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RH III Antenor na Administração

Por:   •  19/9/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  5.291 Palavras (22 Páginas)  •  184 Visualizações

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  1. Introdução

Com o mercado em constantes mudanças, inovação e rapidez são características essenciais para aproveitar as oportunidades e se manter competitivo. Para isso, é importante desenvolver o trabalho das pessoas, pois através delas conseguimos aumentar a produtividade organizacional.

Entretanto, para que seja possível essa melhoria é necessário que a empresa direcione de forma clara aos seus novos e antigos funcionários a sua cultura organizacional, pois somente assim as pessoas passam a compreender a maneira que a organização funciona, de acordo com Chiavenato (2005, p.165):

A cultura organizacional ou cultura corporativa é o conjunto de hábitos e crenças, estabelecidos por normas, valores, atitudes e expectativas, compartilhado por todos os membros da organização. Ela se refere ao sistema de significados compartilhados por todos os membros e que distingue uma organização das demais. Constitui o modo institucionalizado de pensar e agir que existe em uma organização.

Portanto, a cultura corporativa serve de base para as empresas exercerem suas atividades básicas, tanto no ambiente interno (afetando o comportamentos e as atitudes dos colaboradores) quanto no externo, visando alcançar seus objetivos organizacionais.

No caso da empresa Serrote & Cia, fundada há trinta e cinco anos pelo já falecido Sr. João Carlos Souza, apresenta uma cultura organizacional conservadora, centralizada e extremamente burocrática. Essas características foram adquiridas e moldadas ao longo do tempo através da personalidade, crenças e valores de seu fundador.

Desde a instauração da empresa, o principal objetivo foi criar um negócio que gerasse lucro a longo prazo. Entretanto, o conjunto de hábitos e crenças compartilhados na organização permaneceram inalterados. De acordo com Marcos Kisil (1998), para uma empresa desenvolver e se manter ativa, a cultura corporativa deve acompanhar as novas tendências do mercado através da revitalização e inovação - dependendo da situação, só é possível alcançar essas variáveis mudando a cultura de forma gradativa para sua sobrevivência.

Por fim, iremos analisar a cultura da empresa Serrote & Cia visando identificar problemas que venham a dificultar a continuidade do negócio. Além de, propor estratégias para atualizar a forma que sua estrutura organizacional é desenvolvida.

2. Diagnóstico da Cultura Organizacional

A empresa Serrote & Cia, como toda empresa teve um ponto de partida, um fato que trouxe a necessidade de criar o negócio, um sonho, um ideal, um desejo, que nesse caso é o do idealizador o Sr. João Carlos Souza, homem prático, centralizador, autoritário, realista, ambicioso. Esse pode ser chamado de fundador, Mito/ Herói, da empresa, que é aquele que transfere seus valores, crenças, sua identidade para a organização, pois é a partir do compartilhamento dele com aqueles envolvidos que faz a cultura organizacional começar a surgir.

Herói/MIto

A Cultura de uma empresa é fortemente influenciada pelo seu mito organizacional. Mito ou herói organizacional é uma pessoa, envolvida por toda uma história, que pode esta, ser o seu fundador, o sucessor dele, ou um herói revitalizador (um gestor, um sócio) e que tem função estruturadora e organizadora, direcionando presente e o futuro, alguém que deixa sua marca na empresa.

Muitas vezes o herói organizacional já é falecido, vindo a tornar-se o que chamamos de mito organizacional, mas que deixou um legado e uma identidade tão grande na organização que não se esquece.

Chamamos de mito organizacional (herói falecido/ sucessor ou revitalizar afastado) aquela pessoa que deu alma, vida e dedicação à empresa, oferecendo um modelo de atuação e que causa admiração perante os demais devido aos seus feitos no passado, sendo reverenciado pela contribuição que deixou para a organização no modo de ser desta.

“Nem importa que sejam verdadeiros os relatos a seu respeito: o que deve ser considerado é que, tratando-se de um mito, as pessoas tendem a acreditar nessas histórias ou feitos. Em outras palavras, o mito vive no imaginário coletivo!”   Gestão da Cultura Corporativa – Johann, Silvio Luiz.

O que deve-se ter cuidado é que o mito organizacional já afastado deixou um legado geralmente do passado, que funcionou como um estilo de atuação no passado e, que se for mantido pode tornar-se perigoso para a sobrevivência da empresa, tornando-a presa aos valores, costumes de outra época, sem atualizar-se às constantes mudanças macroambientais. Esse é um dos casos da empresa Serrote & Cia.

O mito organizacional da Serrote & Cia é o Sr. José Carlos Souza, que fundou a empresa, considerando a austeridade, a pontualidade, a dedicação e o controle, tanto nas pessoas quanto nos processos, sendo autocrático e centralizador e em volta dele circundam histórias e contos sobre seus feitos. Assim, a empresa foi se desenvolvendo a imagem e semelhança de seu líder/mito organizacional, possuindo forte foco em operações, pouco espaço para improvisos ou iniciativas criativas na prática.

No entanto os líderes atuais estão tão focados no modo antigo de se ver e atuar, trazido ao longo do tempo pelo seu mito, que não estão abertos para as mudanças, no entanto no momento essas estão sendo necessárias, porém devido ao comportamento resistente de seus gestores presos as práticas passadas costumeiras, estas mudanças não ocorrem e tem prejudicado o desenvolvimento da empresa.

Neste momento, surgiu na empresa Serrote & Cia o herói revitalizador: Um novo diretor da organização que pretende fazer uma revaloração da Cultura Organizacional, ou seja, a transformação da empresa numa cultura de alto desempenho. Segundo Silvio Luiz Johann, o herói revitalizador é um:

 “Personagem integrante da galeria de notáveis da mitologia da empresa e que imprime, de certa forma, sua marca pessoal na cultura da empresa. O herói revitalizador tem função estruturadora e organizadora, podendo interpretar os eventos do passado, direcionar o presente, o futuro, diminuir complexidades  e instabilidades e, ainda, ajudar a criar uma identidade organizacional.”

 

 História: Reza a lenda que em certa ocasião Mello pediu uma encomenda pessoal a um executivo da empresa que viajava a negócios para Nova York. Na volta, escutou impassível seu eufórico subordinado relatar o sucesso do negócio realizado durante a viagem e, ao final da exposição, perguntou: "E a minha encomenda?" O executivo empalideceu. Esquecera a encomenda. "Pois então é melhor você se apressar porque o próximo vôo para Nova York sai em pouco tempo", teria dito Ferreira. Verdade ou não, o fato é que a história costuma ser contada a quem entra na indústria - em óbvio tom de ameaça.

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