Principais Teses Soja Comodity
Por: Siqueira Roberto • 7/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.322 Palavras (6 Páginas) • 108 Visualizações
I - Principais Teses
- Michael Hard e Antônio Negri firmam que os EUA desenvolveram seu projeto imperial baseado em redes de poder, no desenvolvimento de normas jurídicas internacionais e na multiplicação de organizações multilaterais capazes de produzir direito internacional e subordinar outros Estados-Nação.
A constituição do Império, feita por Hardt e Negri, é que os Estados Unidos estão sempre articulando, induzindo e direcionando a evolução do sistema mundial segundo seus interesses, tanto nos aspectos econômico, político , assim como na manutenção da hegemonia militar e no domínio que exerce sobre várias áreas do conhecimento científico-tecnológico, além da própria concepção de expansão imperial pela extensão do modelo norte-americano presente no Mito da Fronteira.
Essa expansão imperial é um movimento inclusivo que aceita as delimitações culturais e se define por três momentos de controle: (1) inclusivo quando não se dá importância às diferenças; (2) diferencial quando as identidades étnicas-culturais são estimuladas como prova de multiculturalismo e as diferenças conflituosas são deixadas de lado e (3) administrativo quando as diferenças são administradas e hierarquizadas dentro de uma economia geral de comando.
A partir do acima exposto Hardt e Negri definem a organização do Império como um amplo espectro de corpos (Estados-Nação, organizações de Estados-Nação, organismos multilaterais etc.) divididos por funções (organismos monetários, políticos, de saúde, educacionais etc.) e atravessados por uma variedade de atividades produtivas.
Pode parecer que os Estados Unidos são a nova Roma para Hardt e Negri isso não é real, pois ainda que tenha uma posição privilegiada, quando não dominante nos aparelhos de comando imperial, os Estados Unidos não são o centro, até porque a estrutura em rede não permite a existência de um centro controlador. Eles afirmam que o surgimento do Império ocorreu a partir da tensão capital-trabalho, onde o processo de globalização se define como um projeto capitalista de união do poder político com o econômico e, em que pese a posição de destaque dos Estados Unidos, não existe uma única potência, ou mesmo um grupo de potências, no controle do processo e do Império.
- David Harvey faz uma vasta discussão sobre a atual condição do capitalismo global ele parte de uma análise do cenário político interno e externo dos EUA, no intuito de demonstrar a expansão e domínio do poder norte-americano sobre o resto do mundo.
Seu pensamento segue um esforço no sentido de identificar as forças motrizes presentes no entorno de eventos de grande mobilização popular. A condição do capitalismo global é examinada, sob o pressuposto de que a chamada “nova ordem” o que Harvey chama de um “novo imperialismo” se afirma não apenas a partir de uma forma de acumulação puramente econômica, a chamada pressão via capital sobretudo, por meio de uma acumulação via expoliação . Além disso, o novo imperialismo também se afirma por meio da “coerção consentida”, tanto no plano interno, pela sociedade norte-americana, quanto no externo, com base na defesa dos princípios de liberdade e democracia.
Para sintetizar tal informação o autor faz uma contextualização partindo do antigo
Imperialismo exercido pelas grandes potências europeias, em sua histórica luta de base territorial a partir daí, começou a se configurar uma nova forma de imperialismo.
Sobre o imperialismo o autor ressalta como marco importante para o reconhecimento de uma nova ordem
Harvey evidenciam que cada vez mais existem resistências contra essa hegemonia americana, como é o caso dos movimentos antiglobalização que se colocam contra o domínio que são vistos com grande pessimismo pelo autor , afirmando que são movimentos que se alimentam de revolta contra certas condições , por serem fragmentados e deixarem de lado a “finalidade do domínio do aparelho do Estado” permanecem com alvos e objetivos difusos
- A principal teoria de François Chesnais é a Financeirização que desenvolve-se, a
partir de meados dos anos 70, um regime de acumulação predominantemente financeiro . O autor afirma que o surgimento dos mercados de títulos, a desintermediação bancária e a falta de regulação, são fatores contribuintes para constituição da dominância financeira. Reconhecendo um capitalismo contemporâneo marcado pela hipertrofia financeira, num movimento em que as aplicações de caráter financeiro são preferidas face ao investimento em capital produtivo, devido ao seu retorno de curto prazo.
Cada vez mais envolvidos pela lógica financeira, os grupos manufatureiros ou de serviços acabam por adquirir dupla atuação: “a financeirização cada vez mais acentuada desses grupos confere-lhes um duplo caráter”. Por um lado, eles
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