Qualidade e Projetos Conceitos Introdutórios
Por: lazaro123 • 5/5/2015 • Ensaio • 4.952 Palavras (20 Páginas) • 367 Visualizações
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Qualidade e Projetos Conceitos Introdutórios
INTRODUÇÃO
[pic 1]Como qualquer empreendimento humano, os projetos precisam ser realizados e entregues sob certas restrições. Tradicionalmente, essas restrições foram listadas como "escopo", "tempo" e "custo". Estes são também referidos como o "Triângulo de Gerenciamento de Projetos", em que cada lado representa uma restrição. Um dos lados do triângulo não pode ser alterado sem afetar os outros. Um refinamento adicional das restrições separa "qualidade" do produto ou "desempenho" do âmbito de aplicação, e se transforma em uma quarta restrição, a restrição da qualidade.
Para relembrar os conceitos de gestão de projeto:
A restrição de tempo refere-se à quantidade de tempo disponível para completar um projeto. A restrição de custo refere-se ao valor disponível para o projeto. A restrição de escopo refere-se ao que deve ser feito para produzir o resultado final do projeto. Estas três restrições são muitas vezes divergentes, ou seja: alterando o escopo você já poderá perceber que o tempo será aumentado e o custos acompanharam esse novo cenário. Uma restrição de tempo poderia significar aumento de custos e de redução do escopo, e um orçamento apertado pode significar aumento do tempo e escopo reduzido. A disciplina de Gerenciamento de Projetos e Qualidade analisa as organizações a partir desse cenário, fornecendo análises e técnicas que permitem o profissional de projeto entender, analisar e organizar o seu trabalho para atender a restrições.
Para controlar adequadamente essas variáveis, um bom gerente de projeto deverá adquirir uma profundidade de conhecimento e experiência na gestão dessas quatro dimensões (tempo, custo, escopo e riscos), e em seis outras áreas também: integração, comunicação, recursos humanos, controle de qualidade, desenvolvimento de programação e aquisições.
AS QUATRO ERAS DA QUALIDADE
As três primeiras eras oferecem muitas ferramentas de gestão de valor.
1) Era da inspeção de 1800 a 1920 - Tudo começou com a produção em massa (final do século XIX e início do século XX). Por volta de 1920, criaram-se os primeiros departamentos de qualidade destinados a inspecionar produtos de forma aleatória e sem base estatística. Quando um defeito era encontrado, era reenviado para o departamento de produção, a ser refeito ou descartado em casos extremos.
Ferramentas: medidores e dispositivos de medição aplicados à produção
Finalidade: Detectar problemas e itens de boa qualidade.
2) Era controle de qualidade 1920 a 1950 - Principalmente na década de 1930, o aumento constante na quantidade e complexidade dos produtos fabricados aumentou também os custos para a obtenção de níveis razoáveis de qualidade. Nesse período, surgiu uma nova necessidade de criar e usar ferramentas para controle de qualidade. A principal inovação foi o reconhecimento da variabilidade, ou seja, variação como um atributo importante no controle de qualidade durante a realização dos processos produtivos. Nesse período ainda não foram estabelecidos limites superior e inferior de controle para os diferentes processos produtivos.
Ferramentas: técnicas estatísticas e matemáticas, incluindo o processo de gráficos de controle e tabelas de amostragem
Finalidade: Controlar os problemas de forma eficiente, triagem, classificação de itens bons e ruins.
3) A terceira era foi de garantia de qualidade (QA). Nesse período, novas ferramentas e formas foram desenvolvidas por autores que se transformaram nos gurus da qualidade. Surgiram movimentos como o "defeito zero". "Controle de Qualidade Total" “Custo da Qualidade” e uma trilogia que permanece até os dias atuais do “planejamento, controle, e melhoria".
Tempo l: 1950 a 1960
Ferramentas custo de qualidade, controle de qualidade total, engenharia de confiabilidade e programas de zero defeitos.
Finalidade: Evitar problemas de atividades realizadas em conjunto ou sistêmica.
4) A quarta era, A Estratégia e a Qualidade
https://www.youtube.com/watch?v=hi20KbHHQdA
Tempo: A partir de 1960 .
Devido a Deming, no final da década de 1970, "Made in Japan" já não era uma piada, mas uma prova de alta qualidade. Um movimento que surpreendeu as organizações americanas e seus níveis de competição. Eles tiveram de rever os padrões de qualidade dos produtos e processos. Então, esse movimento foi baseado na lógica de que, para obter melhor qualidade, as empresas teriam que identificar um posicionamento de qualidade e estratégia. A qualidade foi, então, voltada para o cliente e suas necessidades, por exemplo, foram criadas ferramentas de pesquisas e estudos de mercado. A qualidade foi definitivamente incluída no planejamento estratégico das organizações, com metas específicas para melhoria da qualidade. Este período foi conhecido como o período TQM. Total Quality Management. Cada uma das épocas anteriores não tinha elementos-chave necessários para a realização do pleno potencial estratégico da qualidade. A Gestão estratégica da qualidade incide a partir de 1960 sobre esses elementos-chave:
Qualidade: é definido a partir do ponto de vista do cliente.
Qualidade: está relacionada com a rentabilidade, tanto no mercado, como também no controle dos custos.
Qualidade é vista como uma ferramenta de competição.
Qualidade está relacionada com o processo de planejamento estratégico.
Qualidade requer envolvimento de todas as pessoas da empresa.
O MOVIMENTO DE QUALIDADE
A preocupação com a qualidade nasceu no início deste século, quando os inspetores de produção surgiram nas empresas. O serviço realizado não era muito bom e os problemas acabavam aparecendo no mercado, exigindo formas de correção e ajustes significativos depois que o produto chegava no mercado. “Prova disso é que os primeiros automóveis vinham com caixas de ferramentas para possíveis falhas não previstas. De lá para cá, a qualidade deu grandes saltos, tendo como marcos o sistema taylorista e a revolução japonesa (para ler mais: Qualidade no século XXI Prognósticos para o futuro da qualidade e uma análise de sua história no século XX, marcado pela busca da produtividade (JURAN, 1997).
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