Relação orientador-orientando e suas influências na elaboração de teses e dissertações.

MÉTODOS DE PESQUISA: QUALITATIVA VERSUS QUANTITATIVA

LEITE FILHO, Geraldo Alemandro; MARTINS, Gilberto de Andrade. Relação orientador-orientando e suas influências na elaboração de teses e dissertações. Revista de Administração de Empresas, Minas Gerais, v. 46, edição especial, p. 99-109, nov./dez. 2006.

Lillian Cherrine Rodrigues^[1]

Geraldo Alemandro Leite Filho atua como professor da Universidade Estadual de Montes Claros. É Doutor em Administração e sua linha de pesquisa de interesse é Finanças e Gestão Pública.

Gilberto de Andrade Martins é graduado em Matemática pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Santo André e Doutor em Administração de Empresas pela FEA/USP. Atualmente é professor titular do Departamento de Contabilidade e Atuária e participa da diretoria da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras.

O artigo teve como finalidade investigar o vínculo do docente orientador e do discente orientando na produção de teses e dissertações dos programas de pós-graduação stricto sensu em Contabilidade na cidade de São Paulo, indicando que essa relação afeta diretamente no desenvolvimento e na qualidade das pesquisas, e que para tanto é necessário haver um convívio e comunicação maior entre orientador-orientando para que de fato originem-se novos conhecimentos. Além disso, o artigo propõe-se a analisar como esta relação sofre interferência em função do crescimento e a expansão dos cursos de pós-graduação na área de Contabilidade e o consequente aumento da demanda de orientação.

O estudo foi desenvolvido em três seções, onde foram tratadas especificamente as questões que se seguem.

Na primeira seção, Revisão da literatura, é retratado o crescimento da produção científica e dos cursos de pós-graduação stricto sensu na área de Contabilidade. Os autores fazem menção sobre os principais estudiosos da área e averiguam através da análise desses pesquisadores que existe uma inaptidão por parte de alguns preceptores no ato da orientação.

Verificaram ainda que problemas advindos da relação existente entre orientador-orientando estão entre os motivos que levam muitos alunos a desistirem do curso de pós-graduação, somando-se a outros como: falta de uma orientação efetiva; dedicação insuficiente de tempo aos orientandos, grande quantidade de orientandos; falta de habilidades e conhecimento na orientação; falta de empatia; escolha a esmo do orientador por parte dos orientandos, problemas pessoais e emocionais por parte dos discentes. Contudo, apontam que o processo de orientação deve ser um trabalho conjunto entre orientador-orientando.

A segunda parte, Procedimentos metodológicos, apresenta a metodologia de pesquisa empregada no estudo, de caráter qualitativo, com base na compreensão de aspectos do comportamento humano, preocupando-se em explicar seus significados. A investigação procurou verificar a interpretação que os próprios agentes envolvidos na problemática tinham da situação estuda, analisando-se os fenômenos que envolvem a questão e entender o sentido da relação orientador-orientando. Como método de procedimento os escritores utilizaram entrevistas com os orientadores e orientandos dos programas de stricto sensu em Contabilidade na cidade de São Paulo verificando a percepção de ambos sobre a problemática.

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