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Resenha - A ciência como vocação

Por:   •  26/4/2018  •  Resenha  •  638 Palavras (3 Páginas)  •  228 Visualizações

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Resenha Crítica

O autor Max Weber, especialista em Ciências Sociais, cresceu em um ambiente erudito. Por isso, tratar sobre assuntos que permeavam o ambiente europeu, contextualizado pela Modernidade, fora sua especialidade.

Dessa forma, Max Weber elabora o ensaio com o título de “A Ciência como vocação”, o qual faz parte de um texto inspirado em uma palestra do ano de 1917, contexto de 1ª Guerra Mundial. Outra obra que é complementar a anterior, é o ensaio intitulado “A Política como vocação”.

Nesse trabalho, A Ciência como vocação, é empregado o lato sensu do termo Ciência. Ele é utilizado no sentido do método (conhecer, aplicar, repetir).

Inicialmente, é exposto a dicotômica vida do professor-pesquisador Alemão e o dos Estados Unidos. Segundo o ensaio, o professor da Alemanha, que não é titular, carece de vários benefícios como a remuneração, estabilidade e independência para escolher o conteúdo da aula. Já, nos EUA, só não havia estabilidade, a qual não era ameaçada como na Alemanha. O professor alemão para ter reconhecimento deveria ter classes cheias e possuir significativo resultados nas pesquisas científicas.

Um aspecto interessante, exposto por Weber, é a significação da ciência para o mundo. Ocorre a comparação com a arte, íntima e atemporal. A ciência é sempre ultrapassada em 30-50 anos, inclusive, ela surge com essa finalidade: dar suprimentos para curiosidade humana.

O autor destaca que é necessário se especializar para colher resultados satisfatórios na pesquisa científica. Em concomitância, a inspiração como motor para a não desistência. O sucesso, nesse ambiente laboral, é tido pela especialização e a inspiração, o processo criativo que conecta, mesmo que pouco, a ciência com a arte.

Discute-se, também, o conceito de personalidade, que é, nesse contexto, a habilidade de se concentrar ao máximo em sua pesquisa, não desistir, concentrar-se. Visivelmente, essa é uma ideia ligada ao período de 1ª Guerra, entendendo o Weber como atuante desse fenômeno e que se conecta à ideia de especialização. A personalidade é o que não permite o indivíduo pesquisador desistir.

Trata-se, sobretudo, o fato de a ciência não ser a responsável por esclarecimentos divinos e concepções de vida: a existência do ser ou de Deus, etc. Isso são ilusões, a ciência deve se libertar das ilusões.

Por isso, é convencionado, por Weber, que o corpo docente dos centros educacionais não deve abordar esse tipo de visão sobre a vida, tratar de assuntos do interior, ou mesmo, usar da subjetividade para falar, por exemplo, de democracia ou política. Isso deverá ser feito fora do ambiente escolar, o aluno deverá conhecer todos as visões, sem subjetividade. Apesar de não ser defendida por todos os especialistas, esse argumento da objetividade dentro da sala de aula é muito empregado, até hoje.

Surge, então, a seguinte questão:

Sendo, a Ciência, um método usado para adquirir conhecimento e não responsável por responder questões finalísticas sobre a vida humana e sua existência, por que ela existe?

O sociólogo responde que pouco ou quase nada é solucionado, pela Ciência, sobre problemas íntimos da vida humana. No entanto, é oferecido, por ela, meios para alcançar determinados fins, por exemplo, o uso da Medicina para se curar uma doença. O autor extrapola, ainda mais, ao mencionar a prática da ciência em sua área, a sociais. Essa área é responsável por subsidiar meios para o entendimento de questões da sociedade.

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