dando continuidade à evolução histórica, a partir de 1970 a fabricação passou a não prezar mais pela quantidade (eficácia) e sim pela eficiência e passou a produzir dentro dos padrões para atender ao mercado consumidor variando de acordo com a demanda.

                       Com o surgimento do Toyotismo as organizações do trabalho apresentaram alguns novos princípios básicos como: O Crescimento pela demanda; o combate ao desperdício; flexibilidade do aparato produtivo; instalação do método do kanban; diversificação dos produtos; terceirização da produção.        Chama bastante a atenção o sistema just-in-time (em cima da hora) onde a fabricação do produto e a importação da matéria-prima acontecem em paralelo com os pedidos dos consumidores, com prazo de entrega a ser cumprido e assim a oferta de produtos nunca será maior do que a demanda. Isso acarretou a diminuição dos produtos em estoque e dessa forma diminuiu os riscos de queda de lucros dos investidores.

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